sábado, 17 de julho de 2010

O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL DE PAIS E FILHOS COM BASE NOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS

A harmonia é um dos fatores mais importantes para o sucesso de uma comunidade. É com ela que se consegue traçar metas planejar ações e obter o sucesso na perseguição dos objetivos comuns. Porém, de uma coisa é necessário saber: O sucesso para um convívio social satisfatório depende da maneira como o nosso caráter foi formado com base no ambiente familiar. Por isso a Bíblia sagrada contém uma série de ensinamentos que orientam os pais em seus relacionamentos com seus filhos e vice-versa.

O DEVER DOS PAIS NO REALCIONAMENTO COM SEUS FILHOS

Antigamente quando um rapaz resolvia casar-se (Casos que ocorriam no interior, em lugares menos desenvolvidos), as primeiras coisas que preocupavam o rapaz e sua família era a necessidade de plantar uma roça, armazenar o mantimento e construir uma casa. Por outro lado, a moça se preocupava em aprender a realizar os trabalhos corriqueiros do lar, como lavar, passar, preparar a comida, etc. Dificilmente se preocupavam com o conhecimento mais técnico ou bíblico a respeito de suas responsabilidades na criação dos filhos. Os mais religiosos tradicionais, apenas reproduziam no relacionamento com seus filhos aquilo que haviam aprendido com seus pais, sem se preocuparem em conhecer a eficácia de tais tradições.

O resultado de tais negligências na questão do conhecimento para o desenvolvimento de uma educação fundada nos princípios da ética e da moral (Com grandes exceções) fazia com que pais exagerassem na aplicação da disciplina dos filhos, a fim de impor sua autoridade “a ferro e fogo”. Com tais práticas eles, sem a menor idéia do que isso pudesse causar no futuro do filho, fazia com que a violência se perpetuasse passando aos seus ascendentes. Por outro lado, olhamos para a sociedade atual e vemos justamente o oposto. Num passado não muito remoto, os filhos eram sujeitos aos pais sob imposições violentas, algo que resultava em sérios traumas físicos e psicológicos. Hoje, presenciamos um excesso de princípios legais e teorias filosóficas que afastam os filhos paulatinamente da ética e dos princípios morais apresentados pelas sagradas Escrituras. Como por exemplo, na Lei de nº 8.069, que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe castigos físicos às crianças, e mais recentemente temos o Projeto de Lei 2.654/03 da deputada federal Maria do Rosário, do PT do RS, que tramita na Câmara dos Deputados, o qual tem a finalidade de emendar o ECA, que se for aprovado, proibirá aos pais, de educarem seus filhos, se utilizando até mesmo de uma pequena palmada ou um simples beliscão.

Devido a minha inexperiência como pai de família e o desejo de mudar o comportamento dos meus dois filhos, confesso que cometi alguns exageros, quando eles eram crianças. E isso porque eu ainda possuía um pouco de ignorância do tipo aquelas já citada anteriormente. Contudo, não sou favorável a essas inovações que vem surgindo nos últimos dias. Pois são restrições que tolhem o direito dos pais educarem seus filhos da forma que a própria palavra de Deus aponta como um método teologicamente correto, como está escrito: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe” Pv. 29:15. Observe que “vara”, ao contrário do que muitos interpretam, afirmando ser ela, uma expressão que indica uma das formas de disciplinar por meios verbais; ela na verdade, significa o castigo físico como forma de disciplinar o filho obstinado. Podemos ratificar essa interpretação através do texto seguinte que diz: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá” Pv. 23:13. Observe que o sábio escritor valeu-se do termo “fustigar com a vara”, que significa: Azorragar, açoitar, chicotear, flagelar, etc. Algo que indica o sentido literal, e não, o figurado como acreditam alguns.

Portanto, mesmo que grande parte esteja em conformidade com o pensamento de psicólogos e legisladores, de não impor castigos físicos aos filhos, eu continuo e continuarei sempre com o que ensina a irrevogável e santa palavra de Deus. Contudo é necessário que tenhamos a sensibilidade de um pai amoroso e a razão de um sábio educador para não cometermos exageros, pois além de constituir crime perante as leis do nosso país, também fere o maior mandamento bíblico, que é o amor. Pois o pai que ama seu filho, não castiga para desabafar suas mágoas – mas apenas para fazê-lo reconhecer seus erros e procurar corrigi-los.

No relacionamento dos pais com os filhos, onde é necessário aplicar certas medidas educativas de caráter disciplinar muitas vezes os pais são verdadeiros culpados pela infração da criança. Por isso Deus recomenda em sua palavra: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” Ef.6:4. Em outra carta – dessa vez destinada aos cristãos de Colossos, o Apóstolo Paulo escreve: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” Col. 3:21. Olhe que no primeiro texto ele recomenda para não fazermos nada contra os filhos que venha fazê-lo ficar furioso, com raiva, zangado, etc. No segundo texto, ele utiliza o termo “irriteis” que vem de irritar e significa causar aborrecimentos. Olha, tem pais que colocam apelidos em seus filhos mesmo sabendo que eles não gostam. Nesse caso, se o pai ou mãe o chama dessa alcunha e o filho fica zangado, os pais não podem castigá-lo, pois eles foram quem provocaram a reação do filho. E se porventura procurem castigá-lo, tal atitude constitui pecado e abuso de autoridade. Outros pais não respeitam seus filhos, ou seja, fazem na frente do filho o que eles não gostariam e nem admitiram que seus filhos fizessem em suas presenças – é como o provérbio popular: “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. Às vezes os pais dão aos filhos adjetivos vergonhosos, e não admitem o filho fazer o mesmo; mentem na vista do filho, e não admitem o filho mentir. Isso é hipocrisia e falta de sabedoria, pois a melhor lição é aquela que se ensina praticando. Não adianta nada eu dar maus exemplos aos meus filhos e exigir deles o contrário.

No trato com seus filhos o pai tem o dever de instruir os filhos nos princípios sagrados, a ser um bom cidadão cumpridor de seus deveres com o Estado bem como de orientá-lo a escolher uma profissão que melhor adéqüe a sua vocação e necessidade do campo de trabalho. Quanto à mãe, além de ensinar os deveres domésticos, deve também dar bons exemplos e amar seus filhos (Tt.2:4).

O DEVER DOS FILHOS PARA COM OS PAIS

É preocupante o comportamento da juventude atual, aonde os valores morais, sociais e cristãos vêm a cada dia, sofrendo significativos detrimentos; e isso porque os papéis dos pais também vêem perdendo espaço para os meios de comunicação atual como a televisão, por exemplo; e a preocupação destes, com o trabalho e outros interesses comuns. O resultado é uma geração de jovens rebeldes que tem como professores os artistas das novelas, filmes, cantores, etc. O resultado não se pode esperar outro, a não ser o comportamento desrespeitoso de filhos para com seus pais; e conseqüentemente, para com a sociedade em geral.

A delinqüência tem se agravado tanto em nossos dias, que chegamos à conclusão de que mesmo com a ignorância do passado se conseguiria melhores qualidades de vida social do que mesmo com a cultura moderna. E a tendência é piorar cada vez mais, se os pais que conhecem os princípios bíblicos não se valerem deles para educarem seus filhos. Por outro lado, os filhos precisam honrar seus pais, pois este é um mandamento que garante bênçãos.

Os filhos que querem ser respeitados e honrados futuramente por seus filhos precisam agir com seus pais da mesma forma, pois a lei da semeadura é a coisa mais certa que temos nesta vida. Ninguém planta uvas e colhe milho. Muitos pais estão colhendo frutos amargos hoje com seus filhos, porque no passado plantaram decepção para os pais.



P.A.B.J. To. 17.07.10

sábado, 10 de julho de 2010

A BÊNÇÃO DE TER VERDADEIROS AMIGOS

A Bíblia tem relatos de grandes exemplos de amizades. Pessoas que tiveram relacionamentos sadios, como foi o caso de David e Jônatas. No entanto, não omite casos de falsos amigos como o de Judas Iscariotes, que traiu o seu melhor amigo.

Judas Iscariotes é o retrato fiel da maioria da sociedade hodierna, que o abraça, como abraça o Tamanduá, que enquanto abraça, finca suas unhas. E dentre esses, muitos adjetivos podem ser-lhes atribuído como: “Amigo da onça”, “amigo de pé de balcão”, “vigarista”, etc. Tais “amigos” não são verdadeiros, porque só lhes considera enquanto vêem em você algo que possa beneficiá-los. São como os amigos de Jó, que enquanto ele era considerado o homem mais rico e influente do Oriente; vinham para falar-lhes coisas boas, mas quando ele perdeu tudo o que possuía, vieram visitá-lo apenas para criticá-lo e caluniá-lo, como ele próprio disse: “Os meus amigos são os que zombam de mim...” Jó 16:20. O mundo está saturado de pessoas fingidas e interesseiras que procuram influencia e status, dinheiro e destaque aproveitando-se de pessoas que estão eminência. Fazem-se amigas apenas pelo egoísmo e pela inveja. Pessoas dessa índole geralmente são fáceis de serem conhecidas, pois são bajuladoras. Fazem isso para poder merecer os mesmos elogios, as mesmas delicadezas, etc. Como disse o Poeta sacro: “Muitos se deixam acomodar pelos favores do príncipe, e cada um é amigo daquele que dá presentes”Pv. 19:6.

Portanto, quem quiser ter muitos amigos precisa ter muito dinheiro ou qualquer coisa que lhes possa oferecer. Essa é uma verdade que a própria Bíblia ratifica como está escrito: “As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” Pv. 19:4.

Vivemos numa cultura capitalista que “valemos o que temos”. Se você possui uma vaca, você vale uma vaca; se você tem um emprego você vale aquele emprego; se você é membro de uma família tradicional você é conhecido como tal; se você foi presenteado por Deus com uma boa aparência física, você recebe o seu valor por alguém que se sinta fascinado por sua beleza; se você é amigo de uma autoridade você passa a ser avaliado por isso e passa a receber o carinho das pessoas, e assim, são muitos os motivos que levam muita gente a se fazer de amigo para poder tirar proveito de sua amizade – apenas isso.

Ao contrário daquela pessoa que foi avaliada numa quantia considerável, o pobre; aquele que não possui uma morada própria, que não tem um emprego, que não tem uma fazenda e nem mesmo uma vaquinha para tomar o leite, ou uma aparência física atraente é rejeitado pelos vizinhos, pelos conhecidos de muito tempo, e até mesmo pelos parentes. Uns passam por essas pessoas e não as cumprimentam; e se são cumprimentadas, fazem “vistas grossas” e passam de largo apenas para não lhes dar atenção. Outros se estão em uma conversa ou numa reunião, e o pobre fala; aqueles que se acham importantes, “fazem ouvidos de mercador” para não ouvi-lo. Enfim é o que a Bíblia diz: “O pobre é odiado até pelo seu próximo...”Pv. 14:20a.

ATRIBUTOS DO VERDADEIRO AMIGO

Em meio a tantos desenganos vividos por pessoas que foram traídas e pisoteadas por pessoas que se diziam amigas verdadeiras, não é motivo para desistir de procurar uma amizade verdadeira, despretensiosa e sincera. Por mais que a Bíblia nos adverte para não confiarmos nas pessoas; e termos a comprovação da velha experiência, de que o coração do ser humano é mau e perverso; ainda existem pessoas as quais podemos depositar um pouco de confiança. Mas apenas um pouco – como sempre tenho dito... Com um olho fechado e o outro aberto.

O escritor dos mais de três mil provérbios disse: “O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão” Pv. 18:4. Isso é notório, que dentre aqueles que dizem ser seu amigo, exista um, que demonstra ser um amigo sincero.

Quando a amizade é sincera, os benefícios se mostram significativos para ambas as partes, como dizem por aí: “Com uma mão se lava a outra”. Pois o amigo verdadeiro não está com você somente enquanto você tem algo para oferecê-lo, mas também na hora que você estiver precisando dele.

Por mais que possamos encontrar um amigo fiel dentre os filhos dos homens, nenhum deles pode se igualar a Jesus Cristo, o único Filho do homem que é considerado perfeito. Ele é o amigo verdadeiro, e para demonstrar o seu amor e conquistar a nossa amizade Ele entregou-se para morrer pela nossa causa. Como Ele próprio afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” Jo. 15:13.

O amor deve encabeçar uma série de outras virtudes que o bom amigo deve ter. Sem ele tornar-se-ia impossível manter uma amizade saudável. Pois o amor não é egoísta, não comete injustiças, nem infidelidade. O amor sofre com os que sofrem, deseja o bem comum e zela pelo fortalecimento da amizade. O verdadeiro amigo não guarda mágoas ao ser ofendido pelo outro, mas humildemente perdoa. Por isso a expressão de que “o cachorro é o melhor amigo do homem” tornou-se popular; pois mesmo que apanhe do seu dono, ele se alegra abanando a cauda, todas as vezes que o seu dono o chama... Comportamento que contrasta com as atitudes tomadas pela maioria dos seres humanos. Sabemos que nem todas as expressões ou termos que se tornam populares, possui cem por cento de verdade, por isso não podemos pegar esta, anteriormente citada e considerá-la teologicamente correta, pois sabemos que o melhor amigo do homem é Jesus Cristo o Filho de Deus.

BÊNÇÃO DE TER JESUS COMO O SEU MELHOR AMIGO

Em todas as relações de amizade na qual exista sinceridade, fidelidade e amor, existem as decepções. No entanto existe um amigo fiel que jamais decepcionou seus amigos. O seu nome é Jesus - e tê-lo como amigo é ter a maior bênção que o ser humano possa receber em sua vida. Algo que não é difícil, pois para conquistar sua amizade não é necessário termos dinheiro, posição ou fama, mas apenas obedecê-lo, como Ele próprio disse: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” Jo. 15:14.

Uma amizade verdadeira não se adquire com presentes, mas se conquista com o tempo de convivência. Portanto, é muito errado alguém chamar outro de amigo alguém que ele não conheça, apenas porque essa pessoa lhe fez uma boa ação. Da mesma forma é Jesus, Ele não considera seu amigo aquela pessoa que apenas fez uma boa ação, mas alguém que decidiu viver em harmonia com a sua santa vontade, e isso exige experiência; algo que se adquire com um bom tempo de intimidade com Ele. Como foram os casos de Enoque e Abraão: Enoque andou toda a sua vida terrena (365 anos Gen. 5:22) com Deus, por isso Deus o levou para o céu. Abraão obedeceu a Deus durante os seus oitenta anos restantes de sua vida e foi considerado amigo de Deus, como disse o Apóstolo Tiago: “... e foi chamado o amigo de Deus” Tg. 2:23.

Não é bom encostarmos-nos a uma árvore que não tem folhas, quando precisamos de sombra para amenizar o calor do sol; também não é correto procurarmos uma árvore sem frutos, quando estamos extremamente famintos. Por isso, a pessoa mais indicada para encabeçar a nossa fileira de amigos é Jesus, pois Ele possui tudo o que é necessário para a nossa sobrevivência física, emocional, social e espiritual. Sua companhia é maravilhosa e deve ser aceita por aqueles que desejam.

P.A.B.J. TO. 10.07.10

sábado, 3 de julho de 2010

DEUS E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Ninguém consegue viver isolado de outras pessoas e de Deus, e manter uma vida psicológica e emocional satisfatória. Por isso, ao criar anjos e homens, Deus, os dotou da capacidade de se relacionarem entre si, e deu-lhes a liberdade de comunicar-se com Ele – o Criador de todas as coisas. E não somente isso, Ele deseja estar sempre se comunicando com suas criaturas; algo comprovado pelas sagradas Escrituras que afirma: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” Gn. 3:8.

Da expressão: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia”; deduzimos que Deus tinha por costume visitar aquele casal para conversar com ele. E isso era agradável a ambas as partes. Pois para Ele como Criador e sustentador era maravilhoso poder se comunicar através de um relacionamento sadio com as Criaturas mais perfeitas que formara, as quais eram sua própria imagem e semelhança. Por outro lado era magnificente Adão e Eva poderem ouvir a voz do próprio Deus, algo que lhes inspirava carinho, amor e segurança.

O relacionamento existente entre Deus e suas criaturas nos mostra que a necessidade de comunicação é real. E tão necessária e importante, que Deus, ao criar Adão, percebeu que ele não seria completamente feliz se não houvesse uma companheira que estivesse ao seu lado; uma companhia que servisse não apenas para auxiliá-lo em seu labor diário, mas principalmente, que pudesse satisfazer suas necessidades afetivas e sociais.

COMO DEUS SE RELACIONA COM A RAÇA HUMANA

A primeira coisa que precisamos saber é que Deus é uma pessoa, e não parte da natureza inanimada como ensina o Panteísmo (PAN = Todo + TEISMO = Deus); teoria filosófica que afirma que Deus é tudo e tudo é Deus. Segundo essa idéia Deus não é uma pessoa, mas, algo como as águas, pedras, árvores, montanhas, etc. – Um ser que não possui nenhum traço de personalidade.

Ao contrário do que ensinam o Panteísmo e outros “ismos” que colocam em dúvida a existência de Deus; a Bíblia e o testemunho do Espírito Santo na vida do cristão, falam completamente o contrário. Pois sendo uma pessoa, Deus possui traços da personalidade, como: Amor (I Jo.4:9), bondade (Zc. 9:17), ira (Heb. 3:11), vontade (I Jo. 2:17), etc.

O relacionamento interpessoal entre Deus e a humanidade é real, mesmo que muitos não tenham a sensibilidade espiritual para perceber isso. No entanto, não podemos negar que a forma de se relacionar com os homens tenha sofrido algumas mudanças com relação à maioria da população mundial. Isso por que o seu tratamento com relação aos seus filhos é um, e com as demais criaturas é outro. Enquanto que, para seus filhos (Aqueles que aceitaram a Jesus com Senhor e Salvador), Ele se deixa ser conhecido de uma forma especial (Um relacionamento de Pai para filho); com as demais pessoas o tratamento é de Criador para criatura.

Como podemos explicar essa diferença no trato para com seus filhos do trato para com o homem natural? Em primeiro lugar precisamos saber que Deus, embora seja amor, é também o Deus da justiça. Nesse caso, mesmo que o seu amor o impulsione a aproximar do pecador a sua justiça requer certa distância. No relato da queda do primeiro casal vemos o que aconteceu no relacionamento que eles tinham com Deus. Enquanto eles viviam em obediência as leis divinas Deus os conservava no Jardim e até vinha visitá-los, mas a partir do momento em que O desobedeceu, foram então, expulsos do Jardim e levados para longe da presença de Deus, como afirmou o Apóstolo Paulo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rom. 3:23.

Adão e Eva eram representantes da raça humana, por isso seus pecados foram imputados a toda a humanidade; e conseqüentemente todos foram jogados para longe da presença de Deus. Entretanto, como o seu amor é infinitamente incomparável e indescritível, Deus vem ao logo dos anos, usando várias formas de se revelar a humanidade. Dentre elas, as mais comuns são: A natureza com suas belezas que encantam céus e terras como está escrito: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor” Sl.19:1-6. Além do testemunho natural da existência de Deus, existe em todo ser humano – seja ele preto ou branco rico ou pobre, ateu ou religioso; algo chamado espírito, que testifica que existe Deus, o qual anseia por um relacionamento mais íntimo com Ele. E é através desse espírito que um dia Deus soprou e deu vida ao primeiro casal, que Ele deseja se comunicar com a humanidade. No entanto, por estarem cegas pelos encantos do mundo, muitas pessoas não conseguem enxergar a verdade de Deus e para preencher essa a necessidade de Deus, procuram os ídolos. Outros, porém, por não querer aceitar a realidade da existência de Deus, procuram todas as formas de negá-lo. Mas todos, sem exceção, são conscientes da existência de Deus o Criador e sustentador dos céus e da terra.

Dentre as formas usadas por Deus para se revelar ao homem a Bíblia sagrada é a mais eficaz. Através dela o homem conhece a historia da criação, os planos divinos para restaurá-la da queda, o caráter de Deus, seus planos para a consumação do mundo e o que é necessário a humanidade fazer para escarpar do inferno e morar eternamente com Ele no céu. No entanto, a maior revelação de Deus está na pessoa do seu Filho Jesus que veio a este mundo de forma física e sobrenatural; pregou a mensagem de Deus, sofreu e morreu pelos pecados do mundo e ressuscitou para garantir a salvação a todos que O aceitarem. E até hoje, continua falando com o homem, como assim declarou o escritor sagrado: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” Heb. 1:1.

O SUCESSO NOS RELACIONAMENTOS DEPENDE DE DEUS

È com muita preocupação que assistimos todos os dias, notícias de relacionamentos interpessoais em crise, como é o caso de conflitos no casamento, membros de famílias que não conseguem se entenderem, relação de patrões e empregados sempre em desequilíbrio, enfim, em todos os grupos sociais se percebe problemas de relacionamentos que paulatinamente vem se agravando. E diante de tanta crise moral, temos apenas duas opções: Deixar Deus fazer parte do nosso rol de amigos, para então passarmos a experimentar uma nova vida de paz e harmonia em nossos relacionamentos; ou então, continuar excluindo Deus de sua vida e ter os seus problemas de relacionamentos cada vez mais agravados. Pois o homem jamais anda sozinho, ou ele anda com Deus, ou anda com satanás. Quem anda com Deus que é o príncipe da Paz, tem uma vida pacata e harmoniosa com aqueles que os cercam, mas quem anda com satanás leva uma vida cheia de conflitos, consigo e com o seu semelhante, porque o diabo é o causador de todos os tipos de conflitos e crises morais e sociais que assolam a humanidade. Foi o diabo que criou o primeiro conflito, ao se rebelar contra Deus no céu, e posteriormente, foi o causador da inimizade entre o homem e Deus.

Disse Jesus aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” Jo.14:27. Esta Paz deixada por Jesus mudou a vida de Pedro, homem conhecido pelo temperamento explosivo; que mudou também o intolerante Saulo de Tarso em humilde servo de Cristo; pode mudar também a sua vida.

P.A.B.J TO. 03/07/10

sábado, 26 de junho de 2010

ESPERANÇA EM TEMPOS DE INCERTEZAS

A esperança é a última que morre”. Esse é um adágio popular que nem sempre revela a verdade acerca de muitas pessoas que enfrentam momentos adversos em suas vidas. Pessoas massacradas pelo sofrimento físico e psicológico pelo mundo afora, tem chegado ao fundo do poço e desistido da vida. E isso não vem acontecendo apenas às pessoas pobres e iletradas, pelo contrário, segundo os noticiários, o número de suicídios vem alcançando maior índice entre as classes ricas, cultas e bem sucedidas. Isso por que, os problemas de maior gravidade que levam as pessoas ao suicídio são aqueles de caráter psicológicos e espirituais. Problemas esses, que não são resolvidos e nem mesmo atenuados com o poder aquisitivo, com a fama ou qualquer outro tipo de regalia alcançado por alguém... A solução para isso tudo está unicamente em Jesus Cristo, o Médico dos médicos, o Mestre dos mestres, o Senhor dos Senhores, e aquele que é tudo em todos.


UMA SAÍDA NOS MOMENTOS DE DIFICULDADES

O mundo atual passa por momentos de mudanças significativas em vários aspectos: Na economia, como é o caso de países como o nosso, e a China que paulatinamente vem alcançando números bastante significativos; com reflexos na qualidade de vida, no acesso a educação, a saúde, etc.; contudo, são mudanças que resolvem apenas parte dos grandes desafios enfrentados por uma boa parte da nossa sociedade. Pois os problemas mais graves enfrentado pelo o mundo não são, a fome, o desemprego, os desastres ecológicos, a falta de moradia e outros de natureza sócio-econômicos. Mas, as questões de caráter espiritual, que em associação as condições materiais desfavoráveis motivam às pessoas ao desespero.

Um dos problemas que mais afetam o mundo atual é a crise familiar; com lares destruídos pelo ciúme, egoísmo, ambição, vícios e uma série de fatores causadores de males e desentendimentos. São situações desesperadoras vividas por famílias do mundo inteiro; mulher que de tanto sofrer com a ingratidão e desafetos do esposo já não suportam mais o sofrimento e vice-versa; filhos que não suportam mais as agressões sofridas pelos pais; e isso tem causado uma série imensa de problemas como um efeito cascata. Dentre eles, os divórcios, o abandono do lar, as brigas que começam com agressões verbais e se agravam para agressões físicas e assassinatos.

Diante de um quadro dessa categoria, as vítimas podem chegar a uma situação desesperadora. E para se ver livre, procuram dar “fim” ao sofrimento dando cabo de sua própria vida, ou do seu opressor. Atitudes essas, condenadas pelas Escrituras Sagradas, que ao contrário de tais saídas apontadas por satanás, mostra que a melhor e única saída é jogar-se nos braços do Mestre. Ele é a solução para os problemas de todas as famílias da terra. E o mais importante, é que Ele não apenas pode resolvê-los; Ele se interessa, e sempre está se oferecendo para resolvê-los. E isso Ele demonstrou, ao dizer: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” Mt. 11:28-30. Não importa a gravidade do seu problema, pois Jesus não conhece problemas que Ele não possa resolver. Ele é o Deus do impossível, pois é onipotente – um atributo que somente Ele possui. E isso é motivo para que ao invés de você achar que está num beco sem saída, se colocar frente a frente com uma porta que é a saída para uma vida de verdadeira felicidade.

ENCARANDO AS DIFICULDADES COM ESPERANÇA

As dificuldades sobrevêm a todos, tanto aos não-cristãos como aos cristãos verdadeiros, que muitas vezes são vítimas dos ataques do inimigo. E para que possamos obter a vitória sobre todas elas, o conselho vale para ambos – não recue, e comece a olhá-las sob a perspectiva de Deus. Jamais olhe para o tamanho da dificuldade, olhe para o poder que Deus tem para resolvê-las. A Bíblia nos conta uma história que ilustra muito bem essa verdade. Foi quando os filhos de Israel chegaram à fronteira de Canaã e Moisés precisou enviar doze homens para espiar a terra (Num. 13). Depois de observar as dificuldades e as vantagens existentes na terra, os homens trouxeram dos frutos que lá encontraram à Moisés, como prova do êxito de sua missão. Mas ao darem o relatório acerca da terra, o grupo dos dez disse: “Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque. Os amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão” (vv.28 e 29). Homes que fizeram parte desse grupo vira a fartura da terra, contudo, deram maior importância as dificuldades encontradas ali. - Ao contrário da atitude tomada por Calebe que diante do povo disse: “Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela” (v.30).

Ao analisar essas duas formas de encarar as dificuldades constatamos através do estudo da Palavra de Deus, que todos os homens que viram as dificuldades acima das possibilidades de Deus, não conseguiram entrar na terra prometida para nela habitar, pois Deus enviou sobre eles uma grande peste, que matou a todos, exceto Josué e Calebe (Num.14:38), os quais puderam entrar na terra e possuí-la (v.30).

A lição que podemos tirar desse fato é a de que se desanimarmos e darmos lugar ao pessimismo, conseqüentemente permitiremos que a situação se agrave cada vez mais. Por outro lado, se dissermos ao problema que Jesus é maior do que ele, e mantivermos a esperança de que tudo será resolvido com a ajuda dEle, as coisas tomarão um novo rumo em direção a solução.

O que aconteceu aos dez homens é o que acontece a muitos hoje, passam o tempo todo se lamentando; queixam dos gigantes que lhe afrontam e desafiam, alegando que não há recursos para combatê-los. Talvez os dez homens estivessem no vale enquanto olhavam para os gigantes que estavam sobre o monte, e isso os fez parecer maiores do que na verdade eram. Talvez você também esteja no vale, um lugar de lutas e desafios, por isso enxerga os problemas numa dimensão maior do que na verdade os são. Por isso é recomendável subir ao monte - o monte da oração e da aproximação de Deus, assim os gigantes serão jogados para baixo – no vale; e se tornarão menores do que você.

CONCLUSÃO

É difícil ter esperança em uma situação desfavorável que inspira incerteza. Contudo, isso só é impossível quando não se tem a ajuda de Jesus em sua vida. Pois sem Ele, nada se pode fazer. Como diz o Salmos 127:1 e 2: “SE o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono”.

Mas para aquele que tem a Jesus como seu auxílio e nEle confia, diz Paulo: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” Rom.8:37.

P. A.B.J. TO. 26.06.10

sábado, 19 de junho de 2010

PRINCIPIOS PARA UMA VIDA DE VITÓRIA NUMA CULTURA SEDUTORA

O homem não foi criado para ser derrotado, no entanto, ao ceder à sedução satânica para transgredir os mandamentos divinos, sua vida transformou-se num quadro de sucessivas derrotas em todos os aspectos, mas Deus, através do seu Filho, nos concedeu a oportunidade de revertermos essa situação. Cristãos de todo o mundo podem tomar para si essa declaração do Apóstolo Paulo que diz: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo” I Co. 15:57. Esta certeza de vitória é a declaração de que Jesus veio a este mundo para derrotar todos os inimigos do ser humano inclusive o poder do pecado e do diabo. Com isso não significa que o cristão deve deixar tudo por conta de Cristo, pois o que nós não podíamos fazer Ele fez por nós. Agora, se quisermos ter uma vida vitoriosa em meio a esta sociedade pecadora temos que fazer a nossa parte; e isso não é tão difícil assim (mesmo que exija certo esforço de nossa parte), pois a ferramenta necessária à garantia do nosso sucesso é a fé em Cristo Jesus; como disse o Apóstolo João em sua primeira carta: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” I Jo. 5:4.

Os termos, vitória e derrota, dão a idéia de luta. Pois ninguém pode se declarar vencedor se não houver um oponente com quem se possa lutar; e isso nos deixa claro que a vida terrena do cristão não é um paraíso, pelo contrário, é uma estadia no campo de batalha espiritual - numa guerra sem tréguas. E como em todos os campos de batalhas (...) existem inimigos preparados para a luta e sempre dispostos a atacar; o que exige que estejamos sempre alertas e preparados para a batalha - uma batalha que do lado oposto estão inimigos ocultos, e de uma malignidade e astúcias jamais vista.

No que concerne a guerra espiritual, devemos incluir nesse contexto a cultura já que essa se constitui um fator preponderante na formação do caráter do ser humano. Pois o homem é o produto do meio social em que vive. Se ele vive numa sociedade que tenha uma cultura emoldurada nos princípios éticos e morais ensinados na palavra de Deus, a probabilidade dele ser uma pessoa íntegra é bem maior do que aquele que vive numa sociedade de uma cultura com valores inversos. E viver numa sociedade que possui uma cultura diversificada como a do nosso país não é muito fácil, pois temos como culturas de raízes, o conjunto de costumes, práticas, lendas e tradições trazidas da África e Portugal, as quais se juntaram à cultura dos nativos (índios). Com a imigração (mais recentemente) de grupos étnicos como italianos, árabes, asiáticos, etc. E ainda mais com a globalização provocada pelo grande avanço das tecnologias na área da comunicação, as quais disseminam as culturas das centenas de grupos étnicos mundiais em tempo real, o sincretismo tornou-se cada dia mais acentuado.

Ao escolher: “Princípios para uma vida vitoriosa numa cultura de sedução”, como título para a Lição bíblia desta semana, o comentador, Pr. Lourival Dias, deixou claro que a “cultura” de certa forma é maligna e tem grande poder de seduzir as pessoas. Contudo, sabemos que não podemos usar tal expressão de forma generalizada. Pois tanto a cultura como a política que tanto é combatida no meio evangélico, possui o seu lado bom e o seu lado ruim. Em se tratando de cultura como um mal que compromete a vida moral e espiritual cristã, nos referimos àquela originária de mentes desocupadas e sem o devido conhecimento e compromisso com Deus. Essa sim, é que devemos abominar e procurar afastar o máximo que pudermos, antes que ela venha nos afastar de Deus.

Quais tipos de cultura mais comprometem a vida cristã? Tanto a cultura popular quanto a alta cultura (refiro aquelas formadas pelos intelectuais) possuem elementos prejudiciais que agridem os bons princípios sagrados. Como por exemplo, na cultura de massa ou pop, se vê tantas aberrações imorais, como o carnaval que expõe publicamente a nudez das pessoas e invade ruas e lares através dos veículos de comunicação; no folclore, se vê tantas besteiras sem nenhum fundamento lógico, etc. Contudo, não é somente a cultura popular que ameaça a integridade cristã – Temos nos livros de ciência, filosofia, literatura, religião, etc., as mais diversas formas de negação da existência de Deus e as formas mais vis de rebelião contra o Criador.

Dois dos problemas culturais de nossa época é a grande aceitação da sociedade no que diz respeito às questões sobre a verdade. Para o já citado comentador existem dois aspectos importantes na cultura - “relativismo” e o “pragmatismo”. Esses dois conceitos filosóficos são considerados nocivos a cultura bíblica, já que elas tentam desqualificar a verdade que é a palavra de Deus. O relativismo segundo a definição filosófica diz que a verdade é algo relativo, ou seja, o que é verdade em uma época pode não ser em outra; o que pode ser a verdade para uma pessoa pode não ser para outra pessoa; o que pode ser verdade para o analfabeto pode não ser para o intelectual. Com essa forma de interpretar é negada tanto a existência da verdade quanto a existência da mentira. E tanto a Verdade (Palavra de Deus) pode ser desqualificada e jogada por terra, como a mentira diabólica pode ser considerada “verdadeira”. Tal teoria não deve de maneira alguma ser aceita pelos filhos de Deus, pois se trata da mesma forma usada por satanás para seduzir Eva a cair em transgressão contra a verdade de Deus que proibia ela comer da árvore da ciência do bem e do mal que estava no meio do Jardim; sob a promessa de que tal desobediência incorreria em sua morte. Foi aí que ele usou o relativismo quando disse: “Certamente não morrereis” Gen. 3:4; é como se dissesse - isso para Deus é a Verdade, mas uma verdade apenas do ponto de vista dEle. A verdade é que se você comer desse fruto você vai se tornar como Ele, conhecendo o bem e o mal.

O pragmatismo por sua vez, enfatiza as ações práticas, sem levar em consideração a causa. É como aquele adágio popular que diz: “Todo caminho leva a Deus”; ou como aqueles que na prática, descumprem regras, burlam as leis, fogem dos princípios éticos e morais, etc.; e tudo isso para satisfazer um anseio pessoal, como fama, posição social, enriquecimento, etc.

O pensamento filosófico acerca do pragmatismo não é uma exclusividade dos materialistas e pessoas que não conhecem a Deus; paulatinamente vem alcançando também os grupos religiosos. Pois cresce a cada dia o número de pessoas que dizem cristãs, adeptas da doutrina da prosperidade sem se importar com o mais importante que é a obediência a Palavra de Deus. São aqueles que associam a prosperidade material a uma vida de comunhão Deus, e a pobreza e as doenças, a uma vida de pecados ou falta de fé. Existem também aqueles que aceitam qualquer proposta mesmo sendo imoral e ilícita pela promessa de lucros imediatos, e ainda tentam se justificar sob a alegação de que não fez nada de mal que pudesse contrariar a Deus.

MANTENDO-SE ÍNTEGRO NUMA CULTURA SEDUTORA QUE CONTRASTA COM A CULTURA BÍBLICA

A propaganda é a alma do negócio - esse é um ditado popular que possui grandes verdades pelo fato do seu grande poder de sedução. Por isso, satanás se vale desse recurso para induzir as pessoas ao erro. E isso ele faz utilizando-se dos recursos disponíveis em cada grupo social. E se tratando da cultura perniciosa existente em nossa geração; sabemos que para difundi-la, os veículos de comunicação estão diuturnamente fazendo esse trabalho. Portanto, é preciso muita prudência ao lidar com as novas tecnologias; como televisão, internet, rádio, e outras mídias de massa. Pois elas são os meios que o inimigo utiliza para seduzir as pessoas a se conformarem com a cultura secular que compromete a vida cristã.

Mesmo havendo tantas formas de sedução é possível manter uma vida íntegra; para nos conscientizar dessa possibilidade, basta tão somente olharmos para o legado dos nossos antepassados que conseguiram manter a sua integridade espiritual em meio a um ambiente de culturas comprometedoras. Dentre eles, muitos tiveram seus nomes gravados na galeria dos heróis da fé (Heb. 11).

Dentre os nomes mencionados pela Bíblia, quatro deles foram citados no texto de referência da nossa lição: Daniel, Hananias, Misael e Azarias (Dn. 1:7) que em meio a uma cultura com tanto poder de sedução, conseguiram deixar claro que é possível viver como uma garça em meio ao lamaçal.

PRINCIPIOS QUE GARANTEM A VITÓRIA NUMA CULTURA SECULAR

Neste mundo você pode conquistar muita coisa apenas com o dinheiro e outros tipos de recurso, mas para conseguir obter a vitória sobre o pecado em meio à cultura do nosso século, é necessário que tenhamos em primeiro lugar, a comunhão com o Criador e sustentador de tudo. Sem ela, o homem já pode considerar um derrotado.

Outra qualidade importante é a determinação em manter uma vida vitoriosa. Onde há esforço por parte do homem não falta ajuda da parte de Deus. E pensando nisso o cristão por onde andar deve manter essa determinação independente do que lhe possa acontecer, pois é melhor obedecer a Deus dvero que aos caprichos do mundo. Há quem se diz cristão, e pelo fato de não querer abandonar a fama ou a posição social, aceita tudo o que o mundo lhe apresenta. Como o caso de muitos artistas de televisão que após ter aceitado a Cristo; não abandona a cultura antiga. Tais pessoas precisam ser determinadas, mas para isso precisam ter convicção da fé que professam e a certeza de que se abstendo dos velhos costumes Deus proverá o necessário para sua subsistência.

Outro ponto importante conforme esboçado pelo comentador da lição é o discernimento. Sem o discernimento é impossível o homem saber distinguir o que é pecado e o que não é. Mas para que a pessoa possa ter essa virtude é necessário que o Espírito de Deus habite em seu coração. Sem Ele o homem continua com a cegueira espiritual que o incapacita e o faz andar sem direção.

Portanto, precisamos viver neste mundo considerando a sua cultura como a um peixe que precisamos comer a sua carne sem nos ferir com as espinhas.

P. A. B. J. TO 19/06/10

sábado, 12 de junho de 2010

O DESAFIO DE SER CRISTÃO NUMA SOCIEDADE PECADORA

Neste mundo quase tudo é desafios, uns grandes e outros, porém, de pequenas proporções. Como por exemplo, seres vivos do reino vegetal às vezes precisam desafiar a escassez de terrenos desérticos a fim de sobreviver; animais precisam desafiar outros de espécies diferentes e até mesmo da mesma espécie, para poder continuar sobrevivendo; pessoas há que desafiam a falta de moradia, a falta de alimentos, a falta de emprego, a falta de saúde e uma série imensa de gigantes que aparecem no seu caminho para ameaçá-los. No entanto, tais desafios não ocorrem apenas no aspecto da sobrevivência física, mas também no espiritual, algo enfrentado pelos verdadeiros cristãos do mundo inteiro. Como assim nos advertiu o Apóstolo Pedro: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” I Pedro 5:8 e 9. Segundo ele o nosso maior inimigo espiritual possui as características psicológicas de um dos animais mais ferozes que existe na selva – o leão, um animal conhecido por sua força e violência; e se livrar dele não é nada fácil.

O cristão fiel, embora esteja sob a proteção divina, precisa se esforçar no sentido de resistir às investidas e estar atentos às astúcias ciladas de Satanás. E isso em nossos dias tem se tornado um dos grandes desafios para os filhos de Deus, já que estamos vivenciando momentos de grandes avanços em todos os aspectos; principalmente na área da mentalidade humana que freqüentemente muda conceitos acerca da ética e da moral. Contudo, não somos os primeiros a adentrar a esse campo de batalha; nossos antepassados enfrentaram grandes desafios do velho inimigo, que sabe apresentar suas estratégias compatíveis com o meio e os recursos disponíveis em cada época e em todas as circunstâncias.

DESAFIOS E VITÓRIAS DOS HERÓIS DA FÉ
A Bíblia - o livro por excelência é o melhor manual que temos em mãos que possa oferecer ensinamentos para uma vida de vitória sobre os gigantes espirituais. Além de conselhos doutrinários existem também, os testemunhos de muitos homens que conseguiram manter uma vida íntegra, em meio a uma sociedade completamente corrompida e perversa. Dentre eles, alguns nomes serão mencionados neste espaço para que sirvam de exemplo para nós hoje. Em ordem cronológica quero citar apenas três nomes de grande destaque na história bíblica. O primeiro foi Noé; e para sabermos os desafios enfrentados por ele precisamos saber qual era a situação moral da sociedade dos seus dias, e para isso temos que recorrer à palavra de Deus, que diz: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” Gen. 6:5. Observe que além da maldade que se multiplicara nos corações dos homens, ela não parava de se multiplicar; a cada dia que se passava os homens procuravam desenvolver outras formas maldosas de contrariar a vontade de Deus e causar males aos seus semelhantes. Entretanto, em meio a tudo isso a Bíblia declara: “Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR” Gen. 6:8. Creio que os desafios foram grandes para Noé, pois teve que renunciar interesse e suportar certos insultos para não se desviar do seu maior propósito que era o de manter-se íntegro para agradar a Deus. Mas exemplo maravilhoso como esse não parou por aí, pois tempos depois nasceu José, filho de Jacó. Um jovem muito amado por seu pai, mas que teve que enfrentar os desafios que aos poucos foram surgindo em sua vida. O primeiro desafio foi de ser odiado por seus irmãos que por inveja procuravam a sua ruína, ao ponto de vendê-lo como escravo para os mercadores midianitas que iam para o Egito.

O negociante que comprara José o vendeu a Potifar um oficial da casa de Faraó. Algo que pode ter feito com que José sentisse alívio; pois quem sabe, pode ter pensado - Muito embora eu esteja sentindo a falta do meu pai, posso suspirar aliviado, pois estou longe daqueles que me perseguiam! – Porém, não imaginava ele, que muitas provas o esperavam, até que a bênção divina o alcançasse. E como todos que estão marcados para vencer, José teria que enfrentar os desafios que o campo de batalha espiritual apresentava. Ele não sabia, mas antes de tomar posse da vitória teria que ser provado em várias áreas de sua vida. A primeira delas foi a de não ceder à sedução de sua insistente patroa; a segunda, a de ter que sofrer as calúnias, consciente de sua inocência; e finalmente, a de ser submetido à prisão.

Diante de tudo que José sofreu; sendo criticado, perseguido, vendido como escravo, assediado sexualmente e caluniado – jamais ele recuou diante desses desafios, pelo contrário, ergueu sua cabeça e manteve a postura de um verdadeiro homem de Deus. Sua conduta moral e espiritual não foi abalada pelas influencias malignas que o cercava, pois tinha o firme propósito de ser um vencedor, mesmo que para isso teria que sofrer muito.

Outro de quem a Bíblia dá testemunho é o jovem Daniel, que pela ocasião do cativeiro babilônico fora conduzido com outros companheiros para a Babilônia, a fim de servir o rei Nabucodonosor em seu palácio (Dan. 1). E para que eles pudessem estar aptos para assistir o rei, teriam de serem submetidos à uma dieta alimentar especial, composta das mais finas iguarias, incluindo os alimentos oferecidos aos deuses e o vinho, dos quais o próprio rei participava. Mas, conhecedores dos princípios sagrados que eram; resolveram abster-se de tais alimentos e preferiram se alimentar de legumes, apenas. Algum tempo depois, Daniel, por demonstrar grande sabedoria e fidelidade a Deus, tornou-se alvo da inveja dos oficiais do rei, que por meio de um edito real o proibiu de fazer oração a Deus, sob pena de ser lançado aos leões para ser morto. Mas como sempre, manteve-se determinado em ser fiel aos princípios divinos. Por isso continuou orando a Deus como de costume, ciente de que tal prática constituía o motivo principal para conduzi-lo a morte.

Os desafios para Daniel foram grandes por habitar numa terra onde a cultura consistia quase que em sua totalidade, em práticas pagãs e tradições fundamentadas nas velhas fábulas. Contudo, foram a firmeza de caráter e a determinação em manter-se íntegro para agradar a Deus que determinaram suas vitórias, fazendo-o um grande vencedor que pudesse nos legar exemplos maravilhosos de fidelidade a vontade de Deus.
OS MAIORES DESAFIOS PARA OS CRISTÃOS HODIERNOS
Os filhos de Deus que viveram em tempos bastante remotos tiveram que enfrentar grandes desafios para conseguir manter a sua integridade moral, ética e espiritual; tendo em vista terem que conviverem com a ignorância e a idolatria da qual todos os povos (Exceto Israel) faziam parte. Contudo, nada se compara aos problemas da atualidade. Pois além da idolatria que é uma prática herdada da Babilônia antiga e outros povos politeístas, temos como desafios, as inovações resultantes de mentes descompromissadas com a verdade. Como por exemplo, um dos problemas mais sérios enfrentados pala juventude cristã é a questão moral relacionada ao sexo, onde os conceitos e os valores estão sofrendo várias transformações e inversões. Uma delas é quanto ao jovem manter-se casto em meio uma sociedade que interpreta a questão da prática sexual antes do casamento e a promiscuidade como algo normal e necessário. E para manter essa filosofia, o diabo usa não apenas os jovens que abraçam esse tipo de comportamento, mas também os meios de comunicação, as leis, professores de escolas públicas, etc. A maior preocupação dessas pessoas é com a integridade física das pessoas, e para isso o governo gasta rios de dinheiro com propagandas advertindo ao povo no sentido de se prevenir das DST e evitar a gravidez, quando na verdade deveria sem prejuízo desse tipo de propaganda, procurar imprimir nas mentes das pessoas a necessidade de manter uma vida sexual dentro dos limites da moral. Mas se essa idéia for levada ao conhecimento de certas autoridades, ela servirá como motivo para chacotas. Viver em uma sociedade dessa não é fácil, pois uma parte significativa dos políticos é ferrenha apologista da imoralidade e da corrupção. Como foi presenciado por muitos ontem no programa do Ratinho, o Vereador Carlos Apolinário afirmar, que a Prefeitura de São Paulo gastou um valor vultoso (Mais de milhão) em camisinhas e gel lubrificante para serem distribuídos no movimento realizado pelos homosexuais.

Os desafios, no entanto não se resumem na questão do sexo, mas também na cultura capitalista impregnada em nossa sociedade, onde o material e imediato tem prioridade e provoca nos seres humanos uma correria desenfreada. É uma busca constante e insaciável pelo poder, fama e prestígio; e isso é um desafio para os cristãos modernos, já que grande parte tem sida atraída e se adequado a essa nova “cultura”.

Diante de tantos desafios que temos pela frente, devemos nos atentar mais para as coisas do Espírito; valorizar mais o espiritual ao material; não se esquecendo de que os valores materiais são transitórios e insignificantes diante dos valores eternos reservados por Deus para aqueles que lhe são fiéis e não recuam diante dos grandes desafios.

P.A.B.J. TO. 12.06.10

sábado, 5 de junho de 2010

IGREJA – UM PARADIGMA PARA A SOCIEDADE

A sociedade atual no contexto mundial, por pouco não transformaria em um verdadeiro caos; onde os mais fortes e poderosos imporiam suas forças sobre os mais fracos e os venceriam; um ambiente no qual os libertinos ocupariam ruas e lares e os assuntos sexuais ilícitos deixariam de ser tabu. Uma sociedade na qual os mais fracos e impotentes diante das ameaças dos que se mostrassem mais fortes, não teriam o direito de usufruir dos seus direitos, etc. Entretanto, se começarmos a fazer uma breve reflexão sobre a real situação em que se encontra o mundo atual, chegaríamos à conclusão de que nossa sociedade pouco difere dos contemporâneos de Noé e Ló.

As sociedades que povoam o nosso planeta apresentam sinais de alerta para um grave problema de alcance global. Pois as ameaças de um iminente conflito entre as nações são evidentes. Irã e Israel podem a qualquer momento deflagrar uma guerra nuclear de grandes proporções ao ponto de envolver o mundo inteiro; divergência entre Coréia do Norte e Coréia do Sul constitui outra ameaça para o mundo. E se isso não bastasse, até mesmo o nosso Presidente Lula que até pouco tempo tinha um grande conceito perante os americanos, vem a cada dia desgastando sua imagem, ao tentar tomar para si os problemas de outrem, comprometendo assim, a relação do Brasil com os Estados Unidos, a maior potencia mundial. Porém, esses são apenas assuntos internacionais; mas, o que diria dos problemas éticos e morais que afetam o nosso país; dos quais tem como principal protagonista a maioria dos políticos e grandes vultos nacionais? O que diríamos da violência que invade as ruas, lares, escolas, igrejas e demais setores da sociedade? Da imoralidade sexual, como por exemplo, da tentativa da legalização da prática da prostituição? Como por exemplo: Existe na Câmara Federal um Projeto de Lei de autoria do Deputado Federal Eduardo Valverde, que no seu cabeçalho diz: “Institui a profissão de trabalhadores da sexualidade e dá outras providências”. E no seu Art. 1º esclarece: “Consideram-se trabalhadores da sexualidade toda pessoa adulta que com habitualidade e de forma livre, submete o próprio corpo para o sexo com terceiros, mediante remuneração previamente ajustada, podendo ou não laborar em favor de outrem”. E se isso não bastasse, existe também a tentativa de legalizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como acontece em outros países, e outras formas de perversões e inversão de valores, defendidos pelos próprios governantes de nossa nação. E quem não tem conhecimento de que as leis do nosso país foram feitas para favorecer o rico em detrimento ao pobre – onde a mesma lei que faz o pobre apodrecer na cadeia tira o rico da prisão no dia seguinte? Mas tudo isso é pouco para descrever a crise moral e ética pela qual vivencia o nosso país. E poderia estar pior ainda, se não fosse à ação da Igreja de Cristo que diuturnamente intercede pelas almas, prega o Evangelho de Cristo, e através da sua conduta influencia o caráter do seu semelhante.

Paradigma é um termo que segundo a língua portuguesa significa modelo, padrão, exemplo – e para isso nasceu a Igreja de Cristo, a qual tem o dever de brilhar em meio às trevas moral e espiritual com as quais está envolta a nossa sociedade; como disse o próprio Jesus: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Grifo meu) Mat. 5:14-16.

Ao se referir ao caráter e a conduta que o cristão deve ter perante a sociedade, Jesus usou a linguagem figurada; valendo-se de algo muito familiar de seus discípulos – a luz, algo que dá a idéia de contraste. Pois luz lembra trevas. Isso era o mesmo que ter-lhes dito: Vocês devem ter uma conduta que contraste com a conduta apresentada pelas demais pessoas que não conhecem a Deus, ou seja, a vida de vocês não devem ser a mesma. Se vocês roubavam não roubem mais, se vocês brigavam não briguem mais, se vocês matavam não matem mais, se vocês adulteravam não adulterem mais, se vocês prostituíam não prostituam mais. Enfim, tudo de mau que fazia parte do caráter de vocês, deve ser substituído pelos bons princípios ensinados em toda a palavra de Deus.


Ao estarmos cientes do verdadeiro papel da Igreja no sentido de servir de exemplo para o mundo, pergunto: Estamos realmente correspondendo às expectativas de Jesus? Ou estamos deixando a desejar? Eu diria que são inegáveis os benefícios provenientes da influencia positiva da Igreja. Contudo, não deixamos de salientar que grande parte do cristianismo professo tem perdido a sua verdadeira identidade, e por isso o mundo não está em melhores condições morais. Pois são muitos os casos de cristãos que por não terem sido regenerados vivem em conformidade com o mundanismo. Como se vêem – cristãos que coadunam com os corruptos para subtrair valores que não lhes pertencem e obter favorecimentos em negócios escusos. Cristãos que menosprezam a sua posição no reino de Deus por acharem que os valores terrenos são mais importantes do que os celestiais, e que o lucro e o prazer imediato devem ter a primazia em suas vidas. Tais cristãos deixaram (se é que possuíam) que o brilho do caráter de Cristo em suas vidas fosse ofuscado pelas trevas morais que entenebrecem o mundo.

Muitos líderes de igrejas hoje querem que suas igrejas se identifiquem com a Igreja primitiva da época dos apóstolos, mas nenhuma até o momento se compara a ela. A Igreja liderada pelos primeiros apóstolos possuía maior intensidade de luz moral e espiritual, por isso, o poder de Deus se manifestava e o nome de Deus era exaltado até mesmo pela sociedade que não conhecia a Deus. O poder de Deus se manifestava de uma maneira tão intensa e a comunhão entre os irmãos era tão grande... Que as pessoas sentiam-se atraídas pelo Evangelho, como bem escreveu Lucas: “Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” At. 2:47. Tal depoimento nos mostra que havia diferença entre os cristãos e os não-cristãos e isso fazia com Deus sentisse a vontade para estar no meio da congregação.

A IGREJA COMO TEMPLO DE DEUS


A Bíblia ao se referir ao Templo, em muitos lugares, desde o Antigo Testamento, fala de prédio ou construção, o Tabernáculo, o templo de Salomão, o segundo templo, o templo de Herodes, etc. Porém, o termo Igreja aparece no novo testamento em vários textos, mas em lugar algum se refere a ela como um edifício literalmente falando, esse é um termo de origem popular aplicado ao templo como uma construção. Das várias referências bíblicas, a maioria delas refere à congregação local (Cristãos de uma determinada cidade ou região) que faz parte da igreja militante, como por exemplo, em: Mat. 18:17; Atos 9:31; Atos 13:1; Ap. 3:1; etc. Em outros porém, como a congregação universal e invisível (Que é a totalidade de todos os salvos de todos os tempos, desde Abel até a última pessoa que há de aceitar a Cristo como Salvador), (Heb. 12:53; Ef. 1:22). É sobre esta última definição que queremos falar, pois o termo Igreja como templo de Deus, se refere às pessoas salvas existentes no seio da igreja militante. Como disse o Apóstolo Paulo: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” I Co. 6:19. Para Paulo, é o nosso corpo a morada do Espírito Santo – e se é morada do Espírito, é também morada do próprio Deus e o local ideal para oferecermos culto a Ele. Ao escrever aos cristãos de Roma, ele fez a seguinte recomendação: “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” Rom. 12:1.

Ao comparar os dois textos parece haver uma contradição; pois enquanto no primeiro o nosso corpo é comparado ao templo, no segundo é comparado ao sacrifício. Contudo, não há nenhuma contradição, tendo em vista o fato de tanto o altar como sacrifício serem igualmente santos. No primeiro nosso corpo é visto como morada de Deus e local de cultuarmos a Ele; no segundo, como um sacrifício vivo. Ou seja, assim como no Antigo Pacto se exigia animais limpos, sem manchas e sem defeitos para oferecê-lo como sacrifício, hoje como sacrifício vivo e voluntário, temos que nos enquadrar nas exigências de santidade exigidas na palavra de Deus. Portanto, individualmente somos parte da Igreja de Cristo e figuradamente o templo a onde Deus habita e recebe a nossa adoração.

Considerando que o nosso corpo é o verdadeiro templo de Deus, não podemos deixar de enfatizar a importância e necessidade do templo propriamente dito construído de tijolos, areia, cimento, telhas, etc. Pois ele foi o local que Deus escolheu para que a congregação possa se reunir e juntos possam exaltar o seu nome e buscar a sua ajuda.


IGREJA COMO LOCAL DE REFÚGIO


Antes que chegasse a Canaã, Deus ordenou a Moisés que das cidades que seriam entregues aos Levitas, seis delas seriam para refugiar o homicida que sem querer, teria ferido de morte a ágüem (Núm.35:6). Tal medida tinha como causa a preocupação de Deus em evitar que injustiças fossem cometidas contra alguém que sem querer havia matado alguém, já que a lei que vigorava naquela época era a do Talião (Olho por olho e dente por dente). Tais cidades tipificavam o próprio Jesus que é o refúgio mais perfeito que o pecador possa encontrar. Nesse caso, a Igreja como parte integrante do próprio Jesus, deve igualmente servir de refúgio (abrigo) para as almas que escravizadas e ameaçadas por satanás.


A Igreja é a única que pode oferecer segurança aos oprimidos, já que ela é a única a poder falar e proceder em nome de Cristo, que é o descanso para as almas cansadas (Mat. 11:28); o Caminho do céu para os perdidos, a Verdade para aqueles que estão cansados da mentira, e a vida para os que estão mortos em seus pecados. Por isso disse Ele: “...Eu sou o caminho, e a verdade e a vida...”Jo. 14:6.


Que a Igreja da qual faço parte


Não sirva apenas para o meu benefício


Mas que seja um local de tranqüilidade


Para o miserável, que vive nesse mundo perdido.


P. A. B. J. TO. 05/06/10

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