Podemos comparar a vinda de Jesus a este mundo, a um pescador que foi ao rio pescar peixes. Com base nesta comparação, pergunto: Quais são as exigências necessárias para que o pescador possa ser bem sucedido em sua pescaria? Talvez você entenda bastante sobre esse assunto, mas quero destacar alguns pontos importantes. Além de bons equipamentos, o pescador precisa ter iscas apropriadas para os vários tipos de peixes; ter a habilidade para manusear iscas e equipamentos; saber os locais onde os peixes mais se concentram e principalmente ter a perícia de se aproximar deles de maneira que não os espante.
Como bom pescador de almas Jesus, com sua inigualável sabedoria procurou se infiltrar justamente onde havia maiores concentrações de pessoas, com a finalidade de buscá-las para o seu reino. Por isso vemos em sua biografia escrita pelos quatro Evangelistas, registros de sua presença nos eventos de maior magnitude, como festa da Páscoa (Jo. 2:23), festa dos pães ázimos (Mt.26:17), festa de casamento em Caná da Galiléia (Jo. 2:11), banquetes em casas de publicanos e pecadores como o que aconteceu na casa de Levi (Lc.5:29).
Nesses eventos o Mestre encontrava uma boa oportunidade para anunciar a boa notícia de salvação, pois o número de pessoas alcançadas por sua mensagem era significativamente maior que quaisquer outras disponíveis naqueles tempos. Sabemos que exceto as reuniões sociais, Jesus com sua pregação e milagres conseguia reunir grandes multidões a sua volta, mas, como em todas as sociedades existiam aqueles que não O seguia; quem sabe pela sua posição social ou por ocupar um cargo político e até mesmo religioso; fora necessário que Ele fosse até essas pessoas, que não deixavam de marcar presença nessas reuniões.
Em todas essas visitas a esses eventos Jesus tinha sempre um objetivo principal em mente – a divulgação do Evangelho. E, ao contrário do que muitos imaginam, nunca fez essas visitas apenas com o objetivo de se deliciar das bebidas e iguarias que se ofereciam nesses locais.
Ao se infiltrar nas grandes reuniões sociais do seu tempo Jesus estaria nos legando um exemplo maravilhoso de que o povo de Deus deve não apenas fazer parte da sociedade como um indivíduo isolado dentro das quatro paredes da sua congregação. Pois como homens e mulheres de Deus devem achar nesses acontecimentos uma boa ocasião para testemunhar de Jesus. Observe que Jesus não ia apenas para ouvir, mas principalmente para falar, como assim escreveu o Apóstolo João (7:37: “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”.
A LUZ E AS TREVAS
Em seu ministério terreno Jesus fez questão de se tornar um homem público (A partir dos 30 anos de idade), contatando-se com pessoas de todas as classes sociais e níveis culturais; dos mais pobres e ignorantes aos mais nobres e cultos, pois tinha consciência de suas reais necessidades espirituais. Ele era a Luz que precisa brilhar no meio de um povo que vivia em densas trevas, como Ele próprio disse: “...Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”Jo. 8:12. A luz foi feita para brilhar por isso Jesus fez resplandecer a sua luz neste mundo de trevas e deseja que todos nós brilhemos por onde andarmos; por isso, disse Ele: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” Mat. 5:14-16.
Veja que nas palavras do Mestre, transcritas logo acima Ele deixou bastante claro sobre a necessidade de fazermos com que a nossa luz brilhe neste mundo; ou seja, por onde quer que possamos andar. Seja numa festa de casamento, numa reunião política, ou em qualquer evento social; precisamos mostrar que somos diferentes. Pois quem sabe a sua presença naquele local foi planejada por Jesus, para que o seu nome fosse manifestado e glorificado. Se você foi convidado para fazer parte daquele grupo social, é porque alguém que é trevas precisa da luz que você irradia. Porque digo isso? Porque dificilmente alguém convida um cristão verdadeiro para suas reuniões; pois geralmente eles convidam aquelas pessoas que falam a mesma língua, que bebem da mesma bebida, que comem da comida, etc.
Portanto, não tenha a sua posição no reino de Deus como um obstáculo para recusar fazer parte da sociedade, pelo contrário, use desta prerrogativa para fazer com que as pessoas vejam a luz de Cristo refletir em sua vida.
P. A. B. J. TO. 28/08/10