sábado, 30 de janeiro de 2010

ESTRATÉGIAS PARA VENCER O INIMIGO

Nos dois primeiros versículos do texto de referência da lição desta semana está escrito: “Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel: Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós...” No último diz: “Então as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma”.
Nesta passagem o salmista apresenta de forma metafórica a situação de perseguição pela qual Israel vinha sofrendo, e como Deus com sua mão forte o livrou de todos os seus inimigos.
Ao citar Israel como exemplo de sofrimento, perseguição e vitória, o faço apenas para deixar claro que assim como esse povo vem no decorrer da história, sofrendo várias perseguições, mas, ao mesmo tempo, obtendo vitórias sobre seus inimigos, os cristãos também sofrem várias perseguições. Mas como disse o Apóstolo Paulo, em todas elas somos mais do que vencedores. E isso, não por nossas próprias forças, mas por Jesus Cristo nosso Senhor.
É certo que muito embora Israel tenha se tornado imbatível a partir de sua emancipação política ocorrida em 1.948 sabe-se que junto à mão de Deus está a sabedoria de seus comandantes militares ao elaborarem e colocarem em prática suas estratégias de guerra. Assim é o cristão. Estamos na linha de frente no campo da batalha espiritual e conosco está o nosso comandante Jesus que nos garante a vitória, contudo, Ele nos ensina as estratégias eficazes para que possamos vencer o inimigo. Como comandante Jesus nos dá instruções sábias de como sermos vencedores. Porém, espera que sejamos fiéis em suas execuções; pois o impossível Ele faz, mas, o possível é para nós realizarmos, caso contrário poderemos ser abatidos pelo inimigo.
CONHECENDO NOSSOS INIMIGOS
Uma das estratégias mais importantes para quem está na batalha é o reconhecimento da potencialidade bélica do inimigo. E isso se faz através de um apanhado bastante minucioso dos pontos fortes e fracos do adversário, como: conhecer suas estratégias, contingente e tipo de armas utilizadas. No campo de batalha espiritual não é diferente. O cristão precisa conhecer os vários inimigos que podem atacá-lo, suas estratégias, bem como as armas que eles utilizam no combate. Como nosso objetivo é tratar de assuntos espirituais, peguemos como exemplo a vida de personagens bíblicos que nos legaram verdadeiros exemplos de vidas vitoriosas, como Davi e Neemias, e conselhos importantíssimos deixados por Jesus e os Apóstolos. Entretanto, o mais importante neste primeiro passo é conhecer nossos principais inimigos, que são: Satanás, natureza adâmica e o mundo. Dentre estes, o maior e mais cruel é Satanás. Ele é: Astuto, caluniador, mau e impiedoso. Seu exército é numeroso, pois é constituído da terça parte dos anjos criados por Deus, mas que foi precipitada do céu a terra ao se rebelar contra Deus. Seus locais de permanência são o espaço sideral e as prisões no inferno. Como Satanás e seus anjos agem? O campo de batalha é em primeiro lugar, a mente do ser humano. Ao apossar da mente do homem, ele causa sérios problemas como depressões e graves problemas psicológicos, além de induzi-lo à violência, prostituições e todas as formas de corrupções. Outra forma de trabalhar na mente humana é influenciá-la para o mal ao infiltrar suas heresias com o propósito maligno de fazer o homem se afastar de Deus, bem como influenciar estudiosos a desenvolverem estudos com o objetivo de negar a existência de Deus e inventar armas e instrumentos para a destruição da própria humanidade.
Ao falar do que nosso maior inimigo veio fazer, disse Jesus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir...” Jo. 10:10ª; a natureza adâmica (CARNE) é uma inimiga perigosa e traiçoeira e constitui-se em uma ameaça constante para o cristão. Pois além de ser parte inerente do ser humano, suas inclinações são contrárias a Lei de Deus. O Apóstolo Paulo ao escrever aos irmãos da Galácia disse: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” Gal. 5:19-21. O terceiro maior inimigo é o mundo, - um termo que é definido por Donald C. Stamps, como: “(gr. Kosmos) freqüentemente se refere ao vasto sistema de vida desta era, fomentado por Satanás e existente à parte de Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação” (B.E.P. pág.1957). O Apóstolo João ao escrever sua primeira carta advertiu-nos: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” I Jo.2:15. Ele ainda acrescentou: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” I Jo.5:19.
COMO VENCÊ-LOS
O nosso maior inimigo é um ser espiritual vencido, porém forte e jamais desiste de lutar contra Deus e o seu povo. Suas investidas, no entanto podem ser resistidas. O Apóstolo Tiago escreveu: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”(Tg. 4:7). Diante deste versículo chegamos a conclusão que estamos diante da primeira estratégia que nos garante mantê-lo afastado por um período de tempo. A primeira parte da estratégia é a submissão aos mandamentos divinos e a segunda, a resistência as insinuações diabólicas.
Muitos imaginam Satanás um ser muito forte e invencível e por isso desistem da luta como fez Israel diante de Golias. Outros, porém fazem como Davi que não olhou para o tamanho do gigante, mas para o poder do Deus dos exércitos. Fisicamente Davi se tornou algo insignificante em comparação ao seu oponente, contudo, usou pelo menos duas estratégias que garantiram sua vitória. A primeira foi recusar lutar com a armadura do rei Saul. Sua atitude muito embora tenha sido motivada pela sua fragilidade em relação ao peso do equipamento; ensina-nos que nesta luta não devemos confiar em nossos próprios méritos ou recursos, mas em Deus que pode nos garantir a vitória. Salomão escreveu: “Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do SENHOR vem a vitória” Pv.21:31. Sabedor de que a vitória seria garantida por Deus Davi não ousou afrontar o gigante levando o seu próprio nome; mas, disse: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” I Sam. 17:45.
É no nome de Deus que o cristão obtém vitória em seu enfrentamento com o inimigo. Disse Jesus: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em MEU NOME expulsarão os demônios; falarão novas línguas...” Mc. 16:17.
Neemias foi outro servo de Deus que deixou-nos grandes lições de coragem e sabedoria. Ao iniciar a reconstrução dos muros de Jerusalém ele teve que se valer de várias estratégias para conseguir concluir a obra; pois tão logo seus inimigos (Sambalate, Tobias, árabes, amonitas e asdoditas) souberam do bom andamento da reconstrução dos muros; se uniram com o propósito de guerrear contra Jerusalém (Ne. 4:7e8) afim de que os construtores desistissem do trabalho.
Ao saber do intento dos seus inimigos, Neemias buscou a direção divina em oração, e depois colocou guarda (v.9) contra eles durante o dia e a noite. Ao observar com atenção esta passagem percebemos que o que ele fez foi justamente o que posteriormente Jesus recomendaria a seus discípulos quando disse: “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo” Mc.13:33. Ao fazer esta advertência Jesus estava se referindo ao fato do dia de sua volta ser imprevisível, o que necessitaria dos discípulos estarem olhando para desenrolar dos eventos escatológicos, e sempre vigiando (Alertas) e orando, pois ao cumprir tais recomendações eles estariam prontos para se livrarem das astúcias do inimigo, e preparados para resisti-lo.
Quando seus inimigos intentaram infiltrar no meio deles para o matarem, e fazerem a obra parar, Neemias armou todas as famílias e colocou pessoas armadas em todas as partes vulneráveis aos ataques. Além disso, os trabalhadores, com uma das mãos empunhavam a ferramenta, e com a outra segurava a espada (vv. 16-18). Essa medida preventiva tomada por Neemias está associada aos princípios ensinados pelo Apóstolo Paulo aos cristãos de Éfeso, ao instruí-lo sobre a necessidade de se equiparem com a armadura de Deus (Ef. 6:13) para que pudessem resistir às várias formas de ataques do inimigo.
Ao terminar a obra de reconstrução dos muros de Jerusalém, Neemias teve que enfrentar uma das últimas estratégias inimigas. Veja o que eles intentaram fazer: “Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal” Ne. 6:2. Porém, como Neemias possuía a sabedoria divina e a experiência de guerreiro experiente, disse: “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?” v.3.
Diante desta última tentativa de fazê-lo recuar, Neemias os fez recuarem, ao alegar que devido à grande importância da obra que estava realizando, não podia atendê-los.
Em nossa vida sempre procuramos priorizar as coisas que damos maior importância. O cristão precisa valorizar a obra de Deus e a sua salvação. Pois ao priorizá-las, seus valores estarão acima de qualquer vantagem oferecida pelo diabo. Aí é só falar para ele: Estou fazendo uma grande obra e não posso deixá-la para atendê-lo!
O segundo maior inimigo a ser vencido é a carne, e para vencê-la a regra áurea é a que deve ser utilizada em todas as investidas de todos os tipos de inimigo, - Jejum e oração.
Por que o jejum e a oração são duas armas poderosas contra os inimigos espirituais? Porque eles transportam o homem natural, com suas fraquezas e temores, em uma pessoa espiritual, forte, cheia de fé e corajosa. A respeito dessa velha natureza, disse Paulo: “Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo” Rom. 7:21. Por ser algo que faz parte do nosso ser, nossa natureza adâmica é uma das inimigas que mais nos ameaçam. Nesse caso, como, e o que fazer para sermos vitoriosos? Primeiro, precisamos entender que o cristão possui duas naturezas, a “velha” e a “nova”, ou seja, o velho Adão (Natureza pecaminosa) e o novo Adão (Natureza de Cristo). Precisamos saber também que Deus, ao fazer o homem dotou-o de: Espírito, alma e corpo. Esses elementos foram criados para funcionar da seguinte forma: O espírito (Consciência, intuição e comunicação) para reinar sobre a alma (Inteligência, emoção e vontade) como serva e o corpo como escravo, que é dotado dos cinco sentidos (Olfato, paladar, tato, visão e audição). Depois da queda do homem, os papeis foram invertidos, e aí o corpo e a alma é quem reinam sobre o espírito, fazendo-o escravo. Para voltarmos ao papel inicial temos que fazer morrer a velha natureza carnal por meio do jejum, oração e abstinência dos prazeres carnais. De alimentarmos a nova natureza com a meditação nas sagradas Escrituras e uma vida de inteira santificação.
Vamos para o terceiro e último maior inimigo. – O mundo. - Como podemos obter a vitória sobre o mundo, se vivemos nele, e dele dependemos para quase tudo que fazemos? Como dito antes, o mundo que nos ameaça não é o mundo físico feito por Deus, mas o mundo espiritual do mal que com o propósito de dar continuidade à obra de rebelião contra o Criador, influencia os meios de comunicação, líderes, políticos e de instituições e todos os seguimentos da sociedade a manterem um padrão moral, social e espiritual que contrariem os princípios divinos impressos nas sagradas Escrituras. Este inimigo é muito perigoso, pois muitas coisas que nele existem e que ameaçam nossa integridade moral e espiritual; são como o fruto proibido do Édem. – Fascinam pela beleza e pelos valores que aparentemente são preciosos; além de tudo, garantem uma falsa sensação de felicidade que se pode usufruir imediatamente. São prazeres que para gozá-los o homem não precisa de se esperar por muito tempo. Basta ter dinheiro e fama, e tudo se vêem as suas mãos. Diante de tantas tentações o que se deve fazer é considerar-se morto ou crucificado. Como afirmou Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”Gl.2:20. Isso mesmo! Estar no mundo como alguém que está pendurado em uma cruz é sentir-se impossibilitado para realizar qualquer ação. Existe um perigo muito grande quando o cristão se acha numa situação em que as coisas do mundo não lhe pareçam ameaçadoras; pelo contrário, normais e lícitas. Quando isso acontece obviamente ele já se encontra em contradição com o que diz a palavra de Deus: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” Rom. 12:2.
O conselho para uma vida vitoriosa é fazer como Paulo, se colocar na cruz e jamais descer dela. Conta-se que no tempo de Paulo costumavam crucificar aqueles delinqüentes que a sociedade havia rejeitado por haverem cometido muitos crimes. Acontece que à noite, enquanto a cidade adormecia, os parentes do criminoso desciam-no da cruz e curavam suas feridas. Depois que ele se encontrava livre e sem ferimentos, voltava para o mundo do crime a praticar as mesmas coisas de antes.
Portanto, vença o mundo mantendo-se crucificado com Cristo, pois o mundo e as suas concupiscências passam, mas aquele que obedece a Palavra de Deus permanece eternamente.
Ponte Alta do Bom Jesus - TO., 29/01/2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

VENCENDO OS CONFLITOS

Dentre os problemas sociais existentes na atualidade nada se compara aos conflitos. Os meios de comunicação quase que não se ocupam em noticiar outra coisa. Mostram tantos casos de violência que os tele-jornais já se tornaram sinônimo de casos policiais. Há pessoas, por exemplo, que já não querem mais assisti-los devido a tantos casos horripilantes que são apresentados. Não seria o fim do mundo? Bem, por um lado podemos afirmar que sim, pois segundo as Escrituras, o aumento da intensidade e freqüência desses casos são indícios da volta de Cristo. Mas uma coisa é certa, os conflitos existem desde os primórdios. O primeiro caso de homicídio foi o de Caim que matou seu irmão Abel; daí para cá os registros do A. T. nos surpreendem com conflitos das mais variadas dimensões e categorias.
A origem dos conflitos está em primeiro lugar relacionada à falta de amor entre as pessoas. O amor tem se tornado superficial e condicionado alguma forma de interesse egoísta. O ser humano em sua maioria sofre de grande crise de amor. O amor que é demonstrado a alguém agora pode ser transformado em ódio dentro de instantes; basta tão somente seus interesses serem ameaçados pela pessoa a quem se diz amar; isso é o que prova os inúmeros casos de pessoas que matam suas ex-esposas em nome do amor.
Além dos conflitos que existem nos relacionamentos interpessoais, existem também os conflitos internos, quando por algum motivo; psicológico, espiritual ou influência externa, o indivíduo passa a viver um dilema que muitas vezes termina com um trágico fim. Como cristão, tive alguns anos atrás, a triste experiência de lidar com um conflito interior que amargou minha vida por muito tempo. Minha mente se tornou um grande campo de batalha onde grandes mísseis de pensamentos desagradáveis eram deflagrados a todos os momentos. Diante daquela triste situação eu tinha que ficar constantemente em alerta, sempre pronto para defendê-los com a palavra de Deus. Hoje, graças as Deus fiquei liberto dos maiores ataques que me massacravam, mas como qualquer cristão, preciso continuar vigiando para poder ter a capacidade destruir outros de menor intensidade que sempre são lançados pelo nosso inimigo que não desiste nunca.
AS ORÍGENS DOS CONFLITOS
O termo “conflito” vem do latim “conflictus” (Choque, investida) e segundo o dicionário “LAROUSSE Ática” da língua portuguesa, significa:” Oposição de interesses, idéias; luta, desentendimento”. Nos textos sagrados existem muitos termos que definem a palavra “conflito”, como: Contendas, facções, discórdias, pelejas, porfias, dissensões, etc. Seja qual nome se possa dar ao conflito, isso não importa o que precisamos saber é o quanto ele é prejudicial aos relacionamentos, bem como procurar descobrir suas origens e tentar encontrar uma solução para o mesmo.
Para melhor explicar os diversos motivos para os conflitos vamos buscar os vários casos registrados na Bíblia sagrada. Nela descobrimos muita coisa sobre o comportamento humano inclusive a constatação de que as barbáries que se vêem hoje, já eram praticadas na antiguidade. No livro de Gên. 6:5, está escrito: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”.
Dentre as causas para os diversos tipos de conflitos fiz questão de destacar alguns, como se segue:
ORGULHO: Satanás foi o primeiro causador dos conflitos, quando cheio de orgulho e prepotência por estar ocupando uma posição bastante elevada, reuniu a terça parte dos anjos para lutar contra a autoridade de Deus. Isaias descreve: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” Isa. 14:13, 14 e 15. O escritor do livro de Provérbios deixa claro que o orgulho é uma das causas dos conflitos quando escreve: “O orgulhoso de coração levanta contendas, mas o que confia no SENHOR prosperará” Pv. 28:25.
INVEJA: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante... E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou” Gen. 4:4 e 5 e 8.
ÓDIO: Depois de perceber que seu irmão Jacó havia tomado sua bênção por meio do engano Esaú resolveu em seu coração, matá-lo logo que seu pai viesse a falecer, o intento só não foi concretizado porque Deus tinha um plano na vida dos dois. Veja o que o texto bíblico diz sobre o assunto: “E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão” Gen. 27:41.
Estas foram apenas três das inúmeras causas dos conflitos que houve no passado, mas poderíamos enumerar em uma lista muito extensa os fatores causadores dos conflitos. No presente século o que mais provoca desentendimentos é a falta de diálogo, incompatibilidades, crises financeiras, ciúmes, vícios, etc. Mas, sobretudo a necessidade de um verdadeiro encontro com o Príncipe da Paz.
COMO VENCER OS CONFLITOS EXTERNOS
Os conflitos externos são muitas vezes reflexos dos conflitos internos. Alguém que carrega algum trauma desde a infância pode tornar-se uma pessoa irritada e pouco sociável. Entretanto, por mais que pareça difícil conviver harmoniosamente com tais indivíduos, sempre há uma solução. Os ingredientes mais necessários para um relacionamento harmonioso é: Jesus no coração em primeiro lugar, amor, humildade para reconhecer seus próprios erros e tolerar as ofensas de seu oponente, compreensão, liberalidade para perdoar, estar disposto a abrir mão de alguns interesses a fim de conquistar uma perfeita harmonia. Enfim, com tudo isso junto, não há campo de batalha que não se transforme em um paraíso. Além disso, algumas dicas são bastante úteis: Jamais tente resolver o problema enquanto seu opositor está exaltado cuspindo fogo pra todo lado; dê um tempo para que a emoção seja substituída pela razão, aí ficará fácil de entrarem em um consenso. Lembre-se de uma coisa, os fortes e corajosos não são aqueles que procuram resolver seus problemas usando a violência física ou verbal, mas quem de forma sensata usa a sabedoria para demonstrar as qualidades de um verdadeiro cristão. Ao ser ofendido, não procure revidar os desafetos com a mesma moeda, fazer isso é você querer descer ao nível do seu ofensor, mostre que você é forte e que não irá trocar seus valores morais e espirituais por nada nesta terra. Gente educada e de boa formação religiosa resolve seus problemas com classe e não satisfazendo seus instintos carnais.
COMO VENCER OS CONFLITOS INTERIORES
Os conflitos internos são de origem psicológica ou espiritual. Como não entendo de psicologia, apresentarei algumas dicas com base em casos e conselhos bíblicos. Para isso quero mencionar dois casos registrados nos textos sagrados: Do Rei Saul (Primeiro Rei de Israel) e do jovem rico que teve um encontro com Jesus para interrogá-lo acerca da vida eterna. No primeiro caso, temos um homem ocupando o maior cargo de Israel, e ter o privilégio de marcar o início da monarquia israelense. Contudo, Saul deixou que o orgulho espiritual e a prepotência sobrepujassem a submissão que era devida à autoridade eclesiástica de Samuel, que por sua vez era um porta-voz de Deus. Desobedecê-lo era desobedecer ao próprio Deus, mas Sal não deu muita importância; talvez imaginasse que uma pequena transgressão não tivesse nenhum problema. Como muitos hoje, que acham que um pecadinho não tem nada não. Ele, em seu segundo ano de reinado teve que lutar contra os filisteus (I Sam.13). Os mesmos se acamparam em volta dos israelitas com carros e todo equipamento bélico da época, de sorte que todo o Israel tremeu diante do inimigo. Diante daquela situação de constrangimento e aperto, e sem obter uma resposta de Deus, Saul resolveu fazer o que era de competência de Samuel. Mandou que matasse animais para o sacrifício e ofereceu um holocausto a Deus. Quando terminou de oferecê-lo chegou Samuel e disse: “... Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou”(vv.13 e 14).
Ao oferecer o sacrifício Saul cometeu duas faltas, uma porque não esperou até que Samuel chegasse (No sétimo dia) e o outro porque só quem podia sacrificar era o sumo sacerdote.
O segundo pecado que acabou selando o fim do seu reinado foi quando ao lutar com os amalequitas (Cap. 15), levou cativo, o Rei Agague e o melhor dos animais, infringindo a ordem divina dada por Samuel que havia dito que nada deveria ser deixado com vida. Esses foram os pecados que comprometeram o seu reinado; a partir daí o Espírito de Deus o abandonou e um espírito mau da parte de Deus passou a atormentá-lo. Entretanto, o seu pior pecado foi quando atormentado e sem obter nenhuma resposta divina procurou uma feiticeira para consultá-la.
A partir do momento em que Deus abandonou Saul, ele passou a ter uma vida de conflitos interiores intermináveis que só melhorava nos momentos em que David tocava a sua harpa.
Outro exemplo de conflito interior é do jovem rico que ao aproximar de Jesus fez a seguinte pergunta (Mat. 19:16-22): “O que devo fazer para obter a vida eterna?”
Para quem conhecia aquele jovem sua pergunta causou-lhes grande surpresa, pois como ele mesmo deixou claro, era um religioso de carteirinha desde a sua infância. Todos que o vissem com sua Bíblia debaixo do braço indo para a Igreja todos os dias de culto, jamais imaginariam que o bom moço carregasse em seu peito a incerteza da salvação. Mas como religiosidade não é sinônimo de vida eterna e nem de Paz interior, aquele moço vivia em constantes conflitos consigo mesmo.
Ao analisar os dois casos mencionados chegamos à seguinte conclusão: O primeiro caso é típico de quem insiste no erro preferindo os valores mundanos a Cristo e a felicidade que sua Paz produz. No segundo, a identificação com muitos casos de pessoas que nasceram em lar cristão, vai à Igreja todos os dias, participa dos trabalhos, mas nunca tiveram um encontro verdadeiro com Jesus Cristo. Suas vidas são de incertezas e conflitos. E para que essa situação seja invertida só tem uma solução. Jesus Cristo! Ele mesmo declarou isso quando disse: “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” Mat. 1128.
Para finalizar quero deixar claro quem nem sempre o conflito interior tem como causa o pecado. Muitas vezes o próprio diabo que é o nosso acusador coloca no cristão um falso sentimento de culpa com a finalidade de causar-lhe sofrimentos. Se você está sofrendo com uma consciência culpada por algo que você cometeu antes de aceitar a Cristo, ou mesmo depois de tê-lo aceitado, mas que já confessou e pediu perdão; não se preocupe. Fale para o acusador que Jesus já o perdoou e tenha uma vida de Paz.

Ponte A. B. Jesus-TO., 21/01/10

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CUIDADO COM A OPRESSÃO DO INIMIGO

Desde que Lúcifer e a terça parte dos anjos se rebelaram contra o governo de Deus no céu, o mundo passou a experimentar o efeito de duas forças, a do bem e a do mal. A do bem representada por Deus e a do mal por satanás e seus anjos.Deus por seu imenso amor e bondade construiu para seus filhos (Primeiro casal), um jardim onde reinava a paz, harmonia e um verdadeiro gozo de felicidade. O jardim era realmente um paraíso onde os filhos de Deus pudessem ter ao seu alcance tudo o que fosse necessário para a sua sobrevivência e conforto, mas, o inimigo de Deus, como já tinha sido jogado do céu abaixo e sabendo que não tinha condições de lutar contra o próprio Deus, procurou, a partir do Édem, destruir a felicidade que reinava em seus corações. Tal objetivo foi alcançado quando com sua sagacidade fez com que eles desobedecessem à lei divina. A partir daí, Satanás que significa adversário, passou a oprimir a raça humana causando-lhe mortes, dores, opressões e sofrimentos. Conduzir à humanidade à destruição e ruína é algo que o satisfaz; primeiro porque ele já está condenado e não quer ir para o inferno sozinho, segundo, porque quer si vingar de Deus causando males à suas criaturas. A guerra entre o bem e o mal não tem trégua, por isso é necessário que o povo de Deus esteja atento às investidas do inimigo e sempre preparado para resisti-lo a qualquer momento. O povo da promessa (Israelitas) descuidou-se por várias vezes e sofreu várias opressões. A lição bíblica desta semana da qual extraí o título para este artigo, nos trás o exemplo de como Israel sofreu nas mãos inimigas por ter abandonado os princípios bíblicos para se envolver com as práticas pagãs vividas e ensinadas pelos seus vizinhos cananeus.O texto bíblico de referência da lição acima mencionada trata da situação de opressão pela qual Israel vivenciou, bem como o motivo que o levou a sofrer tão grande constrangimento, quando diz: “PORÉM os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do SENHOR; e o SENHOR os deu nas mãos dos midianitas por sete anos... Porque sucedia que, semeando Israel, os midianitas e os amalequitas, e também os do oriente, contra ele subiam. E punham-se contra ele em campo, e destruíam os frutos da terra, até chegarem a Gaza; e não deixavam mantimento em Israel, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos” Jz 6:1, 3 e 4. Preste atenção para dois detalhes: Israel fez o que era mal aos olhos de Deus e Ele o entregou nas mãos dos midianitas. Você percebeu através deste texto que às vezes o próprio Deus entrega o seu povo nas mãos dos seus inimigos? E porque O faz? O próprio texto diz que isso acontece quando seus filhos se esquecem dEle! Essa maneira de tratar com seus servos até parece estranha, porém, é a mais prática no sentido de fazer com que os desobedientes reconheçam seus erros, se arrependam e se convertam.A questão do ataque de satanás e os demônios aos servos de Deus não se restringe apenas aos casos em que o próprio Deus os entrega em suas mãos como forma de discipliná-los, pelo contrário, ele tentou o próprio Jesus; e se ele O tentou, irá respeitar seus servos? Claro que não! O próprio Jesus disse que o ladrão (Satanás) veio com três objetivos: Matar, roubar e destruir (Jo.10:10); portanto, ele não desiste de tentar os filhos de Deus. O Apóstolo Pedro ao descrever o desejo do diabo em levar os salvos a pecarem, disse: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” I Pe.5:8. Nesta carta o Apóstolo escreve aos cristãos que haviam sido dispersos devido às perseguições movidas pelos inimigos do Evangelho, e neste versículo ele nos adverte sobre a necessidade de estarmos sóbrios, ou seja, nunca deixarmos que as belezas do mundo venham nos embriagar ao ponto de perdermos a razão espiritual, pois é por meio dela que temos condições de manter-nos vigilantes em meio ao campo de batalha. A necessidade da vigilância se faz necessário quando estamos diante de qualquer coisa que ameaça nossa integridade física, moral, material e espiritual. Por isso o Apóstolo faz questão de mostrar que estamos diante de um grande inimigo, o qual se constitui em grande ameaça às nossas vidas como cristãos. Esse ADVERSÁRIO é Satanás, - Inimigo cruel e feroz que chegou a ser comparado a um leão que rodeia sua presa esperando o momento certo para tragá-la. Além de Satanás ter a ferocidade de um leão, também possui a estratégia de um lobo. Para destruir o cristão ele se camufla em qualquer coisa: Serpente, anjo de luz, um ente querido falecido, etc. - Conta-se uma pequena ilustração, que certo pastor de ovelhas, tinha por costume contá-las todos os dias pela tarde ao colocá-las no curral e pela manhã ao soltá-las; e para isso, usava o seu cajado. Certo dia percebeu a falta de uma delas, e isso passou a se repetir nos dias seguintes. Achando que pudesse se tratar de alguma falha na estrutura do curral, passou a examiná-lo e constatou que tudo estava em conformidade com as normas de segurança. Ou seja, não havia possibilidade de entrada de algum animal feroz e nem de fuga para as ovelhas. - Diante daquele quadro intrigante, ele teve uma idéia brilhante. – Pela manhã, enquanto as ovelhas saiam do curral, resolveu batê-las com o seu cajado. Bateu em várias, e nenhuma delas manifestou qualquer reação; de repente, quando desceu o cajado em uma que havia ficado para traz ela abriu os dentes ameaçando morde-lo; aí ele percebeu a farsa, e constatou que não era uma ovelha, mas um lobo mau que para saboreá-la havia se vestido à caráter. Essa estratégia diabólica do disfarce é a que mais tem prejudicado a obra de Deus, pois muitas pessoas por não vigiarem e não terem o discernimento espiritual acabam se envolvendo com esse adversário tão cruel e impiedoso, resultando em vidas miseravelmente fracassadas como aconteceu a Eva que não teve o discernimento para conhecer o disfarce satânico ao incorporar numa serpente e acabou tendo que sofrer a sentença de morte, expulsão, sofrimento e derrota.
O CARÁTER E OBRAS DO INIMIGO
O inimigo número um do cristão, por seu caráter e ações lhes foi atribuídos vários termos representando determinados traços do seu caráter e ações. Dentre eles estão: Satanás (Adversário); diabo (Caluniador); Apollyon, do grego e Abaddon, do hebraico (Destruidor); tentador; príncipe deste mundo; etc. Como adversário (I Tm. 4:1) ele persegue a igreja internamente por meio da infiltração de heresias resultando em muitas apostasias. Esta atividade se intensifica na medida em que se aproxima o dia do arrebatamento da Igreja e isso é o que estamos presenciando pelo grande número de seitas que vem surgindo assustadoramente. Assim como deu a Eva um sentido que a mensagem não tinha, Satanás tem causado sérios problemas e prejuízos a Igreja, ao levar muitos líderes religiosos à apostasia teológica, que é o fato de distorcer o verdadeiro sentido das Escrituras; sem falar do número crescente de apostasia pessoal que são aquelas pessoas que abandonam a fé e deliberadamente insistem em viver segundo os rudimentos do mundo.Satanás não para por aí; como adversário ele nos persegue em todas as áreas vulneráveis de nossas vidas; além da perseguição interna como dito acima, ele persegue também externamente como fez no passado com os apóstolos, com os cristãos que viveram na Idade Média, e como faz hoje na atualidade. Percebe-se hoje a existência de um tribunal da Inquisição de forma disfarçada. E isso está patente aos olhos de quem queira enxergar, pois autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento das leis, fazem vistas grossas para burlá-las quando querem beneficiar a religião da maioria em detrimento as Igrejas Evangélicas. Outro nome atribuído ao nosso grande inimigo é “diabo” que significa caluniador. No livro de Jó 1:9 está registrada a ação caluniadora do diabo contra o personagem principal do livro. Ele se apresentou diante de Deus e disse que a fidelidade de Jó se devia a sua prosperidade. Segundo ele, a partir do momento em que Deus o permitisse tirar-lhe a riqueza automaticamente Jó O desprezaria. No entanto, foi desmascarado ao ter conseguido levar Jó piores as humilhações possíveis e após tudo isso, constatar que o mesmo mantinha a mesma integridade. Nosso inimigo além de atormentar os santos com calúnias, os levam a presença de Deus com o objetivo de denegrir suas imagens como cristãos. Mas o que mais nos conforta é sabermos que um dia ele terá que parar com suas ações maléficas. No livro de Apocalipse está escrito a respeito dele: “E ouvi uma grande voz no céu que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap.12:10). Em Mateus 4:13 nosso inimigo é chamado de “tentador”. Nesta passagem ele ousou tentar o próprio Filho de Deus. Este termo tentador está associado às práticas de induzir as pessoas a contrariar os mandamentos de Deus. Tentar significa testar a pessoa em determinada coisa, porém quando se trata de nosso adversário, existe um propósito maligno. Deus quando testa alguém é para abençoá-lo caso venha passar no teste; mas satanás quando tenta o faz no sentido de levar às pessoas à morte espiritual e a uma vida de completa derrota. Segundo o texto sagrado (Jo.12:31), esse inimigo que sempre vive perseguindo o povo de Deus, possui o título de Príncipe deste mundo. A palavra príncipe significa alguém que governa um principado. Neste caso específico o principado de Satanás é o “Kosmos” mundo físico, mas o seu governo se estende também ao mundo espiritual. Muito embora o seu poder seja limitado, sua influência maléfica tem-se infiltrado em tudo que existe no mundo e que é manipulado pelo homem. Como por exemplo: Nas ciências, se observam supostas comprovações que na verdade, não passam de intenções de querer desqualificar a palavra de Deus ou até mesmo fazer coisas que contrariam a própria natureza. E porque não citar o desenvolvimento tecnológico desregrado com fins ilícitos, e outras coisas mais? Outra área mais atacada por Satanás é a religiosa. Ele vai levar mais gente religiosa para o inferno do mesmo aqueles que dizem não acreditar na existência de Deus. Acontece que existem mais religiosos no mundo do que ateus, e a maioria que afirma ser religiosa não passa de grande numero de fanáticos; pois em nome da religião cometem as maiores barbaridades. Para se ter uma idéia, visite os cárceres e veja que a maioria que ali está se diz pertencer alguma religião. Com isso não estou querendo atribuir esta qualidade àqueles que aceitaram a Jesus depois de estarem lá dentro! Claro que não! Refiro-me aos que dizem pertencer alguma religião e por cometerem delitos acabaram parando lá. Prezado leitor, quando falo de religião não estou querendo dizer que ser cristão não é ser religioso, pelo contrário. O que quero mostrar é que existe diferença entre ser religioso e ser fanático religioso. E a intenção de Satanás é a de levar o ser humano ao fanatismo religioso, pois ele sabe que a religião religa o homem com Deus, mas o fanatismo faz o inverso. Talvez você queira saber a definição desta expressão “fanatismo religioso” e seu dicionário não lhe dá uma resposta satisfatória. Então saiba em poucas palavras: Ser um fanático religioso é acreditar cegamente naquilo que lhe é ensinado em sua religião e não aceitar nenhuma opinião contrária, mesmo que esta tenha vindo da Bíblia sagrada. Existe uma grande diferença entre o religioso e o fanático: Enquanto o religioso promove a paz entre Deus e o homem, e os homens entre si; o fanático promove a guerra em nome de sua religião ou daquilo que acredita. Enquanto o primeiro segue o Príncipe da Paz o segundo é um ferrenho seguidor do príncipe deste mundo causador de todos os males.
DEVEMOS TER CUIDADO COM ELE
Certa vez quando Jesus esteve no Jardim do Getsêmane para orar com os seus discípulos e os deixou ao pé do monte enquanto foi mais além orar ao Pai. Ao voltar os achou dormindo, ao invés de estarem orando. Então lhes disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” Mat. 26:41. Observe que Ele usou dois termos muito importantes para a nossa integridade espiritual – Vigiar e orar. O termo vigiar significa estar atento ou ter cuidado em tudo o que se pretende fazer neste mundo. É necessário estarmos atentos ou cuidadosos no sentido de alcançarmos nossos objetivos, caso contrário o resultado não será satisfatório. Assim é o que acontece ao cristão que não está atento as astutas ciladas do inimigo; acaba se deparando com uma situação semelhante a que vivenciaram os israelitas do A.T. e muitos cristãos da atualidade.A outra recomendação de Cristo aos seus servos foi de estarem em constante oração. Pois ela é o fator preponderante no sucesso espiritual do cristão. Foi por não atender o conselho do Mestre que os discípulos o abandonaram na hora de sua prisão e Pedro O negou por três vezes. A oração é indispensável ao servo de Deus porque é o ingrediente indispensável no seu fortalecimento espiritual. É ela que o faz resistir o nosso inimigo. O próprio Jesus precisou orar ao Pai para que obtivesse forças para conseguir suportar os grandes suplícios que seus inimigos haviam de infligir-lhes. Portanto, o nosso cuidado se resume com base no estudo das sagradas Escrituras: Vigiar e orar. Para sua ajuda espiritual deixo os seguintes textos bíblicos: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” Ef. 6:13 “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” Tg. 4:7.
Ponte A. B. Jesus-TO. 14/01/10.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

DEUS CHAMA GIDEÃO PARA LIBERTAR ISRAEL


Em toda a história da humanidade Deus precisou de homens para fazer cumprir seus propósitos. Nos dias anteriores ao dilúvio convocou Noé para fazer uma grande arca com o objetivo de salvar homens e animais da destruição e garantir a preservação das espécies; escolheu Moisés para libertar os israelitas da escravidão egípcia; o Rei Ciro da Pérsia para libertar os judeus cativos do Império babilônico, e muitos outros.Ao referir à história de Israel no tempo do Antigo testamento, principalmente na época da teocracia, temos muitos exemplos de homens e mulheres que foram escolhidos por Deus para exercerem cargos importantes como foi o caso de: Josué, Jefté, Sansão, Eúde, Débora, Samuel, etc. Na época dos Juízes existe um nome que merece uma atenção especial pelo fato da pessoa a quem me refiro, tratar-se de alguém sem expressão social, seu nome é Gideão, - um nome pouco representativo para a sociedade daquela época, mas que muito representava para Deus.O fato de Deus ter chamado Gideão para o cumprimento de uma missão tão importante para os seus dias, tanto veio causar espanto a ele próprio, como para muitas pessoas que o conhecia. Isso é natural tanto para a pessoa que em sua humildade reconhece sua insignificância, quanto para os orgulhosos e prepotentes que desprezam os humildes, por acharem que somente os mais poderosos tem o privilégio alcançar a oportunidade de assumir um cargo de grande relevância perante a sociedade em que vive.Os israelitas que obtiveram o privilégio de serem escolhidos por Deus para serem cabeça, e não calda, estavam passando por sérios problemas. Midianitas, amalequitas e povos do oriente vinham causando-les tantos sofrimentos, que ao se encontrarem em um beco sem saída; judeus, grandes e pequenos se puseram a clamar a Jeová por um socorro imediato. A opressão incluía o saque de todos os víveres que seus inimigos encontravam à sua frente: trigo, cevada, gado, cabras e tudo de valor significativo. Além das coisas que carregavam, destruíam tudo que podiam, como casas e plantações; nada estava livre da crueldade e insensatez de um povo que não conhecia o Deus de Israel. Tantos males causaram que Israel chegou à condição de extrema pobreza. Foi nessa hora de grande clamor, que Deus com sua grande misericórdia, procurou alguém que pudesse contornar aquela situação tão vergonhosa para o seu povo; surpreende-os, com a escolha de Gideão para livrá-los.
PORQUE ISRAEL CHEGOU A ESSA CONDIÇÃO DE DERROTA?
Como todo efeito tem uma causa, o sofrimento de Israel não foi diferente. Desde que saiu do Egito Deus sempre se preocupou em manter seu povo em consonância com seus mandamentos, quando através de Moisés, disse: “E SERÁ que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra” Deut.28:1. Mas Israel fez ouvido de mercador com relação a essas recomendações; recusaram a bênção que estava reservada unicamente para eles como nação, preferindo a desobediência e seus frutos amargos. Muitos nos dias atuais fazem o mesmo, preferem a desobediência sabendo que com ela só colherão os maus frutos da derrota e da opressão, à obediência, mesmo sabendo que juntamente com ela virão as bênçãos de uma vida vitoriosa.Talvez por negligenciar a recomendação divina de ensinar os mandamentos a seus filhos, Israel facilmente se esqueceu dos feitos do Senhor e de seus mandamentos, tornando-o duramente obstinado. Segundo as Escrituras sagradas, depois da morte de Josué e dos anciãos que haviam convivido com ele, o povo se esqueceu de Deus. Daí em diante passou a experimentar altos e baixos em sua vida espiritual. Enquanto o líder fosse vivo Israel mantinha seu nível espiritual em alta, após sua morte, recomeçava o processo de apostasia, e isso acontecia por várias vezes. Durante esses períodos de afastamento dos princípios bíblicos o povo chegava ao mais baixo nível espiritual, envolvendo-se com todas as práticas idólatras aprendidas dos cananeus.Como o ser humano facilmente esquece-se de muitas coisas, até mesmo daquelas de grande importância; Israel, além de desprezar a bênção, sob a condição de ser fiel a Lei de Deus; fez como Esaú que trocou o seu direito de primogênito por um prato de lentilhas. Esqueceu que o pecado não ficaria impune, bem como da seguinte sentença anunciada por Deus, àqueles que insistissem no erro, quando disse por meio de Moisés: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão... O SENHOR te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho sairás contra eles, e por sete caminhos fugirás de diante deles, e serás espalhado por todos os reinos da terra” Deut. 28:15 e 25. Ao se encontrarem na condição de pecadores obstinados, os israelitas estariam vulneráveis a todas as investidas do inimigo. A Bíblia deixa claro que tudo que vinha acontecendo ao país, tinha a vontade diretiva divina, como está escrito: “PORÉM os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do SENHOR; e o SENHOR os deu nas mãos dos midianitas por sete anos. E, prevalecendo a mão dos midianitas sobre Israel, fizeram os filhos de Israel para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes, as cavernas e as fortificações. Porque sucedia que, semeando Israel, os midianitas e os amalequitas, e também os do oriente, contra ele subiam. E punham-se contra ele em campo, e destruíam os frutos da terra, até chegarem a Gaza; e não deixavam mantimento em Israel, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos. Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em grande multidão que não se podia contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra, para a destruir”Jz.6:1 a 5. Por mais que se organizassem no sentido de treinarem um forte exército e construírem grandes fortificações, nada disso adiantaria, pois seus inimigos eram enviados pelo próprio Deus para fazê-los sentir a necessidade de arrependimento pela desobediência cometida. Seus inimigos eram como uma pedra em seu sapato, um instrumento de Deus para corrigir seus filhos rebeldes.A história desses judeus nos serve de alerta para os dias de hoje, pois as promessas de bênçãos para a nossa vida estão condicionadas a nossa fidelidade e dedicação a Jesus através da obediência a sua Palavra.
DEUS FALA COM GIDEÃO E CONVOCA-O PARA JULGAR ISRAEL
No mundo globalizado em que vivemos, com todos os mecanismos de informação e grandes avanços científicos e tecnológicos, empresas e instituições procuram cada vez mais, pessoas especializadas em várias áreas profissionais. Tais exigências excluiriam por completo nosso irmão Gideão do cargo de Juiz de seu país pelos seguintes motivos: Era pobre (Jz.6:15) e o menos significante da casa de seu pai. Resumindo, ele não passava de um humilde lavrador. Mas Deus, que conhece o homem completamente, viu que dentre muitos, Gideão se destacava pelas suas qualidades morais e espirituais.Sua chamada se deu em Ofra, enquanto malhava o trigo no lagar (v.11), local usado para a extração do vinho da uva. Então o anjo do Senhor ao lhe aparecer disse: “O SENHOR é contigo, homem valoroso” (v.12). Diante dessa afirmação Gideão respondeu ao anjo: “Ai, Senhor meu, se o SENHOR é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém agora o SENHOR nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas” (v.13).Ao dialogar com o anjo, Gideão passou a entender que Deus não faz acepção de pessoas nem despreza os humildes que esperam por Ele. Pois muito embora fosse uma pessoa de pouco poder aquisitivo e pertencer a uma família muito humilde em Israel, Deus havia reconhecido o seu valor. Pois para Deus, o valor do ser humano não está no carro importado, na fazenda de gado branco, no jatinho, no status social, no cargo político, etc., mas no seu caráter e suas qualidades como cristão.Gideão era um homem que conhecia os feitos que Deus havia realizado no passado e sabia que enquanto Deus está com alguém jamais Ele o desampara, por isso perguntou: “Se o Senhor é conosco, porque tudo isso nos sobreveio?” Ele apenas não sabia de uma coisa, por mais que Deus houvesse abandonado o seu povo nas mãos dos seus opositores, jamais o desprezaria por completo.Muitas vezes chegamos a questionar a Deus assim como Gideão: Senhor, o que está acontecendo? O Senhor nos abandonou? Pois nada mais está dando certo! Doenças, perseguições e adversidades de todas as formas tem nos acometido. Tais questionamentos muitas vezes são originados por não conhecermos os propósitos divinos para nossas vidas. Quem sabe Deus, está aguardando o momento exato para entrar com uma solução. Mas antes de interrogarmos a Deus deveríamos fazer uma análise de como está a nossa vida espiritual, pois às vezes sofremos, não porque Deus nos abandonou, pelo contrário, porque Ele nos ama, por isso permite as adversidades em nossas vidas e em nossas famílias. Pois essa é uma das formas mais prática de nos manter pertos dEle.
Diante do anjo Gideão deixou transparecer uma de suas qualidades mais importantes que confirmaria o seu valor como líder – a prudência. Ele disse: “Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu que falas comigo”. Com a exigência de fazê-lo esperar enquanto preparava o alimento para o anjo, Gideão estaria colocando a prova à autenticidade do mensageiro que falava com ele. Pouco depois quando Deus o ordenou marchar contra os midianitas, ele não se precipitou em ordenar a batalha, mas insistiu com Deus no sentido de mostrar-lhe mais dois sinais. O primeiro era o de colocar um velo de lã na eira e esperar que no outro dia a lã estivesse molhada e a terra em volta estivesse seca, o segundo sinal, seria o inverso, ou seja, a lã seca e a terra molhada. Com o resultado positivo ele não teria mais dúvidas de que Deus estaria com ele na batalha.
A prudência é uma virtude que deve fazer parte das qualificações de todo líder que deseja ser bem sucedido em suas funções. A falta dela na hora das tomadas de decisões tem levado muitas pessoas a sérios comprometimentos morais, materiais e espirituais. Quando se trata de questões teológicas de caráter doutrinário, o cuidado deve ser bem maior; principalmente hoje, quando temos que conviver com tantos títulos de denominações, já que grande parte delas discorda em muitos pontos da outras que mais se enquadram nas sagradas Escrituras.
Segundo as Escrituras os cristãos de Beréia eram conhecidos pela sua nobreza; pois ao ouvir alguém pregar sobre um determinado assunto, eles tinham o maior cuidado de conferir nos escritos sagrados para confirmar sua autenticidade.
Outra característica marcante na vida de um líder é a coragem; algo que foi claramente demonstrado por Gideão. Quando o anjo do Senhor o ordenou a destruir os objetos e lugares do culto idólatra pertencentes ao seu pai, ele não pensou duas vezes (vv. 27-29).
A coragem não era uma qualidade exclusiva de Gideão, mas de todos os líderes chamados por Deus. Todos aqueles que possuem seus nomes na galeria dos heróis da fé por muitas vezes demonstraram coragem diante das afrontas inimigas. Deus jamais chamou pessoas covardes para tomar uma posição de destaque em sua obra. Como prova disto, temos a sua recomendação ao ordenar a batalha. Disse a Gideão: Fale a todos os medrosos que voltem para suas casas.
Ser corajoso não significa você estar sempre pronto para enfrentar seus inimigos carnais com armas bélicas ou de defesa pessoal, mas estar pronto para enfrentar as hostes espirituais do mal nos lugares celestiais.
Gideão possuía outra qualidade positiva, e creio ser a mais importante. Ele era um homem espiritual e temia a Deus. Pois tudo que lhe foi ordenado por Deus a fazer ele cumpriu fielmente.
O líder que não teme a Deus jamais terá um ministério próspero. Por mais que ele obtenha sucesso no início de sua carreira, no final é provável que termine como Geazi, que acabou seu ministério acometido de lepra juntamente com sua família, ou como Nicolau, um dos primeiros diáconos da Igreja primitiva que apostatou da fé e se tornou símbolo da imoralidade, ou mesmo como Judas Iscariotes que vendeu seu Mestre por trinta moedas de prata.
Prezado Leitor, foram estas qualidades positivas encontradas em Gideão que as fizeram com que Deus o escolhesse, em detrimento a outros de maior importância para seus contemporâneos. Por outro lado, Deus o escolheu em sua humildade para provar a Israel que Ele, o Deus dos Exércitos é quem estaria lutando. Se tivesse escolhido um grande guerreiro talvez não tivesse a humildade de reconhecer que a vitória havia sido conquistada por Deus.
Que Deus nos abençoe e nos faça cada vez mais dotados de qualidades semelhantes a desse pequeno grande homem.
Ponte A. B. Jesus-TO., 09/01/2010.

PÁGINA INICIAL