segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
JESUS E AS LIÇÕES DE SOLIDARIEDADE
Lição de nº 12
20 de dezembro de 2009.
Texto: Lc. 10:30-34
INTRODUÇÃO: Em primeiro lugar, lembre-se que existem regras de interpretação bíblica e devem ser respeitadas; quando se trata de parábola, devemos ter em mente que ela tem um objetivo principal a ser atingido. Há quem encontra interpretação e aplicação para todos os pormenores de uma parábola, mas isso são recursos que fogem das regras da hermenêutica, pois diante de tantos significados acabam dizendo o que o autor da parábola nunca teve a intenção de falar. No caso da parábola do Bom Samaritano, texto que serve de base para a nossa lição desta semana, Jesus teve o propósito de mostrar ao doutor da lei quem era o seu próximo e o dever de ajudá-lo em suas necessidades. Mas para entendermos melhor o título de nossa lição vamos procurar compreender em primeiro lugar, o significado da palavra “solidariedade”. O dicionário Aulete da a seguinte definição: “(so.li.da.ri:e.da.de) sf.
1 Sentimento de identificação com os problemas de outrem, o que leva as pessoas a se ajudarem mutuamente..”
Segundo esta definição, solidariedade é motivada pela empatia, sentimento que nos coloca no lugar do outro e nos impulsiona ajudá-lo.
I. JESUS ESCLARECE AO DOUTOR DA LEI QUEM É SEU PRÓXIMO E A QUEM DEVE SER SOLIDÁRIO.
a) – É provável que o doutor da Lei sabia quem era o seu próximo, apenas queria uma resposta da boca do Mestre dos mestres para colocá-lo a prova (v.25). Jesus conhecendo os corações e usando da sua sabedoria deixou que ele mesmo (doutor da Lei) tirasse suas conclusões.
1.1. O que era um doutor da lei.
a) – A Lei é o conjunto dos primeiros cinco livros do Antigo Testamento (Pentateuco). Mas além desses livros existia também o talmude que era conjunto de tradições ou interpretações do Pentateuco feitas pelos doutores ou escribas. Então o doutor da Lei era um profundo conhecedor do Pentateuco e capaz de interpretá-la. Segundo Abraão de Almeida, na ocasião do retorno dos judeus dispersos a Palestina em 1.948, existia no Iêmem, judeus, que sua cultura se resumia apenas em ter decorado os cinco livros da Lei.
1.2. O Mestre e o doutor
a) – O doutor conhecia apenas a parte morta da letra, enquanto o Mestre conhecia a lei que produz salvação e vida abundante.
1.3. Os samaritanos
a) – Os samaritanos eram discriminados e odiados pelo judeus porque se tratava de um povo misto. Essa discriminação originou pela ocasião do cativeiro do Reino do Norte que tinha Samaria como principal cidade.
2. A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
a) – Esta é uma parábola que quebra todas as barreiras raciais, religiosas e sociais e nos impulsiona a observância do segundo maior mandamento.
2.1. Descendo de Jerusalém para Jericó
a) – Um trajeto onde existiam muitos salteadores pelo caminho constituía um grande perigo para um viajante solitário. O fato de estar descendo e ter se deparado com uma tragédia, nos remete a idéia de que só devemos descer em direção aos pés do Mestre. Quando a pessoa desce para o mundo só acontece algo desagradável.
2.2. O viajante surpresa
a) – Esse viajante era um sacerdote; religioso que pertencia ao mais alto grau na esfera religiosa do judaísmo. Esse religioso segundo a parábola fez vista grossa diante do sofrimento daquele pobre coitado. Talvez podemos compará-lo a muitos líderes religiosos atuais que preferem investir em patrimônio e outras coisas que possa conferir-lhe status diante da sociedade a ter que dar assistência aos menos favorecidos.
2.3. O levita vem pelo mesmo caminho
a) – O levita representa os cristãos egoístas e desamorosos que deveriam entender que foram chamados para servir e não par ser servidos.
3. JESUS, O BOM SAMARITANO
a) – Neste tópico o comentador traçou um paralelo entre o bom samaritano da parábola com Jesus (Embora não é esse o propósito da parábola). Veja os pontos mais importantes
3.1. Ele desceu de sua cavalgadura
a) – Muito embora o propósito de Jesus não fosse o de enfatizar esses pormenores, contudo há uma semelhança na ação praticada pelo bom samaritano ao ajudar ao ferido, ao descer do seu cavalo para ajudá-lo, com o que Jesus fez por nós. Ele desceu das alturas, de sua glória, para nos curar e salvar. Muitos dos cristãos precisam descer do pedestal do orgulho e da prepotência para ajudar o mais necessitado.
3.2. Ele tratou de seus ferimentos
a) – Semelhante aos primeiros socorros prestado ao ferido pelo samaritano, Jesus aplicou as nossas vidas o azeite e o vinho que nos proporcionou cura e alegria.
3.3. Ele o pôs sobre sua cavalgadura
a) – Assim como o samaritano colocou o ferido sobre seu cavalo, o cristão diante da fraqueza do seu irmão deve ajudá-lo a levar sua carga.
4. ELE DISSE QUE VOLTARIA
a) – Ao afirmar que voltaria para acertar contas com o hospedeiro Jesus nos remete a refletirmos sobre a parábola dos talentos, quando pela sua vinda há de acertar contas com todos os cristãos.
4.1. A estalagem
a) – Podemos comparar a estalagem a Igreja, lugar de assistência espiritual e física.
4.2. Ele prometeu voltar
a) – Embora tenha prometido voltar para acertar contas com os seus servos, Jesus difere de muitos patrões ingratos que às vezes exige muito do empregado sem oferecê-lo condições de desempenhar seu trabalho. Jesus vai exigir de acordo com o talento Ele os confiou.
4.3. Quem é o meu próximo?
a) – Depois desta lição dada pelo Mestre Jesus, creio que nem mesmo os legalistas do seu tempo tiveram mais dúvidas.
CONCLUSÃO: Lembre-se. O nosso semelhante que vive na sarjeta, maltrapilho; o doente que está precisando de uma palavra de conforto; o irmão que está precisando de uma ajuda financeira, etc., poderia ser você ou algum parente que você tanto ama. Portanto, ame-o como a si mesmo.
BÍBLIA SAGRADA – O LIVRO MAIS POPULAR DO MUNDO
Muita coisa neste mundo tivera o seu nome incluso no calendário mundial das comemorações por terem seus méritos reconhecidos, dentre elas, podemos destacar o livro sagrado que tem sua data comemorativa marcada para segundo domingo de dezembro. Esse dia teve origem no ano de 1.549 na Grã-Bretânia pelo Bispo Cranmer que interessado em incentivar o povo à leitura do livro sagrado incluiu esta data (Segundo domingo de dezembro) no livro de orações do Rei Eduardo VI.
A primeira celebração comemorativa dessa data se deu com a chegada dos primeiros missionários evangélicos americanos e europeus ao Brasil no ano de 1850, no entanto, a primeira manifestação pública se deu no ano de 1948 no evento de criação da Sociedade Bíblica do Brasil, no monumento do Ipiranga em São Paulo Capital. Acredita-se que essa data é comemorada por mais de 60 países cristãos em todo mundo. No Brasil essa data escolhida para prestar tão justa homenagem ao livro dos livros foi inclusa no calendário oficial do país em dezembro de 2001, através da Lei Federal de nº 10.335.
Por considerar o seu valor espiritual e o grande benefício proporcionado as pessoas e nações, a Bíblia tornou-se o livro mais popular do mundo. Seus leitores são de todas as classes sociais: Do semi-analfabeto ao intelectual; lavradores, industriais, profissionais liberais, juristas, governantes, religiosos, cientistas e até mesmo por alguns que dela duvidam. A Bíblia é considerada o livro mais vendido e lido em todo planeta e tem causado um efeito tão benéfico aqueles que a lêem que nenhum outro livro pode proporcionar. - Pessoas marginalizadas pelos mais diversos crimes têm retornado ao seio da sociedade e reconquistado o respeito, a confiança e a dignidade outrora perdida ou que nunca tivera.
O LADO DA BÍBLIA QUE MUITOS NÃO RECONHECEM
A celebração comemorativa do dia da Bíblia foi instituída pelas causas justas já mencionadas acima, entretanto, existe outro lado que poucas pessoas reconhecem, é o desrespeito e as perseguições que ela vem sofrendo no decorrer da história do cristianismo. Talvez imagine que quero referir as perseguições sofridas impostas pela igreja romana, que teve início na idade média e perdurou por muito tempo, quando na ocasião, sua leitura foi proibida sob pena de ser queimado na fogueira aquele que fosse pego fazendo tal coisa; e de uma forma mais sutil quando pregavam que sua leitura estaria restrita aos ministros católicos sob a alegação de que somente eles tinham capacidade intelectual para interpretá-la; ou mesmo quando diziam que aqueles que a liam ficariam loucos, ou mesmo quando de forma declarada decretaram sua destruição queimando seus exemplares na fogueira. – Não é isso que quero fazer menção, mas de uma tortura secreta cometida por aqueles que dela se apoderam afirmando serem seus leitores, observadores e defensores; são aqueles que todos os dias carregam-na debaixo do braço, que sobe aos púlpitos de suas igrejas quase todos os dias da semana e incutem no povo a necessidade de tê-la como o livro de Deus, que deve ser lido, respeitado e obedecido, mas que eles mesmos a torturam e a maltratam com o propósito de fazê-la dizer aquilo que querem, e não dizer o que não querem; uns a maltratam por ignorância, outros, por conveniência motivada pelo egoísmo e sede insaciável do poder e enriquecimento próprio.
Portanto, acho que os homens que se dizem cristãos deveriam ter um respeito maior pelo Livro que tem como autor o próprio Deus e interprete o próprio Espírito Santo, o livro que foi escrito para o nosso próprio bem e que revela o plano de Deus para nossas vidas. Ele é um livro que na verdade é uma coleção de livros pequenos escritos por diversos escritores de culturas variadas, mas que representam a vontade do próprio Deus, pois escreviam apenas o que o Espírito Santo os inspirava a escrever.
Que Deus tenha misericórdia daqueles que usam a Bíblia para o benefício próprio e por isso a torcem de forma desrespeitosa;
Que tenha misericórdia daqueles que negligencia o seu estudo e por isso ignoram suas verdades, e em detrimento destas, dão ênfase as tradições de seus pais e o costumes mundanos;
Que Deus tenha misericórdia de todos nós e desperte em nossos corações o amor, o respeito e a dedicação (Sem idolatria) que ela verdadeiramente merece.
Ponte A. B. Jesus-TO, 14/12/2009.
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