sexta-feira, 19 de março de 2010

A NOSSA POSIÇÃO EM CRISTO

Desde os primórdios da história da humanidade Deus sempre se valeu dos seres humanos para auxiliá-lo na realização de seus propósitos. Quando precisou salvar um grupo de pessoas do grande dilúvio que destruiria o mundo de então; escolheu Noé e o incumbiu de construir uma grande arca e anunciar a sua justiça. Muitos anos depois precisou de alguém para ser o pai de um povo separado das outras nações e dos seus costumes pagãos; então, escolheu Abrão, morador de Ur dos Caldeus para se dirigir para um lugar distante, longe da sua parentela. Mais tarde a descendência de Abraão se dirigiu para o Egito por intermédio de José, para se livrar da fome que assolava a Palestina, mas depois de quatrocentos e trinta anos, se achou em uma condição de extrema opressão; foi quando Deus escolheu Moisés para libertá-lo e conduzi-lo de volta a terra prometida. Enquanto conduzia o povo, já na divisa de Canaã, Moisés foi substituído por Josué, que com mão forte conduziu o povo ao seu destino.

Depois que se estabilizaram na terra, os israelitas passaram a ser liderados por juízes e posteriormente por reis, todos eles escolhidos por Deus; até que ao completar quatro milênios da criação, enviou João Batista como precursor do Messias, o qual tinha como missão anunciar o novo pacto que Deus faria com a humanidade através de Jesus. Quando Jesus iniciou o seu ministério terreno escolheu doze homens para auxiliá-lo na grande missão de salvar o mundo, o qual antes de voltar para o céu os enviou as nações a anunciar o Evangelho a todo mundo. Depois que a Igreja foi inaugurada no dia de Pentecostes, Deus levantou outros homens com autoridade com o propósito de manter o bom andamento da obra de Deus na terra. Como está escrito: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” Ef. 4:11 e 12;

Depois desta retrospectiva para mencionar nomes e títulos de pessoas que ocuparam posições tão importantes no reino de Deus; eu quero com isso, deixar claro que todo cristão que um dia teve um encontro verdadeiro com Cristo, e O segue fielmente, tem uma posição no reino de Deus a qual deve ser reconhecida, tanto pelo próprio cristão como pelas pessoas que o cercam. Falo isso porque muitos cristãos não sabem que ocupam uma posição muito importante no reino de Deus, por isso dão prioridade a valores terrenos em detrimento aos celestiais.

Os casos ora mencionados foram de pessoas que tiveram uma chamada especifica para ocuparem posições importantes com o objetivo de cumprirem determinadas missões, no entanto, na chamada geral; quando perfeitamente aceita; que é o ingresso do homem no reino de Deus pela aceitação a Cristo; existem posições e títulos que nos diferenciam das demais pessoas em alguns aspectos. Dentre elas está a nossa posição como filhos de Deus.

É comum pessoas descrentes afirmarem que somos todos irmãos, pois todos foram criados por Deus. Contudo, existem passagens bíblicas que jogam por terra esse argumento. Pois segundo as Escrituras todos foram criados por Deus, portanto, todos nós somos criaturas dEle; mas filhos são somente aqueles que pelo Espírito Santo nasceram de novo; “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus” Rom. 8:14. Ou melhor, passaram pelo processo da nova criação, pois, “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” II Co. 5:17

A posição de filhos de Deus está reservada unicamente para aqueles que aceitam a Cristo e fazem a vontade de Deus; como está escrito: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” Jo. 1:12.
Como filhos, temos a liberdade de falar com Ele a qualquer momento que tivermos necessidade, sem termos de enfrentar a burocracia que teríamos de enfrentar, se tivéssimos que falar com o Presidente Lula. Basta tão somente nos dirigir a Ele em nome de Jesus; o único mediador entre o homem e Deus, e tudo será feito segundo a sua perfeita vontade.

QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS DA NOSSA FILIAÇÃO?

Sabemos que fomos adotados como filhos, não pelos nossos próprios méritos, mas pela bondade e misericórdia de Deus, como escreveu o Apóstolo João: “VEDE quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele” I Jo.3:1. E como acaba de afirmar o apostolo do amor, o mundo não reconhece a nossa posição como filhos de Deus; pois se não conhece o Pai, não pode também conhecer os seus filhos. Entretanto, mesmo o mundo tendo essa dificuldade de reconhecer a nossa posição, tem algo em nós muito importante que não nos deixa confundidos. Como escreveu Paulo: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” Rom. 8:16. No verso (19) ele completa: “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”.


No passado antes de Jesus vir a este mundo para entregar a sua vida por nós, o homem, por mais intimidade que tinha com Deus; não podia chamá-lo de Pai; isso porque o acesso a Deus ainda estava impedido por uma grande barreira que era o pecado. Mas quando Cristo morreu, o véu do templo se rasgou de alto abaixo (Mat.27:51) indicado que Deus havia aceito o sacrifício do seu Filho em lugar da humanidade, e que a partir de então, todos poderiam ter acesso a Ele por meio de Jesus Cristo.

A partir do momento em que o pecador aceita a Cristo ele recebe a adoção de filho por meio do Espírito Santo: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” Rom. 8:15. Agora, como filho que tem um Pai amoroso e bom, pode chamá-lo de papai e pedir a sua ajuda a qualquer momento, na certeza de ser atendido. Portanto, não há mais motivo de viver em temor, pois a certeza de ter um Pai poderoso e amoroso inspira-nos segurança, coragem para enfrentar os problemas e felicidade pela certeza da sua proteção e cuidado.

COMO FILHOS, TEMOS TAMBÉM DEVERES A CUMPRIR

Um dos deveres que temos como filho é a obediência aos nossos pais terrenos, sob a promessa de termos maior longevidade na terra e sermos abençoados. Se quisermos ter a Deus como o nosso Pai não é diferente. Ele só conhece como seus filhos aqueles que O obedecem por amor, aqueles que procuram ter uma vida moral e espiritual íntegra: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” Flp. 2:15. Como filhos, temos a obrigação de fazer com que o caráter de nosso Pai celestial seja refletido em nós, de tal forma que o mundo veja o próprio brilho de Deus em nossas vidas. Por isso, aconselha Paulo: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” Ef. 5:1.

Conhecer nosso Pai é um direito e também um dever que nos compete. Enquanto maior for a nossa afinidade com Ele, maior será o nosso conhecimento sobre Ele; por isso precisamos procurar conhecê-lo de forma paulatina e constante; conhecer o seu caráter, sua vontade para a nossa vida e o tempo que Ele determinou para realizar suas obras em nossa vida. O filho não age com autoridade sobre o Pai, pelo contrário, ele submete com amor a vontade paterna.

Uma das coisas que mais nos alegra é o fato de sabermos que por sermos filhos de Deus, somos também irmãos de Jesus Cristo: “Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos” Heb. 2:11. Portanto se somos irmãos de Jesus, somos também irmãos uns dos outros (Mat.23:8). “ E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” Rom. 8:17.

Segundo nossas leis depois que o menino passa pelo processo de adoção, ele passa a ser considerado um membro da família, e possuir os mesmos direitos que tem o filho legítimo. No caso de nossa adoção como filhos de Deus ela nos dá o direito de herança dos bens que Deus reservou para o seu Filho Jesus e para aqueles que o amam. Porém, existe uma diferença no que se refere ao usufruto dos bens. Enquanto o filho só passa a ter direito após a morte do pai terreno, no reino de Deus, passa-se a usufruir dos direitos aos bens, a partir do momento em que se aceita a Cristo. E um dos direitos que o filho de Deus passa a gozar é a liberdade. Enquanto o homem vive segundo o curso deste mundo, fazendo a vontade de satanás, sua vida é comparada a uma folha seca que o vento leva para todos os lados. Ele não faz o que quer, pois é escravo do pecado e dos vícios. No caso dos filhos de Deus é diferente; pois: “E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” Rom. 6:18.

EM CRISTO, TEMOS OUTRAS POSIÇÕES NO REINO DE DEUS
Além da posição de filho de Deus, o cristão também é visto por Ele, por intermédio do sacrifício de Jesus Cristo; como: “justo” “ Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos” Rom. 5:19. E não somente isso, mas, somos também santos como se vê nessa saudação: “ Aos SANTOS e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”Col.1:2.

Dentre muitos outros adjetivos atribuídos ao cristão, uma merece uma atenção especial, pois não deve ser esquecida. Como irmão de Jesus e filho de Deus, o crente verdadeiro precisa saber que ele é um cidadão do céu, e que precisa viver de maneira que as pessoas percebam isso. O crente é um embaixador do céu na terra, por isso precisa viver conforme as leis do país que ele representa. Como embaixador e cidadão do céu, temos um código de leis (Escrituras Sagradas) que nos ensina tudo o que necessitamos saber para termos uma vida em conformidade com a vontade de Deus e o que precisamos, para termos uma vida íntegra em meio a sociedade em que vivemos.

P.A.B.J – TO. 19/03/10

sexta-feira, 12 de março de 2010

BUSCANDO O ARREPENDIMENTO


No plano de redenção da humanidade traçado por Deus, constatamos que existem exigências que parecem ser mais importantes do que outras; dentre elas o arrependimento parece ser a que mais causa impacto no processo de salvação. Pois, sem se arrepender dos seus pecados o pecador nunca terá condições de alcançar a comunhão com Deus e alcançar o perdão; por isso, o assunto mais abordado nos sermões pregados por João Batista e posteriormente por Jesus foi o arrependimento.

Mas o que é arrependimento do ponto de vista bíblico? Para entendermos melhor, vamos pegar como ilustração a parábola do filho pródigo, como segue: “E disse: Um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades e foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos e desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.” Lc. 15:11-21.

Na situação do filho pródigo vemos o retrato da humanidade sem Deus, que por não valorizar as riquezas que o Criador a entregou, achou por bem desperdiçá-la na satisfação de suas paixões carnais. E tudo isso motivado pela ilusão da falsa aparência de prazer e felicidade que o pecado proporciona.

O rapaz da parábola depois de refletir um pouco sobre os valores mundanos decidiu exigir do pai a parte dos bens que lhes pertencia. Depois de haver se apropriado do valor de sua herança, partiu para um lugar distante, onde poderia, longe do seu pai, gastar o seu dinheiro como bem interessasse sem ter que ouvir qualquer opinião paternal. Acontece que como nem tudo o que reluz é ouro, dentro de pouco tempo em que se entregou as vaidades e delícias do mundo, o seu dinheiro desapareceu como num passe de mágica; vindo com isso, colher os frutos amargos de sua insensatez. Não havia mais dinheiro nem mesmo para satisfazer suas necessidades básicas e com isso perdeu também os amigos que havia conquistado com o seu dinheiro. É - a vida é assim! Geralmente o número de amigos que alguém possa conquistar está condicionado às possibilidades que ele tem a oferecer! Muito dinheiro ou influencia social e política é sinônimo de muitos amigos. Se você não tem nada disso, poucas pessoas se interessam em sua amizade. Mas, Deus é o Pai que não está interessado em bens materiais, ou qualquer valor secular, mas nos ama da maneira que somos; pois Ele mesmo é o verdadeiro dono do ouro e da prata.

Depois que o pródigo rapaz percebeu a sua real situação, diz que ele caiu em si. Ou seja, ele comparou a sua real situação com a vida em que levava antes quando esteve na casa do seu pai quando disse: “E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!”. O que percebemos nesse monólogo é a declaração de sua convicção sobre a situação de miséria em que vivia; ao que podemos denominar de CONVICÇÃO. Isso mesmo: A primeira coisa a ser sentida pelo pecador no caminho que o leva em direção ao verdadeiro arrependimento é ter a CONVICÇÃO de sua real situação de pecados. Como alguém procuraria o médico sem que se sinta doente? Assim é o pecador – Enquanto ele não perceber que está em pecado nunca ele irá procurar se interessar mudar de vida. E essa convicção não depende unicamente da pessoa, mas da obra de convencimento que o Espírito Santo faz no coração. Jesus ao referir desta obra maravilhosa disse: “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo” Jo. 16:7 e 8.

Sabemos que quando o Espírito de Deus nos faz cientes dos nossos pecados é porque Ele deseja que arrependemo-nos deles. E a partir do momento em que o pecador é convencido dos seus pecados atuais, ele deve fazer como o moço pródigo que disse consigo mesmo: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. Essa atitude interior demonstra a verdadeira tristeza pelo pecado. E isso explicarei mais adiante. Existe dois tipos de tristeza pelo pecado, no entanto, ambas tem motivos diferentes e resultados opostos. Uma é a tristeza segundo Deus; que ao ouvir a voz do Espírito no seu coração, o pecador se entristece peço fato de ter transgredido os mandamentos de Deus e ter perdido a comunhão com Ele. É o caso do jovem da parábola que após cair em si; lamentou o fato de estar sofrendo, enquanto que na casa do seu pai os seus empregados gozavam de uma vida próspera. Outro exemplo para esse tipo de tristeza produzida pelo Espírito de Deus foi o caso do Apóstolo Pedro que após ter negado a Cristo, chorou amargamente demonstrando uma atitude de verdadeiro arrependimento. Talvez o seu choro traduzisse um sentimento de indignação consigo próprio por faltar a vigilância e isso fazê-lo negar uma pessoa tão bondosa e amável que era o seu Mestre.

Existe outro tipo de tristeza, a tristeza segundo o mundo, e essa não produz nenhuma demonstração de arrependimento. É o caso de Judas que após negar a Cristo sentiu remorso ao perceber que havia cometido um grande erro em trair uma pessoa inocente e saber que esta pessoa era o próprio Filho de Deus. Mas o que demonstra que ele não se arrependeu? Primeiro, se o seu arrependimento fosse verdadeiro, ele teria aproveitado enquanto Jesus estava vivo e procurá-lo par pedir perdão por ter cometido tamanho pecado. No entanto, foi procurar as autoridades para devolver o dinheiro da traição; depois, correu para cometer o suicídio. Como se dissesse – já que não tem mais jeito para mim, vou dar cabo de minha vida!

O ser humano, principalmente aquele que conhece a Palavra de Deus pode sentir remorso por tantos pecados cometidos, que pode até sofrer de doenças psicossomáticas, e não querer abandoná-los. Muitos chegam a ter uma vida tão miserável e infeliz que acabam fazendo como Judas Iscariotes; tiram suas próprias vidas para se livrarem da angustia que os atormenta. Talvez você se pergunte: Porque Judas teve tamanha coragem de trair o seu Mestre, e depois não ter a coragem de confessá-lo e pedir perdão? Olha o caso do pecado de Judas não aconteceu do dia para a noite; acontece que ele não era um cristão verdadeiro. Durante a sua caminhada com Jesus, ele ficou conhecido como ladrão, pois era o tesoureiro e costumava subtrair parte do dinheiro arrecadado para seu próprio benefício, como está escrito: “Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” Jo. 12:4-5. Foi por levar uma vida mista que satanás encontrou espaço no coração de Judas para conduzi-lo a um abismo maior. “Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze” Lc. 22:3. Como diz as escrituras: “Um abismo chama outro abismo”. Um pequeno pecado se não confessado e deixado a tempo pode levar o indivíduo a praticar coisas imagináveis e conduzi-lo ao fundo do poço. Deixando a margem da sociedade e excluído do reino de Deus.

Diante da possibilidade de nos envolvermos em uma dessas situações que podem determinar o nosso destino eterno, o Profeta Isaias nos aconselha: “Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” Is. 55:6 e 7.

“Pai, pequei contra o céu e perante ti...” Essa foi a declaração do moço ao encontrar com seu Pai. Ele confessou o pecado que havia cometido ao sair de casa e dissipar todos os seus bens com os prazeres do mundo.

Prezado leitor, não existem indícios de um arrependimento sincero se o pecador não assumir o seu pecado e não confessá-lo a Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” I Jo. 1:9.

A última evidência do verdadeiro arrependimento é a conversão. Ao justificar a cura do coxo perante as autoridades em Jerusalém, disse o Apóstolo Pedro: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” Atos 3:19. Converter é se dirigir para uma direção oposta; é fazer uma meia volta. O pecador arrependido após confessar os seus pecados os abandona e procura viver em novidade de vida. " Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” Ef. 4:28-32.

Jesus está voltando, portanto, tenha uma vida de comunhão com Deus. Ouça a voz do Espírito de Deus quando o advertir sobre o perigo que o cerca, pois os dias em que estamos vivendo são maus, o que exige de nós maior cuidado com a nossa vida espiritual. Se você tem se envolvido com algum tipo de pecado, procure o caminho do arrependimento o quanto antes, pois o amanhã só pertence a Deus, e depois que partirmos desta vida, o nosso destino estará selado até o encontro com Deus.

Tenham um bom fim de semana!

P.A.B.J. – TO. 12/03/10



sexta-feira, 5 de março de 2010

VIVENDO EM ORAÇÃO



Orai sem cessar” I Tes.5:17. Com esta recomendação o Apóstolo Paulo deixou claro, que o crente não pode viver sem a prática da oração. Por que a oração é tão importante? Por que não podemos viver sem orar? Para entendermos a importância da oração, devido o seu grande poder; veja o que escreveu o Apóstolo Tiago: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” Tg. 5:16-18. Observe a expressão: “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Ou seja, quando o justo ora coisas extraordinárias acontecem. Elias era um profeta de Deus, mas como homem estava sujeito as mesmas paixões, que qualquer homem pode sentir. Contudo, para Deus era um homem justo, ou seja, procurava viver em conformidade com a sua lei. E por isso Deus o atendeu em suas orações; dentre elas está a estiagem de três anos e meio no Reino do Norte, e posteriormente a volta da chuva no final do período pré-determinado por ele.

O poder da oração não se resume apenas ao caso de Elias. A Bíblia registra casos extraordinários realizados pela intercessão de grandes homens de Deus: Moisés orou e as águas brotaram da rocha; codornizes surgiram do nada para alimentar a grande multidão de maldizentes; a terra abriu a sua boca para engolir vivos Coré, Datã e abirã e seus adeptos; Josué orou e o sol e a lua pararam; o Rei Ezequias orou e foram-lhe acrescentados quinze anos de vida, e como sinal da sua recuperação, Deus fez o sol retroceder dez graus no relógio de Acabe; Eliseu orou e o veneno saiu da panela; Pedro orou e o lugar em que estavam se moveu; Jesus orou e Lázaro ressuscitou. O que mais poderia falar sobre o poder da oração? É que não existe nada que uma oração feita com fé e por uma pessoa justa não possa fazer. Jesus deixou bastante claro: “porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível” Mt. 17:20b. Então, com base nestas palavras, concluímos que não existe nada que não se possa realizar através da oração. Assim como Deus não conhece limites para realizar algo, basta tão somente termos fé suficiente e uma vida que agrade a Deus, e tudo o que pedirmos segundo a Sua santa vontade será perfeitamente realizado.

Por que a oração é importante? Para melhor entendermos a sua importância na vida do crente precisamos entender a sua definição. “Oração” “(Do lat. orationem) prece dirigida pelo homem ao seu Criador com o objetivo de: 1) Pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas; 2) Agradecer-lhe pelos favores imerecidos; 3) Buscar proteção e uma comunhão mais íntima” Dic. Teológico, de Claudionor C. de Andrade.
É por meio da oração que o crente consegue se comunicar com Deus e contar a Ele a suas necessidades: Falar sobre suas tristezas e alegrias, sobre suas derrotas e vitórias, sobre seus temores e suas decepções, buscar o socorro para casos humanamente insolúveis, enfim, uma oportunidade para expressar a alegria de ter a oportunidade ter acesso a Sua presença e poder gozar da felicidade de tê-Lo como um Pai amoroso. Com base nessas possibilidades, concluímos que a oração é para o cristão algo de grande importância, pois sem ela o cristianismo deixaria de ser um povo vitorioso.

Por que o cristão não pode viver sem a oração? Para entendermos melhor sobre essa necessidade, meditemos sobre a vida de Jesus. Quem era Ele? Não era o Filho de Deus? Mas, o que você aprendeu sobre Ele e a prática da oração? Os Evangelistas deixaram registros que provam que a vida do Mestre era de constantes orações. Ele não orava apenas poucos minutos por dia, mas passava noites inteiras conversando com o seu Pai, buscando ajuda para que pudesse ter sucesso no cumprimento de sua missão. Olha, se o próprio Jesus, como Filho de Deus, e sendo Ele mesmo Deus, precisou ter uma vida de constante oração; o que será de nós se não orarmos? A oração é tão necessária em nossa vida como filhos de Deus, que o próprio Jesus nos ensinou a seguinte oração: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” Mat. 6:9-13. Nesta oração Jesus nos ensina que a relação do cristão com Deus é a mesma de um pai e o seu filho. É um relacionamento onde o filho demonstra inteira dependência do Pai na resolução dos seus problemas e o Pai, por outro lado, demonstra o seu verdadeiro amor pelo filho e interesse em atendê-lo.

Junto com a oração deve acompanhar também o jejum, já que ele nos transporta do natural para o espiritual. A abstinência parcial ou total de alimentos como algo que deve fazer parte da oração tem sido praticada pelos mais respeitados homens do antigo Testamento como: Moisés, David, Elias, Daniel, Neemias, Jeremias, Isaias, etc. e no Novo Testamento, por Jesus e os apóstolos. O jejum é tão eficaz quando acompanhado pela oração, que duas nações foram salvas em certa ocasião, pelo fato de terem se dedicado a oração e o jejum acompanhado do verdadeiro arrependimento; como foi o caso da cidade de Nínive que tinha uma população de cento e vinte mil habitantes condenados a destruição. Contudo, Deus, ao ver a humilhação coletiva demonstrada através do jejum, resolveu revogar a sentença que havia determinado sobre a cidade.

ORANDO CORRETAMENTE
A oração é o diálogo entre o homem e Deus, por isso alguns acham muito fácil se dirigir a Ele e pedir o que quiser. Mas como existem regras de etiqueta para falarmos com alguma autoridade terrena, com Deus não é diferente. Deus nos considera como seus filhos, por isso requer, que O reconheçamos como Pai e tenhamos o respeito que o Pai verdadeiramente merece. Por isso não podemos nos dirigir a Ele de qualquer maneira. Sabedor da importância de uma oração que se encaixe na vontade de Deus é que Jesus fez questão de ensinar seus discípulos a orar, como vimos logo acima na oração do Pai nosso.

Para que possamos aprender mais alguns detalhes importantes sobre a oração que agrada a Deus, voltemos a mais ou menos cinco mil anos na história do povo Judeu; no tempo de Moisés, quando por ordem de Deus construiu o Tabernáculo, um local onde os israelitas pudessem prestar cultos e oferecer sacrifícios ao Deus verdadeiro.

O Tabernáculo foi construído segundo as medidas e materiais cuidadosamente escolhidos pelo próprio Deus, pois cada detalhe possuía um simbolismo espiritual para os nossos dias. E dentre as peças e materiais usados no culto, havia o incenso sagrado contendo uma composição única e exclusiva para aquele fim. Ninguém poderia fazer outro igual, como se vê na descrição a seguir: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e onicha, e galbano; estas especiarias aromáticas e o incenso puro, em igual proporção; E disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo; E uma parte dele moerás, e porás diante do testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será. Porém o incenso que fareis conforme essa composição, não o fareis para vós mesmos; santo será para o SENHOR” Exo.30:34-37.

Muito embora o Tabernáculo e suas peças e tudo o que nele existia consistisse em primeiro plano, em instrumentos tipológicos que apontavam para Jesus; muitos deles representavam também o cristão e seu relacionamento com Deus. E nessa passagem podemos extrair lições importantes que podem ser aplicadas a oração.

Como sabemos, o incenso representa as orações dos santos, como está escrito: E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” Ap. 5:8. Por isso vamos ao significado dos três principais ingredientes:
ESTORAQUE – Era uma resina extraída de uma planta Storax officinale. O perfume dessa planta era exalado a partir do momento que ela passava pelo processo de esmagamento. Isso fala das nossas orações que devem partir de um coração quebrantado, livre de qualquer tipo de orgulho e prepotência. Como disse o Salmista: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” Sl. 51:17. Quebrantamento é o mesmo que humildade e sem ela jamais o homem conseguirá alguma coisa da parte de Deus.
GÁLBANO – Era uma planta que exalava o seu cheiro espontaneamente. Isso sugere que nossas orações devem partir de um coração voluntário e cheio de ações de graça. Deus jamais atenderá alguém que se dirige a Ele com um coração endurecido pela incredulidade e a falta de amor. Para ter a sua oração respondida o cristão precisa ter prazer de se comunicar com o seu Pai, e isso de forma espontânea. Nada de formalidades ou gestos forçados.
ONICHA – Era um perfume extraído de um molusco que existe no fundo mar. Pelo fato de ser tirado das profundezas do oceano, fala de nossas orações, pedidos e ações de graças que devem sair do fundo de nosso coração. Deus nos conhece, até mesmo o que vamos pensar Ele já sabe; portanto, quando oramos; Ele conhece muito bem os nossos sentimentos. Ele sabe quando oramos apenas para cumprir uma obrigação e sabe quando O pedimos de coração.

Ore, fale com Deus – Conte a Ele suas necessidades, mas tenha um espírito de submissão a sua vontade; não se esquecendo que Ele não houve ao pecador. Mas se o pecador se arrepender dos seus pecados e procurar viver de forma piedosa Ele estará pronto para ouvi-lo e abençoá-lo.

P. A. B. J. – TO. 05/03/10

segunda-feira, 1 de março de 2010

AS CARACTERÍSTICAS DO CRENTE VENCEDOR

Como cristão você já se sentiu derrotado alguma vez em sua vida? O que seria um crente derrotado? O que fazer para ser um vencedor? Quem em toda a sua vida conseguiu nos legar o maior exemplo de vitória? Você sabia da importância que temos de vivermos vitoriosamente?
Se você tem dúvidas a respeito dessas questões, saiba, portanto, que é necessário que tenhamos conhecimento do falso sentimento de derrota, e o que podemos aprender na Bíblia sobre derrota e vitória. Principalmente descobrirmos a pessoa certa na qual devemos nos espelhar para que tenhamos uma vida vitoriosa.

Se você se acha numa condição de derrotado, o que você entende por derrota? Uma adversidade que está enfrentando como: Uma dificuldade financeira? Uma crise no relacionamento familiar ou amoroso? Por ter se decepcionado com alguém, em quem você tanto confiava? Um deslize moral ou espiritual? Por sentir-se solitário? Por estar sendo perseguido? Porque se acha tão insignificante para as pessoas e para Deus?
Geralmente as pessoas que se enquadram em uma destas situações facilmente serão tentadas a terem um sentimento de derrota. No entanto, nem sempre isso significa uma derrota propriamente dita. Para que você entenda melhor o meu ponto de vista e possa assim, tirar suas próprias conclusões veja a seguir, algumas situações vivenciadas por respeitados homens de Deus - Em primeiro lugar vamos entender o que aconteceu a Jó, que segundo o testemunho do próprio Deus, era um homem íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal. Além disso, era respeitado pelo seu grande poder econômico, ao se tornar o homem mais rico do oriente - Mas, um dia, Jó viu toda a sua riqueza desaparecer como um vapor, e com ela, o seu rol de amigos; se não bastasse, recebeu a notícia de que seus filhos haviam morrido juntamente com quase todos os seus criados. E enquanto meditava no que havia conduzido a condição de um dos mais paupérrimos de sua nação; Jó percebeu que coisa pior ainda estava por vir, quando olhando para si, percebeu que o seu corpo já não era mais o mesmo, mas uma chaga começava a alastrar-se, o deixando completamente leproso. Diante de um quadro tão deplorável pelo qual Jó vivenciou, pergunto: Você acha que aquilo era sinônimo de derrota? Creio que muitos cristãos hodiernos, se houvessem passado pela mesma situação, diriam que estavam completamente derrotados; que Deus já havia se esquecido deles e que não havia mais saída para a sua situação. Mas, não foi assim que Jó se sentiu, pelo contrário, ele sabia que não eram bens materiais que podiam determinar sua vitória ou derrota. Por isso afirmou: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” Jó 19:25. Tais palavras revelam a esperança de um homem imbatível diante do sofrimento e a certeza de que quando tudo terminasse, o seu Criador estaria de braços abertos para retribuí-lo por toda a paciência demonstrada diante do sofrimento.

Outro que faz jus mencioná-lo é José, que durante grande parte de sua vida pode experimentar o ódio dos seus irmãos que por muito tempo o odiaram a ponto tentarem matá-lo, o que tiveram seus planos frustrados, mas, que acabaram vendendo-o como escravo aos mercadores que se dirigiam para o Egito. Ao se encontrar em terra estranha, pensando que estivesse distante das perseguições, de repente ele se encontra em um beco sem saída – Mais uma injustiça batia a sua porta. Pois, acabara de ser vítima de uma grave calúnia que o conduziu a prisão. Entretanto, José jamais se deu por vencido, pois cria em um Deus justo e verdadeiro.

Daniel era um jovem íntegro e temente a Deus, mas quando foi conduzido cativo a Babilônia, foi proibido de fazer suas orações ao Deus verdadeiro. E tudo isso, porque tinham inveja dele e não acharam nada que pudessem incriminá-lo. Certo dia seus inimigos perceberam que Daniel continuava orando a Deus, e resolveram denunciá-lo ao rei; que para fazer cumprir seu edito, tentou matá-lo, jogando-o na cova dos leões. Creio que muitos naquele dia puderam dizer: Daniel foi vencido! Daniel foi derrotado!

Diante de tudo que já foi mencionado, talvez você queira justificar a sua derrota ao afirmar que o seu problema é de caráter moral ou espiritual. Mas eu pergunto: Esses são motivos para determinar a sua derrota? – Em parte sim; mas para que você entenda melhor, quero citar o caso de três homens apenas: Noé, Abraão e David.
Segundo a Bíblia Noé era um homem justo diante de sua geração e por isso foi escolhido por Deus para liderar o grupo que seria salvo do dilúvio. Mas, você sabe o que ele fez? Certo dia bebeu tanto vinho que acabou se embriagando a ponto de ficar despido. O outro foi Abraão, que por sua grande fé foi escolhido por Deus para ser o pai de uma grande nação da qual nasceria o Messias; ele caiu tanto na graça de Deus que Ele o chamou de amigo. Entretanto, Abraão ao descer para o Egito, mentiu sobre sua mulher, pois temeu ser morto pelo rei; repetindo esta prática uma ou duas vezes quando de retorno a Palestina. Contudo, suas faltas não pararam por aí; pois coabitou com sua empregada na tentativa de dar um filho a sua senhora Sara. Pois resolveram tentar ajudar a Deus, já que não acreditaram de todo o coração que Ele pudesse fazer cumprir a sua promessa na vida de sua esposa legítima; fazendo gerar filhos numa idade tão avançada.

O caso mais grave foi o de Davi – homem a quem Deus disse: “Achei um homem segundo o meu coração”. E você sabe o que ele fez? Ao ver a mulher de Urias, um dos seus soldados tomando banho, ficou tão atraído pela sua beleza, que deu ordem ao seu general para colocar Urias na frente da batalha para que ele morresse e ele pudesse tomar sua mulher como esposa.

Diante dos relatos feitos aqui você pode estar se perguntando: Se os casos de adversidades e deslizes morais e espirituais não constituem motivos de derrota; o que seria derrota então? Deixe-me explicar – Em primeiro lugar, acredite, perca de valores temporais que são terrenos e passageiros não é motivo para o cristão se considerar derrotado. Quanto aos valores morais e espirituais, sim, esses podem determinar a sua vitória ou derrota. No entanto, o termo vencido deve ser aplicado apenas a Satanás e seus anjos. Quanto às pessoas, por mais que elas sofram danos morais e espirituais ainda existe uma forma de fazer com que a situação seja invertida. Basta reconhecer seus erros, confessá-los e retornar para Deus então sua vida retomará o rumo da vitória. O que aconteceu aos homens citados acima é que eles não permaneceram no pecado. Pelo contrário, passaram a ter uma vida de verdadeira obediência a Deus e a sua Palavra.

O CRENTE VENCEDOR SE PARECE COM CRISTO QUE É O SEU MAIOR EXEMPLO
O
crente que se parece com Cristo jamais será vencido. A Bíblia diz que quando Jesus foi preso, Pedro o seguiu de longe, e em certo momento enquanto Jesus se encontrava no tribunal, Pedro estava no pátio e alguém o reconhecendo e querendo denunciá-lo as autoridades disseram a Pedro: “Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia” Mat. 26:73.
Você já percebeu que a maioria dos pregadores e até mesmo leigos, procuram imitar o seu líder principal? Imitam-no principalmente no estilo de pregar, como: Gestos, entonação de voz repetição de alguns chavões, etc. Na atualidade podemos constatar essa prática em várias denominações evangélicas e não evangélicas. Alguns procuram imitar seus líderes porque acham bonito o seu jeito de pregar, outros, porém, achando que se imitá-lo, conseguirá obter o mesmo poder demonstrado por eles. Mas não vamos entrar nesse mérito, porque isso não nos interessa. O que interessa mesmo são os valores espirituais que adquirimos como resultado de termos Jesus como nosso companheiro e amigo nesta jornada terrena.
Aquele que diz ser discípulo de Jesus precisa imitá-lo em quase todos os aspectos, e um deles é a sua maneira de falar. Com isso não estou me referindo ao sotaque, porque isso não causa nenhum efeito espiritual, além disso, não sabemos como era a maneira exata de Jesus se expressar. O que eu quero dizer é que quem parece com Jesus possui uma linguagem sadia, não se ocupa em falar de coisas profanas que entristeçam o Espírito Santo, pelo contrário, fala das coisas do céu com uma convicção tal, capaz de influenciar aos que o ouvem.

O crente só pode ser um vencedor se ele fizer parte da família de Jesus. Talvez você ache um pouco estranha esta minha afirmação e pergunte: Mas todo crente não faz parte da família de Jesus? – Claro que não! Veja o que disse Ele próprio: “estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe” Mt. 12:49-50.
Jesus deixou bem claro, que para ser parente dEle o indivíduo precisa obedecer ao seu Pai; e como sabemos, nem todo crente obedece a Deus. Os demônios também são crentes, pois eles crêem (Tg.2:19). Então, existe crente derrotado! A palavra crente significa alguém que crê. Você pode ser crente em qualquer coisa. Mas o crente vencedor é aquele que crê unicamente em Deus como seu Salvador e senhor da sua vida e tem uma vida de inteira dedicação a Ele.

Quem parece com Jesus é ousado em seu testemunho. Pedro e João quando discursaram no Sinédrio, testemunhando sobre Jesus e sua obra, foram tão ousados em seus pronunciamentos que as autoridades que os assistiam ficaram admiradas: “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus” At. 4:13. Esse foi o resultado deles terem estado com Jesus, aprenderam a falar do amor de Deus sem acanhamento. O crente vencedor não deve ter medo ou vergonha de testemunhar daquilo que Jesus fez em sua vida. Se sente acanhado, talvez seja porque você acha que a sua classe social, seus amigos, vizinhos, etc., sejam mais importantes do que Jesus, ou porque não tem convicção daquilo que você diz acreditar.
O crente vencedor fala em auto e bom som do que Jesus fez em sua vida, como Ele próprio fez. Testemunhou com ousadia das obras do seu Pai, até que na cruz deu o brado: “Tudo está consumado”.

Com tudo o que já mencionei, o mais importante na vida do crente é o Espírito Santo, e ninguém pode recebê-lo, a não serem aqueles que se pareça com Jesus. Ele O recebeu quando para iniciar o seu ministério terreno. Veja o que relatou o Evangelista Mateus: “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele” Mat. 3:16.
Você sabia que todos os personagens do Antigo Testamento, que foram incumbidos de realizar alguma obra, primeiro Deus os deram certa porção do Espírito para que eles pudessem alcançar seus objetivos? Por isso, através da Bíblia podemos conhecer suas histórias de lutas e vitórias. Os que lutaram e foram derrotados foram somente aqueles que desobedeceram a Deus, e conseqüentemente perderam a companhia do seu Santo Espírito. Portanto, esta é a maior característica do crente vencedor.

Peço desculpas pelo atraso. Por motivo de força maior não foi possível postar na data prevista.


P. A. B. J. TO. 01/03/10

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

GIDEÃO, UM HOMEM TEMPERANTE

"Então os homens de Efraim lhes disseram: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas? E contenderam com ele fortemente. Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu agora do que vós? Não são porventura os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer? Deus vos deu na vossa mão os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; que mais pude eu fazer do que vós? Então a sua ira se abrandou para com ele, quando falou esta palavra”(1).
Foram com essas palavras que Gideão sabiamente conseguiu acalmar os ânimos daqueles que procuraram com veemência fazê-lo perder a razão. Ele era um homem que havia recebido o Espírito Santo em sua vida, e por isso não deixou que seus sentimentos falassem mais alto que a voz do Espírito. Um homem natural cheio de orgulho teria respondido à altura de suas ásperas palavras. Teria quem sabe, feito respeitarem a sua posição por meio da força física, já que como Juíz possuía homens ao seu serviço.
A atitude desse homem de Deus tornou-se um modelo perfeito para os cristãos hodiernos, já que fazemos parte de uma geração de homens e mulheres que procuram satisfazer mais a voz da natureza pecaminosa a deixar ser guiado pela voz suave e meiga do Espírito Santo. No texto que serviu como introdução para este estudo, o que mais me chamou a atenção foi atitude sensata tomada por Gideão, a qual demonstra claramente um dos traços mais importantes da sua personalidade – a temperança. Uma virtude que faz a diferença quando o cristão verdadeiro se encontra diante de uma situação de conflitos.
Você sabe reconhecer uma pessoa sem domínio próprio? Talvez você sinta dificuldade até mesmo em saber se você se enquadra nesta qualidade; então responda as seguintes questões:
- Ao ser tratado com ignorância e desafetos você é daquelas pessoas que procuram responder a altura, e quem sabe exceder um pouquinho mais?
- Ao ver uma mulher atraente e quase despida, você é daqueles que não consegue desviar o olhar; fitando os olhos; uma, duas, três e quantas vezes forem possíveis?
- Quando passa por perto de um copo de bebida alcoólica não consegue passar sem tomar um pouquinho?
- Você é daqueles que não consegue deixar o cigarro e outros tipos de vícios?
- Ao se apaixonar por alguém, se possível for, contraria os princípios bíblicos para satisfazer os caprichos dessa pessoa?
- Você é uma pessoa tagarela que não consegue refrear sua língua, mas fala de tudo e de todos?
- Você come demais a ponto de adoecer?
- Ao sentir-se prejudicado de alguma forma, você é daqueles que procura aliviar suas tensões se maldizendo e xingando?
- Você não consegue desviar a maioria dos maus pensamentos que vêem à sua mente?
- Você neste carnaval ficou tão atraído pelos encantos da folia que acabou se infiltrando nela?
Se você respondeu positivamente pelo menos uma destas questões você é uma pessoa sem temperança. Ou seja, sem domínio próprio, pois não consegue dominar suas vontades, emoções e demais inclinações carnais.
A palavra “temperança” significa moderação diante de qualquer situação que exija controle. Quem possui temperança controla: Sua ira, suas paixões, seu apetite, seu desejo lascivo, suas ambições, seu tempo, seus olhos, seus sentimentos, sua espiritualidade, etc.
Os seres humanos foram criados para dominar todas as outras criaturas, como está escrito: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”(2).
Pelo fato do homem no princípio ter em si, a imagem do seu Criador, possuía também, a capacidade de domínio sobre si mesmo. O problema de Eva e posteriormente seu marido terem desobedecido a Deus, fora apenas, a falta de vigilância. Pois, se estivessem atentos a ordem de Deus jamais O teriam desobedecido. A culpa por tais transgressões herdadas por nós nos legou também a incapacidade do autodomínio. Contudo, Jesus, pelo seu Santo Espírito implantou em nós a sua própria natureza; a qual é capaz de dominar, assim como Ele dominou; toda a natureza má que herdamos de Adão.

O CRISTÃO E A PRÁTICA DA TEMPERANÇA
O cristão é nova criatura, por isso deve estar subordinado à voz de Deus que fala ao seu coração e através das sagradas Escrituras. Como a mudança que houve da água, para o melhor vinho ali na festa de casamento em Caná, a vida cristã precisa estar em constante novidade. Acerca desse assunto recomendou Paulo: “E vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (3). E ao escrever aos cristãos de Corinto, disse: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”(4). Então, se somos novas criaturas em Cristo Jesus, temos como obrigação apresentar um novo estilo em nosso viver diário. Os maus costumes que aprendemos com nossos contemporâneos no tempo da ignorância não devem fazer parte de nossas ações, pelo contrário, agora temos a Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. Assim, como temos a Constituição da República que é um conjunto de leis, das quais precisamos estar em consonância para que possamos nos tornar bons cidadãos; A Bíblia é o cânon sagrado que nos ensina os bons costumes aceito por Deus, os quais, se obedecidos fielmente, nos fazem verdadeiros cidadãos dos céus.
Para que essas leis sejam cumpridas precisamos manter o domínio próprio; e uma das coisas que mais precisamos dominar é a língua - e a mais difícil de ser domada. O Apóstolo Tiago sabiamente escreveu: “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal”(5). Quando ele afirma aqui que nenhum homem pode domar a língua significa dizer, que por mais que o ser humano esteja atento, no sentido de evitar cometer erros ao falar; acaba se decepcionando, ao ver que é impossível não cometer alguma falta que possa ofender a Deus e ao próximo. Por isso, a atenção com relação a língua deve ser muito grande, e para isso, o quanto menos a pessoa falar, menor será a possibilidade de cometer tais erros. Pois, “Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio” (6).
Dentre os cristãos existem aqueles que por se tornarem simpatizantes do cristianismo, fizeram como o Imperador Constantino, que aderiu ao cristianismo, mas não deixou que Cristo entrasse em seu coração para mudar o curso de sua vida. O resultado é uma vida cristã mista, uma parte para Cristo e outra para suas paixões. Tais pessoas se comprazem em se assentar nas calçadas e nas portas de suas casas, para junto com seus vizinhos falarem de Deus e mundo. Em suas conversas não fica ninguém que não receba um apelido ou um adjetivo que macule a sua imagem. As pessoas que assim procedem, são pessoas que não tem paz com Deus e nem consigo mesmas; falam do seu próximo porque não conseguem chegar aonde ele chegou. Difama-o, porque acha que denegrindo a sua imagem, ela possa elevar a sua própria a melhores condições. São essas pessoas falastronas que nunca prosperam na vida espiritual; sempre estão causando problemas para o ministério, e dando mau testemunho por onde passam. Para essas pessoas que possui esse mau costume, vejam o que dizem estas palavras: “Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” (7). As pessoas que não refreiam a sua língua acabam revelando o que durante muito tempo conseguiram armazenar dentro do seu coração. Certa vez, Jesus disse aqueles que lhe opunham: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (8).
Portanto, prezado irmão e amigo, não deixe o seu corpo ser queimado no inferno por causa da desse pequeno membro que existe em sua boca. Fale apenas o necessário. Se você sentiu vontade de falar algo, primeiro faça uma análise se o que vai falar é do interesse de quem vai ouvir; se vai trazer alguma utilidade para o ouvinte e não vai trazer prejuízos para sua vida.
Dentre nossas faculdades, a mente é a que mais devemos ter cuidado em nosso dia a dia. Pois tudo que fazemos ou falamos primeiro teve que passar pelo processo mental. Pois ao receber as informações vindas do mundo exterior via alguns dos nossos cinco sentidos, a mente passa a iniciar o processo de concepção de alguma ação que deverá ser, ou não, praticada pelo nosso corpo. Portanto, temos na mente (intelecto) um campo de batalha onde temos que lutar com grandes inimigos. São inimigos que entraram por alguma das cinco portas: Olhos, ouvidos, olfato, tato e paladar. Ou, ainda pior, por algo abstrato, que é a voz do nosso maior inimigo que sussurra algo diretamente em nossa mente. Ele pode dizer para alguém: A sua vida não tem sentido - a melhor solução é se matar! Você é um derrotado! Pra você não tem mais jeito!
A Bíblia chama a mente de coração e nos recomenda a termos cuidado com ela: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”(9). Podemos compará-la também ao processador de um micro computador, o qual se encarrega de processar todas as informações passadas pelos periféricos responsáveis pelas entradas das informações e retornam em forma de comando aos hardwares responsáveis pela saída. O profeta Isaias foi mais longe quando escreveu: “Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade, e falam mentiras; concebem o mal, e dão à luz a iniqüidade. Chocam ovos de basilisco, e tecem teias de aranha; o que comer dos ovos deles, morrerá; e, quebrando-os, sairá uma víbora”(10). É isso mesmo, o profeta comparou os maus pensamentos a ovos de serpentes que estão sendo chocados; que depois de eclodidos, é claro - sairá deles, pequenas cobrinhas que mais tarde causarão sérios danos a quem os chocou. Os maus pensamentos causam sérios problemas, pois além de se transformarem em um tipo de pecado, deixam o cristão impotente diante das tentações. É certo que é algo impossível não termos algum tipo de pensamento mau em algum momento, contudo, podemos evitar uma grande parte deles. Como? Se a nossa mente precisa de informações passadas pelos nossos cinco sentidos para que ela possa projetar algo; se procurarmos evitar a nossa aproximação das coisas ilícitas, obviamente ela não terá muita coisa para imaginar. Portanto, ocupemo-nos das coisas celestiais, e teremos mentes se ocupadas com as coisas do céu. O grande apóstolo escreveu: “Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”(11). Ao escrever aos Filipenses, completou: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (12).
Não temos dúvidas de que nossas atitudes dependem das coisas que estão armazenadas em nossa mente e em nosso subconsciente. Portanto, cuidemos bem dela exercitando-a com a meditação na palavra de Deus; na beleza de suas obras, na imensidão do seu amor e na sua grande misericórdia.

OS AMARGOS FRUTOS DA INTEMPERANÇA
Um dos frutos mais amargos da intemperança, que neste contexto podemos denominá-la de falta de sobriedade, é o vicio do alcoolismo. Ele mata as pessoas aos poucos, antes, porém, faz com que suas vítimas se tornem insociáveis; perdendo a família, os bens, os cuidados pessoais, perdendo a amizade com as pessoas de bem, perdendo a vergonha, a saúde e por fim, acaba ficando à margem da sociedade; passando a dividir o espaço e o alimento com os cães que moram nas ruas.
Um dos piores problemas desse e de outros entorpecentes é o poder que eles têm de escravizar o indivíduo. Suas capacidades de domínio são tais, que se não houver um tratamento especializado ou então a intervenção divina; conforme a gravidade do caso, esses indivíduos jamais conseguiriam obter a libertação; exceto em alguns casos em que o indivíduo possui um grande autodomínio. Há poucos dias, um jovem de minha cidade, que por muitos anos deixou ser dominado por esses vícios; chorando pediu-me: Edes, fala pra eu deixar de beber? - Eu, sem saber o que fazer de imediato, falei de sua necessidade em abandonar aquele vício. E compreendi de imediato que o que ele na verdade estava querendo é que eu intercedesse a Deus em prol da sua libertação. Portanto, antes que você chegue a uma condição de dependência química como essa deste jovem. Procure obedecer à palavra de Deus que nos aconselha a nos enchermos do Espírito, não procurar nos alegrar com o vinho.
A obstinação no erro é algo que na maioria dos casos tem como origem a falta de temperança. Digo isso porque muitos, mesmo sabendo do erro que está cometendo, não têm a mínima vontade de abandoná-lo. Pelo contrário, tem prazer em praticá-lo. Mas, o maior perigo é quando a pessoa por não possuir o autodomínio; reincide no mesmo erro por muito tempo, mesmo sabendo do mal que está praticando e às vezes até, rejeitando a voz do Espírito Santo que o adverte a não praticá-lo. Esse tipo de teimosia é um caminho que não irá muito longe, pelo contrário, levará o infrator a um caminho sem volta. João Bunyan, em seu livro “O Peregrino” procurou descrever o estado de alguém que se encontra nessa condição da seguinte forma (Diálogo do Intérprete com Cristão):
“- Não. Espere, disse Intérprete, até que eu lhe mostre um pouco mais, e depois você retornará ao seu caminho. Então levou-o pela mão a um cômodo muito escuro onde um homem se achava sentado dentro de uma jaula de ferro. Parecia um homem muito triste. Cabisbaixo, as mãos cruzadas no colo, ele suspirava como se tivesse o coração prestes a rebentar.
- Que significa isso? Perguntou Cristão.
- Pode perguntar a ele mesmo, respondeu Intérprete.
Cristão caminhou até a jaula de ferro e indagou:
- Quem é você?
- Antigamente eu parecia ser um cristão bom e bem sucedido. Pensava estar no caminho para a Cidade Celestial, e a idéia de chegar lá me causava prazer.
- Mas hoje o que você é?
- Hoje sou um homem em desespero, porque deixei de vigiar e ser sóbrio. Dei rédeas soltas às minhas concupiscências. Pequei contra a luz da Palavra e contra a santidade de Deus. Tentei o diabo, e ele veio ter comigo. Entristeci o Espírito Santo e Ele se afastou. Endureci o coração de tal modo que não me posso arrepender.
- Mas você não pode ainda arrepender-se e voltar?
- Deus me negou o arrependimento. Ai de mim, pois Ele me encerrou nesta jaula. Ó eternidade! Eternidade! Como suportarei o castigo eterno?
Então disse Intérprete a Cristão:
- Que a infelicidade deste homem lhe fique na lembrança e lhe sirva de aviso.
- Isto é horrível! Disse Cristão. Que Deus me ajude a ser sóbrio. Peço-lhe, senhor, que agora me deixe seguir viagem”.(13)
Vale a pena deixar que o Espírito Santo domine o nosso ser, pois assim evitaremos sermos dominados pelo mal.

Anotações bibliográficas:
1 - Juízes 8:1-3
2 - Gênesis 1:23
3 - Efésios 4:23 e 24
4 - II Coríntios 5:17
5 - Tiago 3:8
6 - Provérbios 10:19
7 - Tiago 3: 5 e 6
8 - Mateus 12:34
9 - Mateus 15:19
10 - Isaias 59:4 e 5
11 - Colossenses 3: 2
12 - Filipenses 4:8
13 - BUNYAN, João – O Peregrino, PP. 71-73 – São Paulo -13ª Edição -Ed. Mundo Cristão – 1.995.

Ponte A. B. Jesus-TO., 18/02/10

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PRECIOSAS LIÇÕES APRENDIDAS COM GIDEÃO

Para que possamos nos sentir motivados a enfrentar as dificuldades que a vida nos impõe, geralmente precisamos de nos espelhar em alguém que durante sua trajetória de vida tenha enfrentado lutas e conseguido conquistar vitórias. Pois, são com os seus erros e acertos, derrotas e vitórias, que conseguimos aprender lições valiosas sem ter a necessidade de sofrermos as mesmas conseqüências que essas pessoas sofreram. Com os erros que elas cometeram aprendemos a como evitá-los, e com os seus acertos, é que encontramos o caminho certo para o sucesso. Desta forma, encontramos o caminho que nos levam em direção aos nossos objetivos de uma forma menos árdua.

Como pessoa e como servo de Deus, Gideão possuía um perfil que o fez um grande modelo para nós hoje. Quando pela sua chamada para julgar Israel, ele teve que tomar algumas atitudes que ficaram gravadas em sua história, pois determinaram o sucesso de sua missão. Dentre elas podemos destacar o cuidado com sua própria casa; ter aceitado de bom grado algumas mudanças impostas por Deus; sua demonstração de humildade e o seu temor a Deus.
Quando Gideão recebeu as ordens para dar inicio a sua missão, a primeira coisa que ele fez foi destruir os objetos que seu pai usava no culto a Baal. A atitude de Gideão foi uma demonstração de obediência a ordem de Deus, e nos ensina o princípio de que a restauração espiritual precisa começar em primeiro lugar, em nossa casa. Como disse o Apóstolo Paulo: “Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” I Tm. 3:5. Estamos vivendo em um mundo conturbado, cheio de toda sorte de desrespeito as leis divinas. O povo tem se dedicado mais aos valores efêmeros deste mundo aos valores espirituais. O resultado é o que estamos vendo todos os dias; lares desfeitos, famílias desmoronadas e a nossa sociedade transformada em um verdadeiro caos. A moralidade deu lugar a imoralidade e a corrupção de forma generalizada. Filhos e pais já não se respeitam mais, os cônjuges inverteram seus papéis trazendo mais conflitos em seus relacionamentos. Tais comportamentos são produtos da deficiência da educação religiosa no lar; e enquanto o chefe de família deixa de cumprir o seu papel de sacerdote da família, seus membros estão sendo doutrinados pela televisão, rádios, cinema, e pior ainda, pelos maus procedimentos que são presenciados no meio político, nas escolas, no trabalho e em todos os segmentos sociais. O grande rei Salomão sabiamente escreveu: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” Pv. 22:6. Como Gideão, precisamos quebrar os ídolos existentes em nosso lar, que é o local onde passamos a maior parte do nosso tempo e além do mais, somos em grande parte responsáveis pelo destino de nossos filhos. É o aprendizado adquirido no lar que perdura por mais tempo na mente da criança. Por isso, os pais são grandes culpados por estarmos presenciando tantos valores sendo jogados por terra. Se o mundo fosse formado de pais que tivessem o mesmo cuidado que teve Gideão, o mundo não estaria caminhando a passos largos para a destruição. Portanto, não adianta nada querermos fazer missão, ou seja, ensinar nossos vizinhos, amigos, colegas de trabalho, fazer missões transculturais, se a nossa casa vive um verdadeiro inferno.

A mudança é algo que deve acontecer em tudo o que existe sobre a terra. Todas as coisas que passaram a existir tiveram que passar por algumas mudanças. Por exemplo: O computador que estou usando agora, é tão pequeno que cabe em cima de uma mesa, mas o primeiro que foi inventado, não caberia na sala a onde me encontro. O que fez a redução no tamanho do computador e grandes facilidades que ele me oferece hoje? Claro que foi a mudança! Assim é o ser humano. No princípio o primeiro casal mudou de uma vida melhor para uma pior. Agora, através de Cristo precisamos sofrer algumas mudanças para que possamos alcançar uma vida melhor. Gideão como servo do Deus altíssimo teve que passar por algumas mudanças em sua vida para que as coisas transcorressem segundo a vontade de Deus. Uma das primeiras mudanças pelas quais passou, foi no que ele achava de si mesmo. A princípio ele não quis acreditar em sua chamada por considerá-lo pouco significante para a sociedade, e para Deus. Achava que pelo fato de pertencer a uma das famílias mais humildes de Israel e ser o menor em sua casa não serviria para ocupar uma posição tão elevada. Entretanto, Deus fez com que ele percebesse que o conceito que ele tinha de si, era completamente diferente do que Deus o tinha dele. Como servos de Deus jamais conseguiremos sucesso ministerial ou até mesmo na vida profissional, se não deixarmos de lado a autocrítica e o complexo de inferioridade. Pois muitas vezes esse sentimento que é tido como um problema psicológico, pode ser uma seta diabólica para derrotar o homem causando-lhes sérios danos. Por outro lado, não podemos nos encher do eu e da prepotência, mas ter a humildade de reconhecer que Cristo é o fator preponderante na garantia da vitória.

Outra qualidade marcante na vida do homem de Deus sempre foi e continuará sendo a humildade, e isso era o que não faltava em Gideão. Ele não aproveitou da situação para se orgulhar, mas a viu como um favor de Deus para com ele; bem como, jamais atribuiu sua escolha como resultado de seus méritos. As Escrituras sempre fazem questão de destacar aqueles que mesmo galgando uma posição de destaque diante do povo, conservou a mesma humildade que possuía antes. Dentre eles podemos citar Tiago e João que antes da sua conversão não levavam desaforos para casa. Mas, ao se converterem, e mesmo tendo recebido de Deus cargos tão importantes, não se envaideceram; pelo contrário, humilharam-se perante Deus a ponto de terem uma vida íntegra perante o mundo em que vivia. Esses homens que eram conhecidos como filhos do trovão, por serem portadores de um temperamento explosivo, acabaram se tornando humildes ovelhas de Cristo.
Um dos grandes segredos para uma vida vitoriosa é a humildade. Não a falsa humildade, mas uma humildade que tem como objetivo fazer com que o nome de Jesus seja exaltado. Deus jamais dará a sua glória a alguém. Todos que tentaram se mostrar grande demais acabaram sendo humilhados de uma forma que eles jamais imaginaram. Nabucodonosor, rei de Babilônia se exaltou e foi transformado em um animal irracional por sete anos; o rei Agripa não deu a glória que era devida a Deus e acabou morrendo comido por bichos. Você quer escolher o caminho da exaltação própria correndo o risco de ser humilhado por Deus? Ou o caminho da humildade que o conduz a exaltação? Jesus ao ensinar ao povo quando esteve aqui na terra disse: “Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” Lc.14:11.

Prezado leitor, você pode possuir mais bens, mais fama, maior posição social, mais dinheiro do que os outros; mas jamais queira fazer disso um pedestal para se colocar acima dos outros, não! Tudo isso são valores efêmeros; o que permanece são as obras que praticamos motivadas por uma vida moldada pelo caráter de Cristo.
Dentre as virtudes que o cristão pode ter, o amor é o que mais o identifica com Jesus Cristo. Sem o amor não conseguimos provar que somos filhos de Deus; o Apostolo João deixou claro que: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” I Jo. 4:8. Jesus, o Mestre por excelência, disse que o amor a Deus é o primeiro e maior mandamento (Mc. 12:30). É o amor de Deus que ao ser derramado em nossos corações, nos faz sentir o desejo de agradá-lo e tê-lo como o bem mais precioso.

Caro irmão e amigo, Deus nos ama de uma forma indescritível, e espera ser conrespondido de forma incondicional; ou seja, sem esperar nada em troca. Pois se meditarmos no que Ele tem feito a nós, jamais teríamos coragem de exigir algo dele. Pelo contrário, estaríamos sempre lhe rendendo graças e procurando louvá-lo com nossas palavras e ações.
Para sua meditação, guarde estas palavras em seu coração: “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” Jd. 1:21.

P. A. B. Jesus – TO., 12/02/10.

CONDUZIDO AO DESERTO


Texto:Êx. 13:18
“Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do Mar Vermelho; e armados, os filhos de Israel subiram da terra do Egito”.
INTRODUÇÃO: O deserto é um lugar de escassez de água e alimentos, e geralmente apresenta um clima instável que durante o dia, o sol causticante chega a mais ou menos 50 graus, e à noite o frio chega a provocar geadas. Devido às bruscas oscilações climáticas, a infertilidade da terra e a escassez de água, o deserto sempre foi visto no contexto espiritual como um lugar de provações. E por incrível que pareça, o deserto foi um lugar a onde muitos personagens bíblicos tiveram que passar, mesmo que tenha sido por pouco tempo. Uns afim de cumprir alguma missão como Moisés, outros, porém, por motivos vários. Dentre eles, dois foram alvos de nosso estudo de hoje: O profeta Elias e Jesus Cristo. O primeiro foi ao deserto conduzido pelo medo das afrontas da ímpia Jezabel, o segundo, após ter sido batizado, foi conduzido pelo Espírito Santo para ser tentado por Satanás. Durante o pequeno período de tempo em que eles estiveram lá, tiveram que passar por situações desagradáveis que incluia duras provas como foi o caso de Jesus. Contudo, puderam contar com a providência de Deus que veio encontrá-los para trazer-lhes o socorro.
I – ELIAS NO DESERTO. I Reis 19:4 “Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais”.
VOCE ESTÁ EM UM DESERTO? O QUE TEM TE LEVADO A ESSE ESTADO DE ESPÍRITO?
1) – Força das circunstâncias: vv. 1-4
a) – Qual a circunstância tem levado você ao deserto?
- Um negócio mal feito
- Uma enfermidade
- Uma perseguição
2) – Desilusão: Elias ficou tão desiludido que pediu para si a morte.
a) – Qual fator tem contribuído para suas desilusões?
- Falta de fé
- Desânimo
- Decepção
II – JESUS NO DESERTO. Mc. 1:12 e 13 “ E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam”.
POR QUAIS MOTIVOS O MESTRE FOI CONDUZIDO AO DESERTO?
1) – Porque precisava ser provado em todas as áreas de sua vida.
III – O DESERTO PARA ELIAS E JESUS FOI TRANSFORMADO EM UM VERDADEIRO OÁSIS.
1) – Para Elias, serviu para:
- Que ele recobrasse suas forças. I Reis 19:6 “E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se”.
- Receber uma nova missão. “E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar” I Reis 19:15 e 16.
2) – Para Jesus:
- Foi à conquista de uma de suas primeiras vitórias sobre o inimigo.
- Marcou o início do seu ministério terreno.
CONCLUSÃO: Ao ser conduzido ao deserto desta vida, o cristão jamais pode imaginar que tudo está perdido; pois, por mais que o sofrimento pareça insuportável, no fim, tudo isso acabará em grandes bênçãos para a sua vida.
Ponte A. B. Jesus - TO. 12/02/10
Esboço do Sermão que preguei no culto de libertação

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