quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Discurso de lançamento do livro “Bíblia Sagrada Versus Dogmas e Tradições Católicas

Meus Senhores – Minhas Senhoras:
Neste momento solene de grande valor para a literatura evangélica, tenho muito que agradecer, e fazer apenas dois pedidos.
Em primeiro lugar agradeço a Deus por todos os seus benefícios; pela maravilhosa esposa Marineide e meus filhos: Herbet e Heber, pois uma família estável muito contribui para o sucesso de um homem; sou imensamente grato ao amado pastor Antônio Jesus de Souza, por sua parcela de ajuda financeira; ao senhor Aloísio da Mimosa dos Marinhos, por ter gerado um dos motivos para que eu escrevesse este livro; aos meus caros irmãos, que acreditaram que eu seria capaz de terminar a obra a qual havia começado, e sensibilizados compraram e pagaram antecipadamente alguns exemplares, enfim, agradeço também, aqueles a quem eu os procurei, e talvez por não acreditarem em minha capacidade, ou por falta de solidariedade cristã, se omitiram ou mesmo recusaram ceder às minhas propostas, pois assim, eles contribuíram para que eu tivesse maior conhecimento sobre a natureza humana.Enfim, agradeço a todos vocês que atenderam ao nosso convite, e aqui estão para nos prestigiar. Caros irmãos e amigos - todos já estão cientes do nosso objetivo neste lugar e neste momento. Pois conforme foi anunciado, estamos aqui para lançarmos no mercado brasileiro, uma obra literária voltada para os interesses do reino de Deus na terra. Senhores e senhoras, A ideia de escrever o livro ‘Bíblia Sagrada Versus Dogmas e Tradições Católicas’, à principio, não surgiu por uma necessidade financeira, pensando em valores materiais; até porque, meu nível de cultura secular, não está à altura de produzir uma literatura, dentro dos padrões exigidos pelas normas da nossa língua portuguesa; o que me motivou a escrever e trabalhar com afinco diante do computador, tanto digitando, quanto pesquisando artigos online e obras impressas, foi o desejo de fazer com que muitas pessoas, mais precisamente àquelas católicas sinceras, bem intencionadas, que estão à procura da verdade, pudessem encontrá-la, por meio desta ferramenta. Entretanto, o motivo principal, surgiu após uma pergunta que formulei ao senhor Aloisio, do Povoado Mimosa dos Marinhos; para a qual recebi uma resposta que embora já soubesse - me intrigou, ao ponto de sair daquele lugar, convicto de que eu deveria fazer algo para ajudar muitas pessoas a encontrar a Verdade que só se encontra em Jesus e prometendo, que a partir de então, iria escrever um livro que à princípio, teria como título, Refutando Dogmas e Tradições Católicas, mas por recomendação de um amigo, resolvi suavizá-lo substituindo-o por Bíblia Sagrada Versus Dogmas e Tradições Católicas. Diante do desafio de escrever e publicar o livro, era como estar diante de um gigante, pois minhas condições financeiras estavam muito aguem da realidade, ou melhor, nenhuma! Entretanto, não desisti - e sempre dizia a todos que o publicaria. Mas, nesse ínterim, minhas esperanças eram grandes e muito maiores foram às decepções! Digo desenganos... Porque as pessoas nas quais eu mais depositei confiança, pelo fato de elas terem maior poder aquisitivo; todas elas me desenganaram. Umas de forma direta, outras indiretamente. Diante de tantas negativas e ouvidos de mercador, chegou momento de quase desistir. Mas algo falava mais forte dentro de mim para não desistir. Assim, com muito sacrifício, está o resultado final de uma obra que foi iniciada em meados do ano passado, à disposição de todos aqueles que desejam a expansão do reino de Deus. Neste momento, quero dizer aos caros amigos católicos, que este livro, ao contrário do que muitos imaginam, é uma obra que tem como principal causa, o amor que tenho por suas almas. Nosso objetivo foi mostrar a vocês a onde e com quem está a verdade que pode conduzi-los no caminho do céu. Não queiram interpretar-me mal, pois o fiz por desejar o melhor para suas vidas, mesmo sabendo que isso me expõe ao perigo da perseguição das quais sofreram milhares de nossos irmãos em Cristo, por parte das autoridades romanas. Nele você encontrará a resposta correta com base nos escritos sagrados aplicados fielmente em meus argumentos apologéticos ou de defesa da nossa fé. Aos queridos irmãos em Cristo recomendo: não utilize nossos argumentos contidos neste livro para debates vãos, mas que tenha objetivo de conduzir àqueles que aceitarem receber instruções sobre o verdadeiro caminho que conduz às mansões celestiais. Jamais os use para humilhar quem quer que seja! Pois assim fazendo, Deus estará conosco nos auxiliando nesta missão tão importante entregue a nós, pelo nosso mestre Jesus, que foi a de ensinar todas às nações! Para finalizar minha alocução, peço perdão aos irmãos e amigos que direta e indiretamente nos ajudaram, mas, que por esquecimento, seus nomes não foram mencionados. Quanto aos dois pedidos que prometi fazer no início, o primeiro é para que quando lembrarem de mim, orem a Deus para nos guardar diante das possíveis investidas daqueles que se sentirão prejudicados. O outro pedido é que comprem o livro e ajude o reino de Deus a crescer. Meu muito o brigado!
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domingo, 9 de junho de 2013

POLÍTICA PARTIDÁRIA NÃO É PROFISSÃO PARA CRISTÃO VERDADEIRO

Há tempos venho tomando certa aversão à política partidária, um sentimento que a cada dia toma maiores dimensões justificado pela realidade vergonhosa e imoral que presenciamos todos os dias pelos meios de comunicação acerca dos políticos, tais como, casos de improbidade administrativa, de omissão diante dos problemas sociais, desvio de dinheiro público para benefício próprio ou para grupos de seu interesse, enfim, as formas de corrupção são muito vasta no meio político, e isso tem contribuído para que a política seja uma das classes de profissionais mais desacreditada em nosso país.

Como se sabe pelas sagradas Escrituras a política partidária teve origem num passado remotíssimo quando satanás a idealizou e colocou em prática suas estratégias; dede então, a essência da maldade e da rebelião contra as leis tem perdurado trazendo sérios prejuízos para nossa sociedade através dos colarinhos brancos que chegam ao poder pela pregação demagógica, propondo solucionar os problemas da sociedade, com falsos discursos inspirados pela ganância, pela ambição de poder e o enriquecimento. E nessa categoria não estão apenas aqueles que desconhecem os princípios bíblicos, mas também, aqueles que dizendo serem cristãos, pleiteiam um cargo político defendendo a falsa ideia de lutar em defesa da igreja, mas ao assumir o cargo, procedem como qualquer fora da lei. Quem não já viu  pela mídia, casos de pastores que foram pegos com as mãos na cumbuca, ou melhor, recebendo dinheiro de suborno, produto de corrupção? E isso não é uma calúnia ou difamação, pois o número de “cristãos” que já foram presos e ou apenas cassados em nosso país é algo vergonhoso! Cristãos que deveriam reluzir em meio às trevas morais e espirituais, embrenham-se no mundo tenebroso da corrupção denegrindo assim a imagem da igreja de Cristo.

JESUS NÃO DEPENDE DE CRISTÃO NA POLÍTICO PARA DEFENDER SUA IGREJA

Há uma falsa filosofia no meio da classe política evangélica de que está se candidatando para poder defender a igreja; mas isso não passa de um discurso maquiavélico para aproveitar da ingenuidade dos menos esclarecidos, porque ele bem sabe que a sua intenção é outra bem diferente. Contudo, não posso generalizar e afirmar que todos são maus intencionados, pois sabemos muito bem que muitos se corrompem pelo incentivo e pressão de outros. Mas para ser sincero, não sei se há algum político tão ingênuo, ao ponto de não saber que a forma com que as campanhas políticas são conduzidas, com gastos exorbitantes, permitem que ele seja um político honesto contentando apenas com o salário e as regalias que lhes são devidas. Só pra se ter uma ideia, um candidato a prefeito gasta cerca de 500 mil em sua campanha, para pleitear um salário de 8 mil/mês durante 4 anos, por exemplo; o que ele ganharia com isso? Fazendo os cálculos, ele teria que desembolsar do seu próprio dinheiro mais de 100 mil para manter-se no cargo durante os 4 anos. Da mesma forma acontece com os cargos de vereador a presidente da república; e o cristão sabe que a única forma de recuperar o que ele gastou é por meios ilícitos, servindo como instrumento de suborno e fazendo-se de marionetes para outros políticos e patrocinadores, tornando-o vítima do sistema diabólico que domina o mundo. Por esse e outros motivos, Deus não precisa de nenhum cristão para defender a sua igreja.

Muitos pastores que exercem mandatos políticos veem lutando, no sentido de não permitir que leis contrárias aos interesses das famílias tradicionais e da igreja sejam aprovadas, e isso é louvável, porém ninguém poderá fazer nada se Deus não permitir, e isso não depende de quem esteja no poder, pois quando Deus libertou os israelitas do Cativeiro Babilônico, ele ungiu o Rei Ciro da Pérsia para realizar seus desígnios; e ele era um pagão que não tinha conhecimento de Deus; Gamaliel um membro do Sinédrio (Atos 5) não era cristão mas saiu em defesa dos apóstolos que haviam sido presos. Quando Deus quer fazer algo em uma nação, Ele faz – quando não realiza pelo amor o faz pela dor como fez a Faraó do Egito quando foi para libertar seu povo Israel.

Alguns defendem a política como um meio necessário, para o cristão defender os interesses do povo de Deus; apontam o fato de Daniel e seus companheiros ocuparem altos cargos políticos na Babilônia, todavia esse é um argumento fragilizado, pois eles chegaram lá por uma providência divina e de forma forçada, e não através de meios semelhantes aos praticados pela política partidária suja e imoral como a que se vê, com mentiras, traições, roubos, e outros tipos de falcatruas.

Caro irmão, tire as máscaras e revele sua real intenção na política, pois Deus não o chamou para ser trevas não, mas para resplandecer como luzeiro em meio a este mundo tenebroso!

Ao deixar transparecer minha indignação em face a corrupção presenciada no meio político, principalmente no que concerne aos cristãos, talvez tenha despertado os ânimos de alguém; mas peço que antes de julgar-me, faça uma introspecção e uma avaliação da sua vida pregressa como político confrontando seus atos com os princípios bíblicos; veja se você pode dizer para Deus o mesmo que Jó: "pese-me em balança fiel..." Se sua consciência não está cauterizada e nada o acusa, pode dizer o que quiser ao meu respeito que aceitarei a crítica com humildade.  

Aceite meu conselho: saia dessa barca furada porque o naufrágio é certo! 

Edes d.de Oliveira


10.06.2013

domingo, 11 de setembro de 2011

A TARDE DA VITÓRIA

A Igreja evangélica Assembléia de Deus Ministério de Madureira, Campo de Dianópolis; em Ponte Alta do Bom Jesus, Estado do Tocantins, liderada pelo Presbítero Edson Mendes de Souza, deu inicio neste sábado (10 de setembro de 2011), o trabalho evangelístico e de libertação de almas, denominado de “TARDE DA VITÓRIA”; que tem como objetivos principais: Promover a confraternização entre irmãos, o avivamento espiritual, e a busca da providencia divina para a solução dos problemas.
 Os trabalhos estarão sob a liderança da irmã Marineide P. de Oliveira (Na foto a 6ª da esquerda para a direita). A qual com muito amor e entusiasmo, abraçou esta nobre causa; pois segundo ela, há algum tempo Deus vinha despertando-a para este trabalho. Fazem parte da liderança: Diaconizas: Rita Lopes de Albuquerque, Miranda Torres, Amélia Pereira Xavier e as irmãs: Joaquina Rodrigues dos Santos, Osmarina Costa e Jocenilia Lopes Santos.   
O culto de abertura ocorreu no templo local, sito à Rua 15 de Novembro, no Centro da cidade, e foi marcado pela presença do Espírito Santo que através dos louvores e pregações, falou profundamente aos corações dos participantes. Foi convidado para ministrar a Palavra de Deus o Pastor Naldo, líder da Igreja Evangélica SIADSETA nesta cidade, que com poder falou da necessidade do servo de Deus se esvaziar do pecado, para então receber de Deus a vitória.
O próximo evento está marcado para o próximo dia 24 e contamos com a sua presença!
P. A. B. JESUS – TO. 11/09/11 
Nas próximas horas você poderá assistir os vídeos que foram gravados no evento, logo à direita das postagens.

sábado, 25 de setembro de 2010

CURANDO RESSENTIMENTOS E MÁGOAS ATRAVÉS DO PERDÃO

No decorrer de nossa trajetória terrena estamos sujeitos a sofrer de várias doenças, dentre as quais em sua maioria pode ser curada através do uso de remédios, cirurgias, e outras formas de tratamentos. Contudo, algumas doenças são de origem psicossomática e precisam de um tratamento diferenciado por especialistas na área comportamental, pela obtenção do perdão dos pecados cometidos, e as vezes pela liberação do perdão a alguém que o tenha ofendido; pois, suas origens estão na alma, provenientes de algum problema psicológico ou espiritual causados por ressentimentos, mágoas, ódios, etc.

Uma pessoa que foi vítima de injustiças, calúnias e injúrias, se não perdoar a quem o ofendeu, do fundo do coração, pode com o decorrer do tempo ter problemas difíceis de serem diagnosticados pela medicina tradicional, pois segundo alguns entendidos, uma pessoa pode ter aversão à outra pessoa de tal forma, que ao vê-la ou ouvir sua voz, pode no mesmo instante sentir dores de estomago por exemplo.

Além dos problemas comportamentais e físicos, a falta do perdão nos leva a complicações muito maiores, que são as de origem espiritual, as quais podem comprometer seriamente a nossa salvação. Segundo Jesus Cristo, o nosso perdão por parte de Deus está condicionado a nossa predisposição para liberar o perdão àqueles que nos ofendem. Certa ocasião, para ensinar sobre o nosso dever de perdoar aqueles que nos ofende, Ele propôs uma parábola: “Por isso o reino dos céus pode comparar-se a certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; e, não tendo ele com que pagar.... Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves... Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.” Mat. 18:23-35.

Em primeiro lugar analisemos a situação desses dois devedores e que tipos de tratamento receberam dos seus credores: O primeiro devedor era servo de um Rei que resolveu acertar contas com ele, que depois de fazer um balanço de tudo que o servo lhe devia, concluiu que por ser a dívida tão grande (Se fosse hoje esse servo estaria devendo cerca de 126 mil kg de prata) se tornara impagável para um trabalhador que recebia por dia de serviços prestados apenas o equivalente a 0,04 gramas, por isso o Rei resolveu vendê-lo com toda a sua família e bens, para que o débito fosse saldado. Ao saber da medida tomada pelo seu Senhor, aquele servo prostou-se aos seus pés com rogos e insistia que lhes fosse generoso para com ele, e desse mais um tempo para o pagamento da dívida.

Aquele Rei sabedor da impossibilidade daquele servo diante duma dívida tão grande se compadeceu do mesmo e resolveu perdoá-lo por tudo o que lhe devia.

Certo dia, aquele servo que havia recebido o perdão de uma dívida tão vultosa, viu um amigo, quem sabe, um companheiro de trabalho, que lhe devia apenas o equivalente a 0,400gr de prata ou pouco mais de três meses de serviços, e ao encontrá-lo pegou no colarinho da sua camisa e sufocava-o dizendo: pagas o que me deves – mas o seu conservo implorando dizia: Seja um pouco generoso para comigo... Dei-me mais um pouquinho de tempo enquanto procuro um emprego para poder lhe pagar! – Mas impiedosamente aquele homem não atendeu os seus rogos e levando-o a justiça o colocou na prisão.

Os conhecidos daqueles dois homens e de tudo que lhes haviam acontecido; se indignaram com ele, por tratar o seu semelhante com tanta impiedade, mesmo tendo ouvido o clamor por misericórdia. Imediatamente fizeram uma comitiva e relataram ao Rei tudo o que havia ocorrido. Pelo que se indignou muito com a atitude daquele servo, e tendo mandado buscá-lo o repreendeu pela forma desumana com a qual tratou seu semelhante e como agiu de maneira ingrata, ao condenar um amigo por uma pequena dívida sem levar em consideração à enorme que lhes havia sido perdoada. E por isso, porque não teve compaixão do seu companheiro assim como o Rei o teve dele, sua dívida foi ativada e ele entregue a justiça para que não saísse da prisão enquanto a dívida não fosse totalmente paga.

Caro irmão, falo com você que conhece a palavra de Deus, pois é você e eu, o servo do Rei (Deus) que possuía uma dívida impagável, ao ponto de estar condenado a viver nas prisões eternas, mas Deus pela sua infinita misericórdia e graça, enviou seu Filho Jesus para pagá-la. Agora estamos livres para nos encontrarmos com nossos devedores e decidirmos o que fazer com eles. Perdoá-los como Deus fez conosco ou condená-los como fez o impiedoso servo. Sabendo, portanto, que se optar para fazê-los o mesmo que Deus fez a nós, continuaremos perdoados e livres da condenação. Pelo contrário se formos ingratos e impiedosos, Deus fará com que a dívida que tínhamos para com Ele seja reaberta e automaticamente cobrada no dia do juízo.

Assim como o homem da parábola foi entregue aos seus atormentadores para que sua dívida fosse paga, simplesmente porque não perdoou a quem lhe devia, acontecerá o mesmo com os cristãos impiedosos que não sabem perdoar. No próprio texto Jesus afirma: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.

Na única oração ensinada pelo Mestre Jesus, Ele diz: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” Mat. 6:12. Com este ensinamento Jesus é bastante claro ao afirmar que o perdão divino está condicionado ao perdão liberado por nós aos nossos semelhantes. Pois como você quer se livrar de uma grande dívida se não quer perdoar uma pequena quantia contraída pelo seu companheiro?

QUEM PODE PERDOAR PECADOS?

Às vezes as pessoas por faltar conhecimento sobre o “perdão” falam que não perdoam ninguém, porque quem pode perdoar é somente Deus. Por um lado quem faz essa afirmação está perfeitamente de acordo com os religiosos do tempo de Jesus que certa vez disseram: “Quem pode perdoar pecados, senão só Deus?” Lc. 5:21b Por outro lado mostram desconhecimento, pois precisamos discernir o que a Bíblia fala com respeito o perdão de Deus e o perdão concedido por nós.

Precisamos saber o seguinte: Deus nos perdoa as ofensas que cometemos contra Ele apenas, e não a ofensa que alguém comete contra nós. Quem deve perdoar a ofensa que o irmão cometeu contra mim sou eu, porque ele a cometeu em primeiro lugar foi contra mim. Agora depois que eu perdoá-lo é que ele deve se dirigir a Deus para também concedê-lo o perdão, pois toda ofensa cometida a uma pessoa de certa forma ofende também a Deus.

Para melhor entender: Se peco contra Deus é Ele que pode me perdoar. Se peco contra um irmão é o irmão ofendido que pode perdoar-me.

A questão do perdão é algo sério, pois não se trata apenas de um direito, mas de um dever. Todo cristão conhecedor da palavra de Deus e deseja estar em paz com Deus, sabe que o perdão é algo necessário e deve ser liberado todas as vezes que alguém arrependido vier nos pedir.

Uma das coisas mais importantes sobre o perdão é que ele só pode ser liberado por aqueles que nasceram de Cristo. O homem natural se desculpa e aguarda uma oportunidade que possa se sentir vingado, mas os filhos de Deus perdoam e lançam no mar do esquecimento e não se vã gloriam quando o seu ofensor cai numa desventura.

O PERDÃO SOB A PERSPECTIVA DIVINA

Você já foi ofendido por alguém? Você já o perdoou? Caso positivo, qual foi o seu sentimento após o perdão e o que você se sente ao lembrar-se do fato?

É normal todo ser humano receber ofensas do seu próximo, principalmente aqueles que querem viver piamente segundo as leis de divinas, e às vezes Deus permite que isso aconteça para testar a nossa fé que professamos nele – um teste que avalia não apenas a nossa reação imediata, mas também a nossa disposição em conceder o perdão.

Em resposta a segunda pergunta você pode afirmar que todas as pessoas que lhe ofendeu você já o perdoou. Entretanto, não se pode confirmar se houve na verdade um perdão, e se na verdade ele foi aceito por Deus se não abalizarmos alguns detalhes, como se segue: O perdão verdadeiro deve ser incondicional, ou seja, se alguém lhe ofendeu e arrependido veio implorar o seu perdão, você não deve impor-lhe uma série de condições para que você possa perdoá-la. Jesus ao perdoar o pecador não lançou em rosto todos os nossos pecados e ingratidões, pois sabia muito bem que quando alguém se arrepende e perde perdão é por que reconheceu que errou.

Outro ponto importante – não há perdão de verdade quando não se abre mão de algum interesse próprio ou mesmo de um ponto de vista em prol da reconciliação. Existe uma ilustração bastante conhecida sobre essa questão: Conta-se que certo irmão em suas andanças se deparou com uma cobra coral, e a matou. Mostrou-a para o seu companheiro que disse – esta é uma Coral! O outro retrucou – é uma cobra! Os dois ficaram naquela disputa sem fim que foram se deparar na reunião ministerial. Lá foi dada a oportunidade para ambos expor suas contestações para que o pastor pudesse dar uma saída para o problema. Depois de ambos contarem seus pontos de vista o pastor os convocou para se perdoarem mutuamente. Um deles a fim de perdoar o irmão disse tudo bem seja da maneira que o irmão está afirmando. – É eu o perdoou, mas continuo afirmando que o bicho que ele matou é uma Coral mesmo! ... Esta pequena ilustração nos faz lembrar muitos casos de irmãos que só perdoa o infrator se ele ceder aos seus caprichos... Isso não é perdão! Jesus ao atender o apelo do ladrão que humildemente lhe pediu um lugar no céu poderia ter-lhe dito: Não vou lhe perdoar porque você só está querendo um lugar no céu porque está aqui quase na hora da morte! Porque você não se lembrou do céu enquanto estava livre e tinha me ouvido pregar sobre o arrependimento?

Outra questão séria sobre o que acontece a muitos irmãos que dizem ter perdoado é que não conseguem se esquecer da ocorrência da ofensa. Olha se eu perdoei alguém, mas fico alimentando aquela lembrança de que eu fui ofendido por aquela pessoa, não posso afirmar que houve o perdão verdadeiro. Pois o fato de estarmos sempre lembrando alimenta o nosso desejo de vingança, e a vingança só pertence a Deus. Quem perdoa faz como Jesus – Passa uma borracha no passado (II Co. 5:17) e começa uma vida nova. Tem provérbio popular que afirma: “Lembrar do passado é sofrer duas vezes”.

O perdão é a condição indispensável para quem quer ser perdoado por Deus, e é um ato de grandeza moral e humildade espiritual.

P. A. B. J. TO. 25.09.10

sábado, 11 de setembro de 2010

O CRISTÃO E OS DIVERSOS TIPOS DE RELACIONAMENTOS

O que é relacionamento? Podemos afirmar que relacionar é o mesmo que comunicar, como aconteceu com nossos primeiros pais e o seu Criador. Contudo, relacionamentos não se dão apenas entre Deus e os seres humanos, e de humanos entre si; mas também, com seres humanos e demais seres existentes em nosso planeta.

De acordo com os escritos sagrados, Deus, ao criar o primeiro casal, o fez com um coração bom e reto, que o possibilitava obter elacionamentos sadios, tanto com sua espécie como com a natureza que o cercava. Contudo, a queda maculou a natureza humana de tal forma que desde a sua infância o homem carrega em seu coração boa dose de maldade; o suficiente para produzir no ser humano um espírito destruidor.

Concernente ao relacionamento do homem com o planeta, pode se afirmar, que se não fosse o pecado ter entrado no mundo, estaríamos vivendo num verdadeiro paraíso. Mas, a maldade tomou conta do mundo trazendo conseqüências desastrosas à natureza. Sabe-se hoje através de estudos científicos que o buraco existente na camada de ozônio vem crescendo gradativamente à medida que gases tóxicos provocados pelos veículos, indústrias e queimadas criminosas de nossas matas acontecem, e isso vem aumentando a temperatura e conseqüentemente provocando desastres ecológicos de grandes proporções e que os raios ultravioletas que estão deixando de ser filtrados, provocam cânceres de peles nas pessoas; a escassez de água potável aumenta à medida que matas ciliares estão sendo destruídas, e águas advindas de poços artesianos são usadas indiscriminadamente; e que a contaminação do solo e das águas vem a cada dia provocando sérios prejuízos à flora e a fauna do nosso planeta. Contudo, os problemas não param por aí, a cada dia o ar que respiramos recebe uma dose maior de produtos químicos prejudiciais a nossa saúde; de outra forma, produtos radiativos que provocam doenças são emitidos no espaço através de equipamentos eletrônicos como, por exemplo, os celulares, um dos produtos mais populares do momento. E para quem mora nas grandes metrópoles, além da poluição visual causada pela fumaça dos automóveis existe também a poluição sonora provocada pelo barulho dos motores dos aviões, carros e indústrias e outros tipos de emissores de som.

Diante de uma situação tão crítica pela qual vivencia o mundo, não podemos negar que de acordo com a lei da sobrevivência, não teríamos como evitar muitos desses problemas, já que o pecado trouxe a necessidade de sempre aniquilar um ser para garantir a sobrevivência de outro. Entretanto, é certo, que se os homens tomassem consciência desta real situação e tomassem medidas cautelosas de preservação, o mundo estaria bem melhor.

Existem espalhadas pelo mundo afora, ONGs empenhadas na questão da preservação do meio ambiente, bem como, órgãos do governo que trabalham para evitar o uso desordenado dos recursos naturais, mas sabemos - somente essas entidades não podem fazer quase nada; apenas conscientizam a população e fazem algumas repressões, o que apenas amenizam de maneira superficial os problemas existentes e previnem pequena parte deles.

Ao meditar sobre a situação presente enfrentada pelo mundo e sobre o que poderá acontecer em um futuro próximo, nós, os cristãos deveríamos mostrar para o mundo que somos luz para o mundo; empenhando-nos no sentido de sermos exemplo nas questões referente à preservação do meio ambiente. Algo que não deve ser motivado apenas pelas filosofias humanas pregadas por esses movimentos que levantam a bandeira da ecologia, mas principalmente pelo conhecimento que temos da palavra de Deus, a qual nos ensina a lei da vida e não da morte; que nos exorta a sermos bons administradores dos talentos que Deus nos confiou; que nos ensina também amarmos a nós e ao nosso próximo com a mesma intensidade.

Ao pensarmos assim, automaticamente vamos utilizar as coisas que estão ao nosso dispor de maneira que atenda as nossas necessidades e fique alguma reserva para a nossa posteridade.

RELACIONANDO COM NOSSO SEMELHANTE

Relacionar com o ser humano é o segundo mais importante, quando se trata de relacionamento interpessoal, mas, podemos afirmar que dentre os relacionamentos esse é o mais difícil. Mas, não se deve valer dessa dificuldade como pretexto para nos sentirmos desobrigados dessa necessidade; principalmente quando tentamos seguir os princípios bíblicos.

Em nossa convivência diária nos deparamos com pessoas portadoras de vários tipos de necessidades, como por exemplo: Necessidades físicas, emocionais, espirituais, afetivas, econômicas, etc. E todas elas necessitam de algum tipo de ajuda, mesmo que seja uma palavra de aconselhamento, um abraço, um pão para se alimentar, um simples cumprimento, um aperto de mão, um gesto de carinho, etc.

Mesmo sabendo da carência do nosso semelhante e da insignificante parcela de ajuda que podemos dispensá-lo, muitos preferem fazer vistas grossas e ouvidos de mercador para não socorrer tais pessoas. Alguns até imaginam que as questões relacionadas à assistência social, é dever apenas do Estado, e esquecem que antes do Estado ter essa obrigação, o cristão já teria sido incumbido dessa responsabilidade.

Como cidadão do céu e do país do qual fazemos parte, precisamos em primeiro lugar cumprir com nossos deveres impostos pelas leis terrenas e principalmente daqueles recomendados por Deus em sua palavra, para então podermos reivindicar nossos direitos como cidadãos.

NOSSOS DIREITOS COMO CIDADÃOS

Como cidadãos conhecedores dos nossos direitos e deveres terrenos e celestiais, devemos nos empenhar o máximo para que sirvamos de paradigma para os nossos contemporâneos.

Como cidadãos de um país onde há liberdade de expressão do pensamento, da livre escolha de religião, etc. Precisamos saber até a onde o nosso direito é garantido, para evitar entremos em conflito com as leis, e automaticamente sofrer suas penalidades.

Dentre esses direitos podemos fazer parte de movimentos sociais, associações e outras entidades como as ONGs; mas em nenhum desses movimentos que porventura venhamos fazer parte, devemos perder a nossa identidade cristã. Nossas ações devem ser moldadas pela Bíblia sagrada que é o nosso verdadeiro manual de conduta e fé cristã.

P. A. B. J. TO. 11/10/10

sábado, 28 de agosto de 2010

JESUS, SEU MINISTÉRIO E VIDA SOCIAL

Podemos comparar a vinda de Jesus a este mundo, a um pescador que foi ao rio pescar peixes. Com base nesta comparação, pergunto: Quais são as exigências necessárias para que o pescador possa ser bem sucedido em sua pescaria? Talvez você entenda bastante sobre esse assunto, mas quero destacar alguns pontos importantes. Além de bons equipamentos, o pescador precisa ter iscas apropriadas para os vários tipos de peixes; ter a habilidade para manusear iscas e equipamentos; saber os locais onde os peixes mais se concentram e principalmente ter a perícia de se aproximar deles de maneira que não os espante.

Como bom pescador de almas Jesus, com sua inigualável sabedoria procurou se infiltrar justamente onde havia maiores concentrações de pessoas, com a finalidade de buscá-las para o seu reino. Por isso vemos em sua biografia escrita pelos quatro Evangelistas, registros de sua presença nos eventos de maior magnitude, como festa da Páscoa (Jo. 2:23), festa dos pães ázimos (Mt.26:17), festa de casamento em Caná da Galiléia (Jo. 2:11), banquetes em casas de publicanos e pecadores como o que aconteceu na casa de Levi (Lc.5:29).

Nesses eventos o Mestre encontrava uma boa oportunidade para anunciar a boa notícia de salvação, pois o número de pessoas alcançadas por sua mensagem era significativamente maior que quaisquer outras disponíveis naqueles tempos. Sabemos que exceto as reuniões sociais, Jesus com sua pregação e milagres conseguia reunir grandes multidões a sua volta, mas, como em todas as sociedades existiam aqueles que não O seguia; quem sabe pela sua posição social ou por ocupar um cargo político e até mesmo religioso; fora necessário que Ele fosse até essas pessoas, que não deixavam de marcar presença nessas reuniões.

Em todas essas visitas a esses eventos Jesus tinha sempre um objetivo principal em mente – a divulgação do Evangelho. E, ao contrário do que muitos imaginam, nunca fez essas visitas apenas com o objetivo de se deliciar das bebidas e iguarias que se ofereciam nesses locais.

Ao se infiltrar nas grandes reuniões sociais do seu tempo Jesus estaria nos legando um exemplo maravilhoso de que o povo de Deus deve não apenas fazer parte da sociedade como um indivíduo isolado dentro das quatro paredes da sua congregação. Pois como homens e mulheres de Deus devem achar nesses acontecimentos uma boa ocasião para testemunhar de Jesus. Observe que Jesus não ia apenas para ouvir, mas principalmente para falar, como assim escreveu o Apóstolo João (7:37: “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”.

A LUZ E AS TREVAS

Em seu ministério terreno Jesus fez questão de se tornar um homem público (A partir dos 30 anos de idade), contatando-se com pessoas de todas as classes sociais e níveis culturais; dos mais pobres e ignorantes aos mais nobres e cultos, pois tinha consciência de suas reais necessidades espirituais. Ele era a Luz que precisa brilhar no meio de um povo que vivia em densas trevas, como Ele próprio disse: “...Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”Jo. 8:12. A luz foi feita para brilhar por isso Jesus fez resplandecer a sua luz neste mundo de trevas e deseja que todos nós brilhemos por onde andarmos; por isso, disse Ele: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” Mat. 5:14-16.

Veja que nas palavras do Mestre, transcritas logo acima Ele deixou bastante claro sobre a necessidade de fazermos com que a nossa luz brilhe neste mundo; ou seja, por onde quer que possamos andar. Seja numa festa de casamento, numa reunião política, ou em qualquer evento social; precisamos mostrar que somos diferentes. Pois quem sabe a sua presença naquele local foi planejada por Jesus, para que o seu nome fosse manifestado e glorificado. Se você foi convidado para fazer parte daquele grupo social, é porque alguém que é trevas precisa da luz que você irradia. Porque digo isso? Porque dificilmente alguém convida um cristão verdadeiro para suas reuniões; pois geralmente eles convidam aquelas pessoas que falam a mesma língua, que bebem da mesma bebida, que comem da comida, etc.

Portanto, não tenha a sua posição no reino de Deus como um obstáculo para recusar fazer parte da sociedade, pelo contrário, use desta prerrogativa para fazer com que as pessoas vejam a luz de Cristo refletir em sua vida.



P. A. B. J. TO. 28/08/10

sábado, 21 de agosto de 2010

O CRISTÃO E A PRATICA DO AMOR FRATERNAL

o tema acima possui duas palavras de grande impacto: A primeira é o vocábulo “cristão”, e a segunda “amor”. A primeira possui grande peso por significar uma pessoa seguidora de Cristo, e a segunda, por ser um sentimento indispensável na vida dos filhos de Deus. Na lição desta semana temos o estudo da prática do amor fraternal que é o amor entre os irmãos.

Para nosso comentário de hoje, vamos refletir em primeiro lugar sobre o que é ser cristão. Os discípulos de Cristo foram chamados de cristãos pela primeira vez na cidade de Antioquia, como assim descreveu Lucas: “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” At. 11:26. Esse codinome nasceu na infância da Igreja e perdurou até agora, no entanto, vemo-lo perdendo espaço para o termo “evangélico”, que pouco significa para o contexto espiritual, já que qualquer pessoa pode se intitular evangélica, basta dizer que pertence a uma determinada denominação religiosa que fala da pessoa de Cristo Jesus. Porém, para intitularmos alguém de cristão precisamos saber se essa pessoa é alguém que professa o nome de Cristo como seu Mestre, Senhor, e único Salvador de sua vida; ou se ela carrega esse título apenas para obter algum benefício por parte do seu semelhante. Existem também aquelas seitas heréticas que se intitulam de cristãs, mas, ao mesmo tempo em que ensinam que Cristo é o seu modelo de vida, e a pessoa que se deve prestar adoração; apresentam outros deuses como mediadores e segundo eles, merecedores de adoração ou “veneração” como estrategicamente instruem a seus adeptos. Esses são cristãos a quem podemos denominá-los de “cristãos pagãos”.

O cristão do qual nosso tema se dedica é o verdadeiro seguidor de Cristo – aquele que Nele crê; dedica sua vida; e O tem como único Senhor e salvador; e o único mediador junto a Deus. É para esse cristão que a Bíblia está saturada de ensinamentos sobre o amor. O Apóstolo Paulo ao escrever aos cristãos de Roma disse: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” Rom. 12:10. Observe que ao usar o termo “cordialmente” ele está dizendo que devemos amar nossos irmãos de forma calorosa e sincera. – Nada de superficialismo ou que tenha alguma motivação egoísta, mas um sentimento que vem do âmago, e que nossas palavras de carinho e afeto sejam a clara expressão do nosso sentimento de amor fraternal.

ENTENDENDO O VERDADEIRO AMOR

A linguagem bíblica em sua maioria tem origem na língua grega. Por isso, para entendermos o amor em sua essência, precisamos interpretá-lo pelo menos sob os três principais aspectos mais importantes; assim saberemos se o sentimento de afeto que temos por alguém é teologicamente correto ou não.

Conforme o Dicionário Teológico Escrito pelo Pr, Claudionor Correia de Andrade (Ed. CPAD), são três as palavras usadas na língua grega para expressar o amor: “1) Ágape, amor divino; 2) Philis, amor entre amigos, sem nenhuma conotação sexual; e, 3) Eros, amor entre os cônjuges.”

O que nos interessa no momento é falarmos sobre o “Àgape” e o “Philís”. O primeiro, expressa o amor na sua essência, que é o amor que Deus tem demonstrado por suas criaturas no decorrer da história. E um amor que segundo o Apóstolo João, não temos condições de descrevê-lo; quando escreveu: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo. 3:16. Da expressão de “tal maneira” nos leva a entender o quanto Deus nos ama, mas que somente em palavras não conseguiria descrevê-lo. E para demonstrar a magnitude desse amor, entregou à morte o seu próprio Filho para nos resgatar.

Ao meditarmos sobre o que Deus fizera ao entregar seu Filho pela humanidade perdida e má, concluímos que por mais que os cristãos amem o seu semelhante, e por mais afinidade que ele tenha com Deus, jamais ele pode demonstrar o amor da forma que foi expressa por Deus. Pois o amor de Deus é incondicional e é demonstrado até mesmo em favor daqueles que são considerados seus inimigos. Quando Jesus foi preso, julgado, condenado e crucificado; lá na cruz disse: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” Lc. 23:34

Do vocábulo “Philis”, derivou-se a palavra filantropia, que significa beneficência, caridade, etc., um tipo de amor que o cristão deve demonstrar no dia a dia com o seu semelhante. Um amor diferente do amor pregado e demonstrado por aqueles que não conhecem a Deus. O ímpio de modo geral ama de forma condicional, ou seja, ama quem o ama, quem o presenteia, quem o favorece em algo de interesse pessoal, etc. Jesus, no entanto, ensinou a seus discípulos a amarem as pessoas da mesma forma que Ele amou o mundo perdido, a ponto de amar aqueles que procuravam a sua própria morte. Segundo a versão apresentada pelo biógrafo Lucas Jesus ensinou aos seus discípulos acerca do amor com as seguintes palavras: “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus” Lc. 6:31-35.

Com esse ensinamento Jesus deixou bastante claro acerca do verdadeiro amor fraternal, que não é originado de coisas exteriores e do próprio coração e natureza humana, mas do amor de Deus que passa a existir no coração daqueles que são seguidores de Cristo. Um amor que não depende de favores ou de ser amado primeiro para poder amar, mas, que ama primeiro de ser amado; pois assim foi o que Deus fez, nos amou antes mesmo que nós o conhecêssemos.

O cristão é o reflexo de Cristo, ou seja, ele precisa reproduzir na prática no dia a dia, aquilo que foi ensinado e vivido pelo próprio Cristo, caso contrário o mundo não o verá como um cristão verdadeiro. O próprio Jesus afirmou: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” Jo. 13:35. O amor que devemos ter pelo nosso semelhante, deve ser mais intenso quando se trata do relacionamento com nossos irmãos espirituais, que são aqueles que professam a mesma fé em Cristo Jesus. O mundo precisa ver a união entre os cristãos, para então reconhecê-los como verdadeiros servos de Deus e seguidores do Mestre Jesus. Mas, para minha e sua meditação deixo a seguinte pergunta: Temos demonstrado verdadeiro amor de Deus para com nossos irmãos? Ou será se temos colocado a nossa frente uma série de condições como barreiras que estão impedindo o fluir desse amor?! O apóstolo fala do verdadeiro amor de uma forma sábia quando escreve: “AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. - O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá...” I Co. 13:1-8.

Que Deus possa derramar do seu amor em nossos corações de tal forma que não venhamos encontrar barreiras para amarmos nosso semelhante, principalmente aqueles que professam conosco da mesma fé em Cristo Jesus.

P. A. B. J. TO. 21/08/10

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