sábado, 28 de agosto de 2010

JESUS, SEU MINISTÉRIO E VIDA SOCIAL

Podemos comparar a vinda de Jesus a este mundo, a um pescador que foi ao rio pescar peixes. Com base nesta comparação, pergunto: Quais são as exigências necessárias para que o pescador possa ser bem sucedido em sua pescaria? Talvez você entenda bastante sobre esse assunto, mas quero destacar alguns pontos importantes. Além de bons equipamentos, o pescador precisa ter iscas apropriadas para os vários tipos de peixes; ter a habilidade para manusear iscas e equipamentos; saber os locais onde os peixes mais se concentram e principalmente ter a perícia de se aproximar deles de maneira que não os espante.

Como bom pescador de almas Jesus, com sua inigualável sabedoria procurou se infiltrar justamente onde havia maiores concentrações de pessoas, com a finalidade de buscá-las para o seu reino. Por isso vemos em sua biografia escrita pelos quatro Evangelistas, registros de sua presença nos eventos de maior magnitude, como festa da Páscoa (Jo. 2:23), festa dos pães ázimos (Mt.26:17), festa de casamento em Caná da Galiléia (Jo. 2:11), banquetes em casas de publicanos e pecadores como o que aconteceu na casa de Levi (Lc.5:29).

Nesses eventos o Mestre encontrava uma boa oportunidade para anunciar a boa notícia de salvação, pois o número de pessoas alcançadas por sua mensagem era significativamente maior que quaisquer outras disponíveis naqueles tempos. Sabemos que exceto as reuniões sociais, Jesus com sua pregação e milagres conseguia reunir grandes multidões a sua volta, mas, como em todas as sociedades existiam aqueles que não O seguia; quem sabe pela sua posição social ou por ocupar um cargo político e até mesmo religioso; fora necessário que Ele fosse até essas pessoas, que não deixavam de marcar presença nessas reuniões.

Em todas essas visitas a esses eventos Jesus tinha sempre um objetivo principal em mente – a divulgação do Evangelho. E, ao contrário do que muitos imaginam, nunca fez essas visitas apenas com o objetivo de se deliciar das bebidas e iguarias que se ofereciam nesses locais.

Ao se infiltrar nas grandes reuniões sociais do seu tempo Jesus estaria nos legando um exemplo maravilhoso de que o povo de Deus deve não apenas fazer parte da sociedade como um indivíduo isolado dentro das quatro paredes da sua congregação. Pois como homens e mulheres de Deus devem achar nesses acontecimentos uma boa ocasião para testemunhar de Jesus. Observe que Jesus não ia apenas para ouvir, mas principalmente para falar, como assim escreveu o Apóstolo João (7:37: “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”.

A LUZ E AS TREVAS

Em seu ministério terreno Jesus fez questão de se tornar um homem público (A partir dos 30 anos de idade), contatando-se com pessoas de todas as classes sociais e níveis culturais; dos mais pobres e ignorantes aos mais nobres e cultos, pois tinha consciência de suas reais necessidades espirituais. Ele era a Luz que precisa brilhar no meio de um povo que vivia em densas trevas, como Ele próprio disse: “...Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”Jo. 8:12. A luz foi feita para brilhar por isso Jesus fez resplandecer a sua luz neste mundo de trevas e deseja que todos nós brilhemos por onde andarmos; por isso, disse Ele: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” Mat. 5:14-16.

Veja que nas palavras do Mestre, transcritas logo acima Ele deixou bastante claro sobre a necessidade de fazermos com que a nossa luz brilhe neste mundo; ou seja, por onde quer que possamos andar. Seja numa festa de casamento, numa reunião política, ou em qualquer evento social; precisamos mostrar que somos diferentes. Pois quem sabe a sua presença naquele local foi planejada por Jesus, para que o seu nome fosse manifestado e glorificado. Se você foi convidado para fazer parte daquele grupo social, é porque alguém que é trevas precisa da luz que você irradia. Porque digo isso? Porque dificilmente alguém convida um cristão verdadeiro para suas reuniões; pois geralmente eles convidam aquelas pessoas que falam a mesma língua, que bebem da mesma bebida, que comem da comida, etc.

Portanto, não tenha a sua posição no reino de Deus como um obstáculo para recusar fazer parte da sociedade, pelo contrário, use desta prerrogativa para fazer com que as pessoas vejam a luz de Cristo refletir em sua vida.



P. A. B. J. TO. 28/08/10

sábado, 21 de agosto de 2010

O CRISTÃO E A PRATICA DO AMOR FRATERNAL

o tema acima possui duas palavras de grande impacto: A primeira é o vocábulo “cristão”, e a segunda “amor”. A primeira possui grande peso por significar uma pessoa seguidora de Cristo, e a segunda, por ser um sentimento indispensável na vida dos filhos de Deus. Na lição desta semana temos o estudo da prática do amor fraternal que é o amor entre os irmãos.

Para nosso comentário de hoje, vamos refletir em primeiro lugar sobre o que é ser cristão. Os discípulos de Cristo foram chamados de cristãos pela primeira vez na cidade de Antioquia, como assim descreveu Lucas: “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” At. 11:26. Esse codinome nasceu na infância da Igreja e perdurou até agora, no entanto, vemo-lo perdendo espaço para o termo “evangélico”, que pouco significa para o contexto espiritual, já que qualquer pessoa pode se intitular evangélica, basta dizer que pertence a uma determinada denominação religiosa que fala da pessoa de Cristo Jesus. Porém, para intitularmos alguém de cristão precisamos saber se essa pessoa é alguém que professa o nome de Cristo como seu Mestre, Senhor, e único Salvador de sua vida; ou se ela carrega esse título apenas para obter algum benefício por parte do seu semelhante. Existem também aquelas seitas heréticas que se intitulam de cristãs, mas, ao mesmo tempo em que ensinam que Cristo é o seu modelo de vida, e a pessoa que se deve prestar adoração; apresentam outros deuses como mediadores e segundo eles, merecedores de adoração ou “veneração” como estrategicamente instruem a seus adeptos. Esses são cristãos a quem podemos denominá-los de “cristãos pagãos”.

O cristão do qual nosso tema se dedica é o verdadeiro seguidor de Cristo – aquele que Nele crê; dedica sua vida; e O tem como único Senhor e salvador; e o único mediador junto a Deus. É para esse cristão que a Bíblia está saturada de ensinamentos sobre o amor. O Apóstolo Paulo ao escrever aos cristãos de Roma disse: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” Rom. 12:10. Observe que ao usar o termo “cordialmente” ele está dizendo que devemos amar nossos irmãos de forma calorosa e sincera. – Nada de superficialismo ou que tenha alguma motivação egoísta, mas um sentimento que vem do âmago, e que nossas palavras de carinho e afeto sejam a clara expressão do nosso sentimento de amor fraternal.

ENTENDENDO O VERDADEIRO AMOR

A linguagem bíblica em sua maioria tem origem na língua grega. Por isso, para entendermos o amor em sua essência, precisamos interpretá-lo pelo menos sob os três principais aspectos mais importantes; assim saberemos se o sentimento de afeto que temos por alguém é teologicamente correto ou não.

Conforme o Dicionário Teológico Escrito pelo Pr, Claudionor Correia de Andrade (Ed. CPAD), são três as palavras usadas na língua grega para expressar o amor: “1) Ágape, amor divino; 2) Philis, amor entre amigos, sem nenhuma conotação sexual; e, 3) Eros, amor entre os cônjuges.”

O que nos interessa no momento é falarmos sobre o “Àgape” e o “Philís”. O primeiro, expressa o amor na sua essência, que é o amor que Deus tem demonstrado por suas criaturas no decorrer da história. E um amor que segundo o Apóstolo João, não temos condições de descrevê-lo; quando escreveu: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo. 3:16. Da expressão de “tal maneira” nos leva a entender o quanto Deus nos ama, mas que somente em palavras não conseguiria descrevê-lo. E para demonstrar a magnitude desse amor, entregou à morte o seu próprio Filho para nos resgatar.

Ao meditarmos sobre o que Deus fizera ao entregar seu Filho pela humanidade perdida e má, concluímos que por mais que os cristãos amem o seu semelhante, e por mais afinidade que ele tenha com Deus, jamais ele pode demonstrar o amor da forma que foi expressa por Deus. Pois o amor de Deus é incondicional e é demonstrado até mesmo em favor daqueles que são considerados seus inimigos. Quando Jesus foi preso, julgado, condenado e crucificado; lá na cruz disse: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” Lc. 23:34

Do vocábulo “Philis”, derivou-se a palavra filantropia, que significa beneficência, caridade, etc., um tipo de amor que o cristão deve demonstrar no dia a dia com o seu semelhante. Um amor diferente do amor pregado e demonstrado por aqueles que não conhecem a Deus. O ímpio de modo geral ama de forma condicional, ou seja, ama quem o ama, quem o presenteia, quem o favorece em algo de interesse pessoal, etc. Jesus, no entanto, ensinou a seus discípulos a amarem as pessoas da mesma forma que Ele amou o mundo perdido, a ponto de amar aqueles que procuravam a sua própria morte. Segundo a versão apresentada pelo biógrafo Lucas Jesus ensinou aos seus discípulos acerca do amor com as seguintes palavras: “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus” Lc. 6:31-35.

Com esse ensinamento Jesus deixou bastante claro acerca do verdadeiro amor fraternal, que não é originado de coisas exteriores e do próprio coração e natureza humana, mas do amor de Deus que passa a existir no coração daqueles que são seguidores de Cristo. Um amor que não depende de favores ou de ser amado primeiro para poder amar, mas, que ama primeiro de ser amado; pois assim foi o que Deus fez, nos amou antes mesmo que nós o conhecêssemos.

O cristão é o reflexo de Cristo, ou seja, ele precisa reproduzir na prática no dia a dia, aquilo que foi ensinado e vivido pelo próprio Cristo, caso contrário o mundo não o verá como um cristão verdadeiro. O próprio Jesus afirmou: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” Jo. 13:35. O amor que devemos ter pelo nosso semelhante, deve ser mais intenso quando se trata do relacionamento com nossos irmãos espirituais, que são aqueles que professam a mesma fé em Cristo Jesus. O mundo precisa ver a união entre os cristãos, para então reconhecê-los como verdadeiros servos de Deus e seguidores do Mestre Jesus. Mas, para minha e sua meditação deixo a seguinte pergunta: Temos demonstrado verdadeiro amor de Deus para com nossos irmãos? Ou será se temos colocado a nossa frente uma série de condições como barreiras que estão impedindo o fluir desse amor?! O apóstolo fala do verdadeiro amor de uma forma sábia quando escreve: “AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. - O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá...” I Co. 13:1-8.

Que Deus possa derramar do seu amor em nossos corações de tal forma que não venhamos encontrar barreiras para amarmos nosso semelhante, principalmente aqueles que professam conosco da mesma fé em Cristo Jesus.

P. A. B. J. TO. 21/08/10

sábado, 31 de julho de 2010

IGREJA – SEU PODER E DIMENSÃO RELACIONAL

Quando se refere ao termo “Igreja” não se deve de imediato, imaginar um templo - local de realizações de cultos e outros eventos de caráter espiritual realizados pelas pessoas que ali congregam. Pelo contrário, se deve ter em mente que se trata de um organismo vivo e espiritual; o corpo (místico) de Cristo; agência do reino de Deus que cuida dos negócios dEle na terra; uma assembléia de pessoas escolhidas e resgatadas do poder de satanás e do mundo para adorar o Criador; enfim, a assembléia dos salvos de todo o mundo e de todos os tempos. Dentro desse contexto, temos a Igreja militante (Conjunto de todos os cristãos professos pertencentes a todas as denominações cristãs) e a Igreja invisível ou universal que é o grupo dos salvos desde Abel até o último a ser salvo, que são escolhidos do meio da igreja militante. Por isso quando nos referimos a Igreja, devemos ter em mente, que por se tratar de uma instituição espiritual que tem como cabeça o próprio Jesus Cristo, é ela uma agencia do reino, e por isso possui o poder outorgado pelo Rei dos Reis e Senhor dos senhores - O onipotente, que tem sob seus pés todos os poderes humanos e espirituais.
Antes de retornar ao céu Jesus Cristo disse as seguintes palavras: “...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” Marcos 16:15-18. Com esta declaração e ordem, Jesus deixou claro aos seus discípulos que a nova instituição que acabara de formar não se tratava de um mero seguimento religioso que veio acrescentar a relação dos já existentes, mas um agencia do próprio reino de Deus que tinha como distintivo o poder emanado do próprio Cristo.
Diferentemente do farisaísmo e outros ismos do tempo de Jesus, a Igreja vem fazendo e sempre fará a diferença de outros seguimentos religiosos que não fazem parte do reino. Pois, enquanto tais religiões mantêm as pessoas presas as suas tradições e costumes, e conseqüentemente não tem o poder de livrá-las do jugo imposto pela maldade e caprichos do diabo; a Igreja, por possuir o poder emanado do próprio Filho de Deus vem fazendo, desde o seu nascimento, uma verdadeira diferença nas vidas das pessoas que aceitam a Cristo como seu Senhor e Salvador.
O poder da Igreja de Cristo como sal da terra (mat.5:13), por mais que não tenha encontrado espaço na vida da Igreja da maneira em que o Mestre deseja, contudo, tem realizado um efeito preservador muito grande. Você já imaginou o mundo sem o Evangelho de Cristo? Não existiria cristãos! E não havendo cristãos cada um teria sua conduta de acordo com a sua maneira de pensar e do desejo do seu coração e das insinuações do diabo. Se realmente não houvesse cristãos, como o governo não estaria sofrendo para acomodar os prisioneiros; e como a sociedade do lado de fora das cadeias estaria fazendo para ter uma vida normal? Mas graças a Deus que através do seu poder concedido a Igreja, muitos viciados tem sido libertos, muitos sentenciados tem sido livres da condenação e milhões de pessoas têm saída da marginalidade e se integrado à sociedade.
Não sei se por coincidência, hoje, mais ou menos pelo meio dia ao assistir um canal de TV, vi uma reportagem, na uma brasileira que trabalhava em uma loja, nos Estados Unidos (Se é que não estou enganado), teve a coragem de demonstrar o poder que possui a palavra de Deus; ao convencer o ladrão a desistir da idéia de roubá-la. Disse ela ao ladrão: “Jesus não aprovaria a sua atitude”.
Por outro lado, quando começamos a meditar na vida de muitos líderes religiosos espalhados pelo mundo ficamos realmente surpresos. Recentemente temos tele-presenciado os mais bárbaros escândalos envolvendo “religiosos”, que por não terem se integrado completamente a verdadeira Igreja de Cristo, cometem as maiores crueldades contra crianças e adolescentes. Outros, se envolvendo com crimes de todas as espécies como estelionatos, corrupções, homicídios, seqüestros, e toda espécie de maldade. Tais pessoas dizem ser religiosas, ou seja, possuem uma religião, mas não fazem parte da Igreja de Cristo. Pois a Igreja não é apenas um título, mas um povo poderoso para vencer o mal e influenciar positivamente o mundo em que vivemos.
A MÁ INTERPRETAÇÃO DO PODER DA IGREJA POR PARTE DE MUITOS LÍDERES
Nos dias atuais com a grande corrida por uma posição no âmbito político, muitos líderes da Igreja (militante) têm confundido o poder espiritual da Igreja com o poder temporal exercido pelos homens na política. Ao invés de ensinar o povo a obedecer e amar a Deus de maneira mais intensa envolve suas igrejas em campanhas políticas, resultando em divergências, confusões e discórdias no meio da congregação. O poder da Igreja de Cristo é para ser exercido contra a maldade humana e as obras do diabo, e isso através da oração, do testemunho pessoal e da pregação do Evangelho, e nunca, através dos artifícios da politicagem rasteira praticada até mesmo por aqueles que se dizem representar o povo de Deus no governo. Como cidadão cumpridor dos meus deveres cívicos, conhecedor dos direitos que a democracia me garante, e da palavra de Deus que é a resposta para todos os questionamentos; sei que não há nada de mal um cristão ocupar um cargo político. Porém, discordo por dois motivos: O primeiro é o fato da corrupção generalizada na política acabar por envolver o cristão, e isso não é apenas suposição; pois até agora, aqueles que têm se aproveitado dessa prerrogativa para se eleger (Pelo menos os que eu conheço) não tem demonstrado o testemunho de um verdadeiro servo de Deus. No lugar a onde deveria ser luz para dissipar as trevas, acaba por deixar as trevas ofuscar o pouco de luz que lhes resta.
O outro motivo é a força da filosofia maquiavélica que extingue a ética nas campanhas em busca do voto. Cristãos, que não tem o menor receio de mentir, de comprar votos em troca de favores, que burlam as leis para lhes favorecer, que traem amigos e colegas, que aproveitam da ingenuidade e miséria dos seus eleitores, etc. Tudo isso são artifícios que levam o cristão ao poder temporal (E sem eles é impossível se ganhar uma eleição), mas que tiram o seu poder espiritual. E dentre as duas coisas, penso que o cristão deveria escolher o poder espiritual outorgado por Cristo. Pois é impossível no estado de corrupção generalizada no qual vive nosso país se conciliar as duas coisas.
A IGREJA E O PODER RELACIONAL
Um dos maiores objetivos da Igreja na terra é promover a paz e a harmonia entre as pessoas. Primeiro, ela prega a Palavra, que se aceita, essa pessoa passa a ter paz com Deus, consigo mesma e conseqüentemente com ou outros. Conhecedores desta verdade o Cristão tem sobre seus ombros a grande responsabilidade de pregar o Evangelho, pois, por falta de maior conhececimento deste é que as pessoas vêm encontrando dificuldade em seus relacionamentos.

P.A.B.J-TO, 31.07.10

sábado, 24 de julho de 2010

O RELACIONAMENTO DE NORA E SOGRA SOB A PERSPECTIVA DA PALAVRA DE DEUS

 A lição bíblica desta semana aborda um tema que nos chama bastante atenção, por se tratar de assuntos relacionados ao relacionamento entre nora e sogra. E por falar em sogra, quem, algum dia, não ouviu uma piadinha sobre a mesma? Creio que você já viu e ouviu, não somente uma anedota, mas também, alguns falatórios que incluíssem alguns adjetivos indelicados, proferidos por algumas noras ou genros que tenham sido vítimas de más atitudes de suas sogras.

Porém, tem coisas que nem sempre são como aparentam ser. Pois, por mais que façam gracejos e falem mal das sogras, jamais podemos generalizar. É normal noras e genros em algum momento, verem suas sogras como vilãs que atormentam seus relacionamentos conjugais; mas nem sempre isso acontece com todas as pessoas, pois tenho uma sogra maravilhosa que até o momento, não tenho nenhum motivo para falar mal dela. E assim acredito que existem muitas noras e sogras espalhadas pelo mundo afora que se relacionam muito bem; talvez um relacionamento melhor que o de muitas mães e filhas.

Por que existem muitos conflitos envolvendo noras ou genros e sogras ou sogros? A resposta é simples - em primeiro lugar devemos considerar como uma das principais causas, a questão das diferenças que existem entre casais e suas famílias, como por exemplo: Cultura, hábitos, costumes, poder aquisitivo, personalidade, caráter, caprichos, gostos, etc.

Com base nesses princípios, devemos considerar a questão de uma das partes, querer que a outra se submeta aquilo que ela acha ser correto; e quando isso não acontece, os conflitos começam a surgirem; e ao se instalarem, automaticamente estarão envolvendo também as mães de ambos os cônjuges.

A questão do envolvimento da sogra nos problemas do casal, de certo ponto de vista pode ser considerado normal. Pois, qual é a mãe que vê o sofrimento do filho ou da filha que não procure ajudá-la? Por outro lado devemos nos perguntar: Até que ponto, a ajuda da minha mãe pode ser útil no meu relacionamento com minha esposa? Como ela deve interferir? Será se para resolvermos esse impasse precisamos de sua ajuda?

Perguntas semelhantes deveriam ser feitas pelas sogras, no entanto, muitas delas não fazem questionamentos racionais na hora de entrar no relacionamento do casal; atendem apenas a voz da emoção, e com isso, ao invés de resolverem o problema, acabam por agravar ainda mais. Pois além dos dois, se estende também para outros membros da família, já que muitas sogras têm a fama de “línguas de gravata”. Como dizia um saudoso Pastor, com o qual me congreguei por muitos anos: “Tem gente que quando morrer precisa de dois caixões – um para o corpo e o outro para a língua”.

Quais são os principais motivos que levam as sogras se tornarem grandes vilãs no relacionamento do casal, e se tornarem odiadas por suas noras e genros? Em primeiro lugar quero deixar claro – há muitos casos em que o problema não está na sogra, mas na nora ou no genro que não aceitam conselhos por mais que eles estejam errados. Mas, na maioria dos conflitos a sogra realmente constitui-se “uma pedra no sapato” da nora ou do genro, isso porque ao fazer o papel de juíza, ela acaba cometendo injustiças ao ser cúmplice do filho ou filha, mesmo sabendo do seu erro. Muitas vezes os desentendimentos são causados porque a mulher é ociosa, desleixada e descompromissada com os deveres do lar. Quando o esposo a critica, imediatamente vem à sogra dizendo que a sua filha não é o que o marido está afirmando. Por outro lado, o marido não cumpre com suas obrigações; é preguiçoso; infiel e possuidor de outras más qualidades; obviamente ele conseguirá despertar em sua esposa, reações contrárias as suas ações. Nesse caso, quando a mãe do esposo entra em cena para acalmar os ânimos, geralmente deixa transparecer que seu filho está com a razão; e isso era apenas o que faltava para despertar intrigas e rivalidades entre nora e sogra.

UM LEGADO EXEMPLAR DE RELACIONAMENTO ENTRE NORA E SOGRA

Quando vimos a figura da sogra sob o ponto de vista popular, enxergamo-la como uma “persona non grata”; mas, quando olhamos para a importância dos princípios da palavra de Deus como grande construtor do caráter e promotor da paz e harmonia; bem como do exemplo deixado por grandes nomes da história bíblica, chegamos a conclusão que podemos ver nossa sogra como uma segunda mãe que nos adotou pela ocasião do casamento com sua filha. Como prova disso temos a história de Rute e sua sogra Noemi. Segundo a Bíblia (Rute 1), as adversidades provocadas pela fome em Judá, forçara Elimeleque partir juntamente com sua esposa Noemi e seus dois filhos (Malom e Quilom), para a terra de Moabe à procura de uma vida melhor. Todavia, com pouco tempo que chegou ali, Elimeleque veio a falecer; ficando apenas sua esposa e seus dois filhos, os quais tomaram para si esposas naturais daquela terra. Passado algum tempo, para infelicidade de Noemí e suas duas noras, veio também falecer, seus dois filhos; ficando a família constituída apenas de três viúvas que pela graça de Deus viviam de forma harmoniosa.

Ao completar quase dez anos que Noemi houvera saído de sua terra, soube que Deus havia concedido prosperidade ao seu povo; então se levantou da terra de Moabe e disse as duas noras: “Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo. O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a sua voz e choraram. E disseram-lhe: Certamente voltaremos contigo ao teu povo. Porém Noemi disse: Voltai, minhas filhas. Por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos sejam por maridos? Voltai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido e ainda tivesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais amargo me é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do SENHOR se descarregou contra mim” vv. 8-13.

A insistência de Noemi para convencer suas noras a ficar em sua terra veio entristecê-las profundamente. Diante daquele impasse, elas teriam que tomar uma decisão imediata; e após terem chorado bastante, Orfa, uma de suas noras beijou-a, e ao despedir-se retornou a casa de seus pais. Rute (a outra nora), porém disse-lhe: “Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” vv. 16 e 17.

Com a decisão de Rute, a moabita, as duas - nora e sogra partiram para Belém de Judá e viveram juntas até o tempo em que Rute veio a se casar.

Diante desta história tão comovente, confesso que estou bastante emocionado, pois uma demonstração de amor como essa, dificilmente presenciamos nos dias atuais. Tal amor demonstrado por elas é como se Noemi fosse à mãe e Rute a sua filha. Como prova disso está na forma que Noemí as tratava. Ela as chamavam de “minhas filhas”.

Para um relacionamento sadio como o exemplo legado por essas duas mulheres não tem nenhum segredo, pois as Escrituras sagradas nos foram concedida para que fosse manifesta a vontade de Deus para nossas vidas; e é justamente essa vontade que muda o nosso caráter e transforma-nos de velhas serpentes em novos cordeirinhos de Cristo.

UMA CARACTERÍSTICA DOS ÚLTIMOS DIAS

O mundo está com os dias contados e creio que não resta muito tempo para que Jesus retorne a terra para buscar a sua Igreja; e como sinal que evidenciam a sua breve volta - que segundo o próprio Jesus, se tornaria uma das características dos finais dos tempos é a carência do amor nos corações, como está escrito: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará” Mat. 24:12. Contudo, nós que conhecemos as santas escrituras, devemos lutar para que essa profecia não se cumpra em nossas vidas. Pelo contrário, devemos vigiar e orar, e procurarmos nos edificar no estudo da Palavra, pois sabemos que os dias em que vivemos são maus, e pouco tempo nos resta para palmilharmos esta terra. Conscientes disso, abrir mão de alguns dos nossos interesses e caprichos, e aprendermos a reconhecer nossos erros e a perdoar as faltas de nossos familiares, são fatores que mais contribuem positivamente.

UM CONSELHO PARA UM BOM RELACIONAMENTO ENTRE NORA E SOGRA

O conselho para se viver bem com as pessoas que nos cercam é muito simples: A humildade (não confunda com covardia) é o primeiro passo para quem quer ter boas relações de amizade. Com ela se consegue acalmar os ânimos dos mais exaltados e arrogantes. Em segundo lugar, não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizesse com você, e se você gosta de ser bem tratado e respeitado, faça o mesmo com as pessoas, dessa forma dificilmente você encontrará rivais em seu grupo. Quando se refere ao relacionamento entre noras e sogras, já dissemos que geralmente é um tipo de relacionamento meio conturbado. Contudo, não é impossível. As noras e genros geralmente se queixam de suas sogras, mas será se eles são os únicos possuidores da razão e suas sogras as abomináveis? Talvez o culpado é quem esteja se fazendo de vítima, não!? Conta se uma ilustração que certa dona de casa todos os dias olhava pelas vidraças de sua casa e se queixa de sua vizinha que não lavava as roupas direito; pois olhando aquelas que estavam estendidas no varal as viam todas sujas. Certo dia, depois de dar uma bela lavagem em suas vidraças, percebeu que as roupas da vizinha estavam todas limpinhas; aí ela concluiu que o problema não estava nas roupas da vizinha, mas, em suas vidraças que estavam sempre sujas.

O melhor conselho que eu poderia dar no momento para aqueles que têm dificuldades para ter um bom relacionamento com suas sogras, é o exemplo deixado por Ester e Orfa. Olhe o que sua sogra disse a elas sobre o que ela achava delas: “O SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo”. Veja que ela desejou que Deus usasse de bondade com elas, da mesma forma que elas usaram com seus esposos, sogro e ela como sogra. Então, sejam bondosos e aqueles que os cercam serão com vocês também.

P.A.B.J - TO. 24/07/10

sábado, 17 de julho de 2010

O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL DE PAIS E FILHOS COM BASE NOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS

A harmonia é um dos fatores mais importantes para o sucesso de uma comunidade. É com ela que se consegue traçar metas planejar ações e obter o sucesso na perseguição dos objetivos comuns. Porém, de uma coisa é necessário saber: O sucesso para um convívio social satisfatório depende da maneira como o nosso caráter foi formado com base no ambiente familiar. Por isso a Bíblia sagrada contém uma série de ensinamentos que orientam os pais em seus relacionamentos com seus filhos e vice-versa.

O DEVER DOS PAIS NO REALCIONAMENTO COM SEUS FILHOS

Antigamente quando um rapaz resolvia casar-se (Casos que ocorriam no interior, em lugares menos desenvolvidos), as primeiras coisas que preocupavam o rapaz e sua família era a necessidade de plantar uma roça, armazenar o mantimento e construir uma casa. Por outro lado, a moça se preocupava em aprender a realizar os trabalhos corriqueiros do lar, como lavar, passar, preparar a comida, etc. Dificilmente se preocupavam com o conhecimento mais técnico ou bíblico a respeito de suas responsabilidades na criação dos filhos. Os mais religiosos tradicionais, apenas reproduziam no relacionamento com seus filhos aquilo que haviam aprendido com seus pais, sem se preocuparem em conhecer a eficácia de tais tradições.

O resultado de tais negligências na questão do conhecimento para o desenvolvimento de uma educação fundada nos princípios da ética e da moral (Com grandes exceções) fazia com que pais exagerassem na aplicação da disciplina dos filhos, a fim de impor sua autoridade “a ferro e fogo”. Com tais práticas eles, sem a menor idéia do que isso pudesse causar no futuro do filho, fazia com que a violência se perpetuasse passando aos seus ascendentes. Por outro lado, olhamos para a sociedade atual e vemos justamente o oposto. Num passado não muito remoto, os filhos eram sujeitos aos pais sob imposições violentas, algo que resultava em sérios traumas físicos e psicológicos. Hoje, presenciamos um excesso de princípios legais e teorias filosóficas que afastam os filhos paulatinamente da ética e dos princípios morais apresentados pelas sagradas Escrituras. Como por exemplo, na Lei de nº 8.069, que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe castigos físicos às crianças, e mais recentemente temos o Projeto de Lei 2.654/03 da deputada federal Maria do Rosário, do PT do RS, que tramita na Câmara dos Deputados, o qual tem a finalidade de emendar o ECA, que se for aprovado, proibirá aos pais, de educarem seus filhos, se utilizando até mesmo de uma pequena palmada ou um simples beliscão.

Devido a minha inexperiência como pai de família e o desejo de mudar o comportamento dos meus dois filhos, confesso que cometi alguns exageros, quando eles eram crianças. E isso porque eu ainda possuía um pouco de ignorância do tipo aquelas já citada anteriormente. Contudo, não sou favorável a essas inovações que vem surgindo nos últimos dias. Pois são restrições que tolhem o direito dos pais educarem seus filhos da forma que a própria palavra de Deus aponta como um método teologicamente correto, como está escrito: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe” Pv. 29:15. Observe que “vara”, ao contrário do que muitos interpretam, afirmando ser ela, uma expressão que indica uma das formas de disciplinar por meios verbais; ela na verdade, significa o castigo físico como forma de disciplinar o filho obstinado. Podemos ratificar essa interpretação através do texto seguinte que diz: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá” Pv. 23:13. Observe que o sábio escritor valeu-se do termo “fustigar com a vara”, que significa: Azorragar, açoitar, chicotear, flagelar, etc. Algo que indica o sentido literal, e não, o figurado como acreditam alguns.

Portanto, mesmo que grande parte esteja em conformidade com o pensamento de psicólogos e legisladores, de não impor castigos físicos aos filhos, eu continuo e continuarei sempre com o que ensina a irrevogável e santa palavra de Deus. Contudo é necessário que tenhamos a sensibilidade de um pai amoroso e a razão de um sábio educador para não cometermos exageros, pois além de constituir crime perante as leis do nosso país, também fere o maior mandamento bíblico, que é o amor. Pois o pai que ama seu filho, não castiga para desabafar suas mágoas – mas apenas para fazê-lo reconhecer seus erros e procurar corrigi-los.

No relacionamento dos pais com os filhos, onde é necessário aplicar certas medidas educativas de caráter disciplinar muitas vezes os pais são verdadeiros culpados pela infração da criança. Por isso Deus recomenda em sua palavra: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” Ef.6:4. Em outra carta – dessa vez destinada aos cristãos de Colossos, o Apóstolo Paulo escreve: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” Col. 3:21. Olhe que no primeiro texto ele recomenda para não fazermos nada contra os filhos que venha fazê-lo ficar furioso, com raiva, zangado, etc. No segundo texto, ele utiliza o termo “irriteis” que vem de irritar e significa causar aborrecimentos. Olha, tem pais que colocam apelidos em seus filhos mesmo sabendo que eles não gostam. Nesse caso, se o pai ou mãe o chama dessa alcunha e o filho fica zangado, os pais não podem castigá-lo, pois eles foram quem provocaram a reação do filho. E se porventura procurem castigá-lo, tal atitude constitui pecado e abuso de autoridade. Outros pais não respeitam seus filhos, ou seja, fazem na frente do filho o que eles não gostariam e nem admitiram que seus filhos fizessem em suas presenças – é como o provérbio popular: “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. Às vezes os pais dão aos filhos adjetivos vergonhosos, e não admitem o filho fazer o mesmo; mentem na vista do filho, e não admitem o filho mentir. Isso é hipocrisia e falta de sabedoria, pois a melhor lição é aquela que se ensina praticando. Não adianta nada eu dar maus exemplos aos meus filhos e exigir deles o contrário.

No trato com seus filhos o pai tem o dever de instruir os filhos nos princípios sagrados, a ser um bom cidadão cumpridor de seus deveres com o Estado bem como de orientá-lo a escolher uma profissão que melhor adéqüe a sua vocação e necessidade do campo de trabalho. Quanto à mãe, além de ensinar os deveres domésticos, deve também dar bons exemplos e amar seus filhos (Tt.2:4).

O DEVER DOS FILHOS PARA COM OS PAIS

É preocupante o comportamento da juventude atual, aonde os valores morais, sociais e cristãos vêm a cada dia, sofrendo significativos detrimentos; e isso porque os papéis dos pais também vêem perdendo espaço para os meios de comunicação atual como a televisão, por exemplo; e a preocupação destes, com o trabalho e outros interesses comuns. O resultado é uma geração de jovens rebeldes que tem como professores os artistas das novelas, filmes, cantores, etc. O resultado não se pode esperar outro, a não ser o comportamento desrespeitoso de filhos para com seus pais; e conseqüentemente, para com a sociedade em geral.

A delinqüência tem se agravado tanto em nossos dias, que chegamos à conclusão de que mesmo com a ignorância do passado se conseguiria melhores qualidades de vida social do que mesmo com a cultura moderna. E a tendência é piorar cada vez mais, se os pais que conhecem os princípios bíblicos não se valerem deles para educarem seus filhos. Por outro lado, os filhos precisam honrar seus pais, pois este é um mandamento que garante bênçãos.

Os filhos que querem ser respeitados e honrados futuramente por seus filhos precisam agir com seus pais da mesma forma, pois a lei da semeadura é a coisa mais certa que temos nesta vida. Ninguém planta uvas e colhe milho. Muitos pais estão colhendo frutos amargos hoje com seus filhos, porque no passado plantaram decepção para os pais.



P.A.B.J. To. 17.07.10

sábado, 10 de julho de 2010

A BÊNÇÃO DE TER VERDADEIROS AMIGOS

A Bíblia tem relatos de grandes exemplos de amizades. Pessoas que tiveram relacionamentos sadios, como foi o caso de David e Jônatas. No entanto, não omite casos de falsos amigos como o de Judas Iscariotes, que traiu o seu melhor amigo.

Judas Iscariotes é o retrato fiel da maioria da sociedade hodierna, que o abraça, como abraça o Tamanduá, que enquanto abraça, finca suas unhas. E dentre esses, muitos adjetivos podem ser-lhes atribuído como: “Amigo da onça”, “amigo de pé de balcão”, “vigarista”, etc. Tais “amigos” não são verdadeiros, porque só lhes considera enquanto vêem em você algo que possa beneficiá-los. São como os amigos de Jó, que enquanto ele era considerado o homem mais rico e influente do Oriente; vinham para falar-lhes coisas boas, mas quando ele perdeu tudo o que possuía, vieram visitá-lo apenas para criticá-lo e caluniá-lo, como ele próprio disse: “Os meus amigos são os que zombam de mim...” Jó 16:20. O mundo está saturado de pessoas fingidas e interesseiras que procuram influencia e status, dinheiro e destaque aproveitando-se de pessoas que estão eminência. Fazem-se amigas apenas pelo egoísmo e pela inveja. Pessoas dessa índole geralmente são fáceis de serem conhecidas, pois são bajuladoras. Fazem isso para poder merecer os mesmos elogios, as mesmas delicadezas, etc. Como disse o Poeta sacro: “Muitos se deixam acomodar pelos favores do príncipe, e cada um é amigo daquele que dá presentes”Pv. 19:6.

Portanto, quem quiser ter muitos amigos precisa ter muito dinheiro ou qualquer coisa que lhes possa oferecer. Essa é uma verdade que a própria Bíblia ratifica como está escrito: “As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” Pv. 19:4.

Vivemos numa cultura capitalista que “valemos o que temos”. Se você possui uma vaca, você vale uma vaca; se você tem um emprego você vale aquele emprego; se você é membro de uma família tradicional você é conhecido como tal; se você foi presenteado por Deus com uma boa aparência física, você recebe o seu valor por alguém que se sinta fascinado por sua beleza; se você é amigo de uma autoridade você passa a ser avaliado por isso e passa a receber o carinho das pessoas, e assim, são muitos os motivos que levam muita gente a se fazer de amigo para poder tirar proveito de sua amizade – apenas isso.

Ao contrário daquela pessoa que foi avaliada numa quantia considerável, o pobre; aquele que não possui uma morada própria, que não tem um emprego, que não tem uma fazenda e nem mesmo uma vaquinha para tomar o leite, ou uma aparência física atraente é rejeitado pelos vizinhos, pelos conhecidos de muito tempo, e até mesmo pelos parentes. Uns passam por essas pessoas e não as cumprimentam; e se são cumprimentadas, fazem “vistas grossas” e passam de largo apenas para não lhes dar atenção. Outros se estão em uma conversa ou numa reunião, e o pobre fala; aqueles que se acham importantes, “fazem ouvidos de mercador” para não ouvi-lo. Enfim é o que a Bíblia diz: “O pobre é odiado até pelo seu próximo...”Pv. 14:20a.

ATRIBUTOS DO VERDADEIRO AMIGO

Em meio a tantos desenganos vividos por pessoas que foram traídas e pisoteadas por pessoas que se diziam amigas verdadeiras, não é motivo para desistir de procurar uma amizade verdadeira, despretensiosa e sincera. Por mais que a Bíblia nos adverte para não confiarmos nas pessoas; e termos a comprovação da velha experiência, de que o coração do ser humano é mau e perverso; ainda existem pessoas as quais podemos depositar um pouco de confiança. Mas apenas um pouco – como sempre tenho dito... Com um olho fechado e o outro aberto.

O escritor dos mais de três mil provérbios disse: “O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão” Pv. 18:4. Isso é notório, que dentre aqueles que dizem ser seu amigo, exista um, que demonstra ser um amigo sincero.

Quando a amizade é sincera, os benefícios se mostram significativos para ambas as partes, como dizem por aí: “Com uma mão se lava a outra”. Pois o amigo verdadeiro não está com você somente enquanto você tem algo para oferecê-lo, mas também na hora que você estiver precisando dele.

Por mais que possamos encontrar um amigo fiel dentre os filhos dos homens, nenhum deles pode se igualar a Jesus Cristo, o único Filho do homem que é considerado perfeito. Ele é o amigo verdadeiro, e para demonstrar o seu amor e conquistar a nossa amizade Ele entregou-se para morrer pela nossa causa. Como Ele próprio afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” Jo. 15:13.

O amor deve encabeçar uma série de outras virtudes que o bom amigo deve ter. Sem ele tornar-se-ia impossível manter uma amizade saudável. Pois o amor não é egoísta, não comete injustiças, nem infidelidade. O amor sofre com os que sofrem, deseja o bem comum e zela pelo fortalecimento da amizade. O verdadeiro amigo não guarda mágoas ao ser ofendido pelo outro, mas humildemente perdoa. Por isso a expressão de que “o cachorro é o melhor amigo do homem” tornou-se popular; pois mesmo que apanhe do seu dono, ele se alegra abanando a cauda, todas as vezes que o seu dono o chama... Comportamento que contrasta com as atitudes tomadas pela maioria dos seres humanos. Sabemos que nem todas as expressões ou termos que se tornam populares, possui cem por cento de verdade, por isso não podemos pegar esta, anteriormente citada e considerá-la teologicamente correta, pois sabemos que o melhor amigo do homem é Jesus Cristo o Filho de Deus.

BÊNÇÃO DE TER JESUS COMO O SEU MELHOR AMIGO

Em todas as relações de amizade na qual exista sinceridade, fidelidade e amor, existem as decepções. No entanto existe um amigo fiel que jamais decepcionou seus amigos. O seu nome é Jesus - e tê-lo como amigo é ter a maior bênção que o ser humano possa receber em sua vida. Algo que não é difícil, pois para conquistar sua amizade não é necessário termos dinheiro, posição ou fama, mas apenas obedecê-lo, como Ele próprio disse: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” Jo. 15:14.

Uma amizade verdadeira não se adquire com presentes, mas se conquista com o tempo de convivência. Portanto, é muito errado alguém chamar outro de amigo alguém que ele não conheça, apenas porque essa pessoa lhe fez uma boa ação. Da mesma forma é Jesus, Ele não considera seu amigo aquela pessoa que apenas fez uma boa ação, mas alguém que decidiu viver em harmonia com a sua santa vontade, e isso exige experiência; algo que se adquire com um bom tempo de intimidade com Ele. Como foram os casos de Enoque e Abraão: Enoque andou toda a sua vida terrena (365 anos Gen. 5:22) com Deus, por isso Deus o levou para o céu. Abraão obedeceu a Deus durante os seus oitenta anos restantes de sua vida e foi considerado amigo de Deus, como disse o Apóstolo Tiago: “... e foi chamado o amigo de Deus” Tg. 2:23.

Não é bom encostarmos-nos a uma árvore que não tem folhas, quando precisamos de sombra para amenizar o calor do sol; também não é correto procurarmos uma árvore sem frutos, quando estamos extremamente famintos. Por isso, a pessoa mais indicada para encabeçar a nossa fileira de amigos é Jesus, pois Ele possui tudo o que é necessário para a nossa sobrevivência física, emocional, social e espiritual. Sua companhia é maravilhosa e deve ser aceita por aqueles que desejam.

P.A.B.J. TO. 10.07.10

sábado, 3 de julho de 2010

DEUS E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Ninguém consegue viver isolado de outras pessoas e de Deus, e manter uma vida psicológica e emocional satisfatória. Por isso, ao criar anjos e homens, Deus, os dotou da capacidade de se relacionarem entre si, e deu-lhes a liberdade de comunicar-se com Ele – o Criador de todas as coisas. E não somente isso, Ele deseja estar sempre se comunicando com suas criaturas; algo comprovado pelas sagradas Escrituras que afirma: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” Gn. 3:8.

Da expressão: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia”; deduzimos que Deus tinha por costume visitar aquele casal para conversar com ele. E isso era agradável a ambas as partes. Pois para Ele como Criador e sustentador era maravilhoso poder se comunicar através de um relacionamento sadio com as Criaturas mais perfeitas que formara, as quais eram sua própria imagem e semelhança. Por outro lado era magnificente Adão e Eva poderem ouvir a voz do próprio Deus, algo que lhes inspirava carinho, amor e segurança.

O relacionamento existente entre Deus e suas criaturas nos mostra que a necessidade de comunicação é real. E tão necessária e importante, que Deus, ao criar Adão, percebeu que ele não seria completamente feliz se não houvesse uma companheira que estivesse ao seu lado; uma companhia que servisse não apenas para auxiliá-lo em seu labor diário, mas principalmente, que pudesse satisfazer suas necessidades afetivas e sociais.

COMO DEUS SE RELACIONA COM A RAÇA HUMANA

A primeira coisa que precisamos saber é que Deus é uma pessoa, e não parte da natureza inanimada como ensina o Panteísmo (PAN = Todo + TEISMO = Deus); teoria filosófica que afirma que Deus é tudo e tudo é Deus. Segundo essa idéia Deus não é uma pessoa, mas, algo como as águas, pedras, árvores, montanhas, etc. – Um ser que não possui nenhum traço de personalidade.

Ao contrário do que ensinam o Panteísmo e outros “ismos” que colocam em dúvida a existência de Deus; a Bíblia e o testemunho do Espírito Santo na vida do cristão, falam completamente o contrário. Pois sendo uma pessoa, Deus possui traços da personalidade, como: Amor (I Jo.4:9), bondade (Zc. 9:17), ira (Heb. 3:11), vontade (I Jo. 2:17), etc.

O relacionamento interpessoal entre Deus e a humanidade é real, mesmo que muitos não tenham a sensibilidade espiritual para perceber isso. No entanto, não podemos negar que a forma de se relacionar com os homens tenha sofrido algumas mudanças com relação à maioria da população mundial. Isso por que o seu tratamento com relação aos seus filhos é um, e com as demais criaturas é outro. Enquanto que, para seus filhos (Aqueles que aceitaram a Jesus com Senhor e Salvador), Ele se deixa ser conhecido de uma forma especial (Um relacionamento de Pai para filho); com as demais pessoas o tratamento é de Criador para criatura.

Como podemos explicar essa diferença no trato para com seus filhos do trato para com o homem natural? Em primeiro lugar precisamos saber que Deus, embora seja amor, é também o Deus da justiça. Nesse caso, mesmo que o seu amor o impulsione a aproximar do pecador a sua justiça requer certa distância. No relato da queda do primeiro casal vemos o que aconteceu no relacionamento que eles tinham com Deus. Enquanto eles viviam em obediência as leis divinas Deus os conservava no Jardim e até vinha visitá-los, mas a partir do momento em que O desobedeceu, foram então, expulsos do Jardim e levados para longe da presença de Deus, como afirmou o Apóstolo Paulo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rom. 3:23.

Adão e Eva eram representantes da raça humana, por isso seus pecados foram imputados a toda a humanidade; e conseqüentemente todos foram jogados para longe da presença de Deus. Entretanto, como o seu amor é infinitamente incomparável e indescritível, Deus vem ao logo dos anos, usando várias formas de se revelar a humanidade. Dentre elas, as mais comuns são: A natureza com suas belezas que encantam céus e terras como está escrito: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor” Sl.19:1-6. Além do testemunho natural da existência de Deus, existe em todo ser humano – seja ele preto ou branco rico ou pobre, ateu ou religioso; algo chamado espírito, que testifica que existe Deus, o qual anseia por um relacionamento mais íntimo com Ele. E é através desse espírito que um dia Deus soprou e deu vida ao primeiro casal, que Ele deseja se comunicar com a humanidade. No entanto, por estarem cegas pelos encantos do mundo, muitas pessoas não conseguem enxergar a verdade de Deus e para preencher essa a necessidade de Deus, procuram os ídolos. Outros, porém, por não querer aceitar a realidade da existência de Deus, procuram todas as formas de negá-lo. Mas todos, sem exceção, são conscientes da existência de Deus o Criador e sustentador dos céus e da terra.

Dentre as formas usadas por Deus para se revelar ao homem a Bíblia sagrada é a mais eficaz. Através dela o homem conhece a historia da criação, os planos divinos para restaurá-la da queda, o caráter de Deus, seus planos para a consumação do mundo e o que é necessário a humanidade fazer para escarpar do inferno e morar eternamente com Ele no céu. No entanto, a maior revelação de Deus está na pessoa do seu Filho Jesus que veio a este mundo de forma física e sobrenatural; pregou a mensagem de Deus, sofreu e morreu pelos pecados do mundo e ressuscitou para garantir a salvação a todos que O aceitarem. E até hoje, continua falando com o homem, como assim declarou o escritor sagrado: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” Heb. 1:1.

O SUCESSO NOS RELACIONAMENTOS DEPENDE DE DEUS

È com muita preocupação que assistimos todos os dias, notícias de relacionamentos interpessoais em crise, como é o caso de conflitos no casamento, membros de famílias que não conseguem se entenderem, relação de patrões e empregados sempre em desequilíbrio, enfim, em todos os grupos sociais se percebe problemas de relacionamentos que paulatinamente vem se agravando. E diante de tanta crise moral, temos apenas duas opções: Deixar Deus fazer parte do nosso rol de amigos, para então passarmos a experimentar uma nova vida de paz e harmonia em nossos relacionamentos; ou então, continuar excluindo Deus de sua vida e ter os seus problemas de relacionamentos cada vez mais agravados. Pois o homem jamais anda sozinho, ou ele anda com Deus, ou anda com satanás. Quem anda com Deus que é o príncipe da Paz, tem uma vida pacata e harmoniosa com aqueles que os cercam, mas quem anda com satanás leva uma vida cheia de conflitos, consigo e com o seu semelhante, porque o diabo é o causador de todos os tipos de conflitos e crises morais e sociais que assolam a humanidade. Foi o diabo que criou o primeiro conflito, ao se rebelar contra Deus no céu, e posteriormente, foi o causador da inimizade entre o homem e Deus.

Disse Jesus aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” Jo.14:27. Esta Paz deixada por Jesus mudou a vida de Pedro, homem conhecido pelo temperamento explosivo; que mudou também o intolerante Saulo de Tarso em humilde servo de Cristo; pode mudar também a sua vida.

P.A.B.J TO. 03/07/10

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