sábado, 10 de julho de 2010

A BÊNÇÃO DE TER VERDADEIROS AMIGOS

A Bíblia tem relatos de grandes exemplos de amizades. Pessoas que tiveram relacionamentos sadios, como foi o caso de David e Jônatas. No entanto, não omite casos de falsos amigos como o de Judas Iscariotes, que traiu o seu melhor amigo.

Judas Iscariotes é o retrato fiel da maioria da sociedade hodierna, que o abraça, como abraça o Tamanduá, que enquanto abraça, finca suas unhas. E dentre esses, muitos adjetivos podem ser-lhes atribuído como: “Amigo da onça”, “amigo de pé de balcão”, “vigarista”, etc. Tais “amigos” não são verdadeiros, porque só lhes considera enquanto vêem em você algo que possa beneficiá-los. São como os amigos de Jó, que enquanto ele era considerado o homem mais rico e influente do Oriente; vinham para falar-lhes coisas boas, mas quando ele perdeu tudo o que possuía, vieram visitá-lo apenas para criticá-lo e caluniá-lo, como ele próprio disse: “Os meus amigos são os que zombam de mim...” Jó 16:20. O mundo está saturado de pessoas fingidas e interesseiras que procuram influencia e status, dinheiro e destaque aproveitando-se de pessoas que estão eminência. Fazem-se amigas apenas pelo egoísmo e pela inveja. Pessoas dessa índole geralmente são fáceis de serem conhecidas, pois são bajuladoras. Fazem isso para poder merecer os mesmos elogios, as mesmas delicadezas, etc. Como disse o Poeta sacro: “Muitos se deixam acomodar pelos favores do príncipe, e cada um é amigo daquele que dá presentes”Pv. 19:6.

Portanto, quem quiser ter muitos amigos precisa ter muito dinheiro ou qualquer coisa que lhes possa oferecer. Essa é uma verdade que a própria Bíblia ratifica como está escrito: “As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” Pv. 19:4.

Vivemos numa cultura capitalista que “valemos o que temos”. Se você possui uma vaca, você vale uma vaca; se você tem um emprego você vale aquele emprego; se você é membro de uma família tradicional você é conhecido como tal; se você foi presenteado por Deus com uma boa aparência física, você recebe o seu valor por alguém que se sinta fascinado por sua beleza; se você é amigo de uma autoridade você passa a ser avaliado por isso e passa a receber o carinho das pessoas, e assim, são muitos os motivos que levam muita gente a se fazer de amigo para poder tirar proveito de sua amizade – apenas isso.

Ao contrário daquela pessoa que foi avaliada numa quantia considerável, o pobre; aquele que não possui uma morada própria, que não tem um emprego, que não tem uma fazenda e nem mesmo uma vaquinha para tomar o leite, ou uma aparência física atraente é rejeitado pelos vizinhos, pelos conhecidos de muito tempo, e até mesmo pelos parentes. Uns passam por essas pessoas e não as cumprimentam; e se são cumprimentadas, fazem “vistas grossas” e passam de largo apenas para não lhes dar atenção. Outros se estão em uma conversa ou numa reunião, e o pobre fala; aqueles que se acham importantes, “fazem ouvidos de mercador” para não ouvi-lo. Enfim é o que a Bíblia diz: “O pobre é odiado até pelo seu próximo...”Pv. 14:20a.

ATRIBUTOS DO VERDADEIRO AMIGO

Em meio a tantos desenganos vividos por pessoas que foram traídas e pisoteadas por pessoas que se diziam amigas verdadeiras, não é motivo para desistir de procurar uma amizade verdadeira, despretensiosa e sincera. Por mais que a Bíblia nos adverte para não confiarmos nas pessoas; e termos a comprovação da velha experiência, de que o coração do ser humano é mau e perverso; ainda existem pessoas as quais podemos depositar um pouco de confiança. Mas apenas um pouco – como sempre tenho dito... Com um olho fechado e o outro aberto.

O escritor dos mais de três mil provérbios disse: “O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão” Pv. 18:4. Isso é notório, que dentre aqueles que dizem ser seu amigo, exista um, que demonstra ser um amigo sincero.

Quando a amizade é sincera, os benefícios se mostram significativos para ambas as partes, como dizem por aí: “Com uma mão se lava a outra”. Pois o amigo verdadeiro não está com você somente enquanto você tem algo para oferecê-lo, mas também na hora que você estiver precisando dele.

Por mais que possamos encontrar um amigo fiel dentre os filhos dos homens, nenhum deles pode se igualar a Jesus Cristo, o único Filho do homem que é considerado perfeito. Ele é o amigo verdadeiro, e para demonstrar o seu amor e conquistar a nossa amizade Ele entregou-se para morrer pela nossa causa. Como Ele próprio afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” Jo. 15:13.

O amor deve encabeçar uma série de outras virtudes que o bom amigo deve ter. Sem ele tornar-se-ia impossível manter uma amizade saudável. Pois o amor não é egoísta, não comete injustiças, nem infidelidade. O amor sofre com os que sofrem, deseja o bem comum e zela pelo fortalecimento da amizade. O verdadeiro amigo não guarda mágoas ao ser ofendido pelo outro, mas humildemente perdoa. Por isso a expressão de que “o cachorro é o melhor amigo do homem” tornou-se popular; pois mesmo que apanhe do seu dono, ele se alegra abanando a cauda, todas as vezes que o seu dono o chama... Comportamento que contrasta com as atitudes tomadas pela maioria dos seres humanos. Sabemos que nem todas as expressões ou termos que se tornam populares, possui cem por cento de verdade, por isso não podemos pegar esta, anteriormente citada e considerá-la teologicamente correta, pois sabemos que o melhor amigo do homem é Jesus Cristo o Filho de Deus.

BÊNÇÃO DE TER JESUS COMO O SEU MELHOR AMIGO

Em todas as relações de amizade na qual exista sinceridade, fidelidade e amor, existem as decepções. No entanto existe um amigo fiel que jamais decepcionou seus amigos. O seu nome é Jesus - e tê-lo como amigo é ter a maior bênção que o ser humano possa receber em sua vida. Algo que não é difícil, pois para conquistar sua amizade não é necessário termos dinheiro, posição ou fama, mas apenas obedecê-lo, como Ele próprio disse: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” Jo. 15:14.

Uma amizade verdadeira não se adquire com presentes, mas se conquista com o tempo de convivência. Portanto, é muito errado alguém chamar outro de amigo alguém que ele não conheça, apenas porque essa pessoa lhe fez uma boa ação. Da mesma forma é Jesus, Ele não considera seu amigo aquela pessoa que apenas fez uma boa ação, mas alguém que decidiu viver em harmonia com a sua santa vontade, e isso exige experiência; algo que se adquire com um bom tempo de intimidade com Ele. Como foram os casos de Enoque e Abraão: Enoque andou toda a sua vida terrena (365 anos Gen. 5:22) com Deus, por isso Deus o levou para o céu. Abraão obedeceu a Deus durante os seus oitenta anos restantes de sua vida e foi considerado amigo de Deus, como disse o Apóstolo Tiago: “... e foi chamado o amigo de Deus” Tg. 2:23.

Não é bom encostarmos-nos a uma árvore que não tem folhas, quando precisamos de sombra para amenizar o calor do sol; também não é correto procurarmos uma árvore sem frutos, quando estamos extremamente famintos. Por isso, a pessoa mais indicada para encabeçar a nossa fileira de amigos é Jesus, pois Ele possui tudo o que é necessário para a nossa sobrevivência física, emocional, social e espiritual. Sua companhia é maravilhosa e deve ser aceita por aqueles que desejam.

P.A.B.J. TO. 10.07.10

sábado, 3 de julho de 2010

DEUS E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Ninguém consegue viver isolado de outras pessoas e de Deus, e manter uma vida psicológica e emocional satisfatória. Por isso, ao criar anjos e homens, Deus, os dotou da capacidade de se relacionarem entre si, e deu-lhes a liberdade de comunicar-se com Ele – o Criador de todas as coisas. E não somente isso, Ele deseja estar sempre se comunicando com suas criaturas; algo comprovado pelas sagradas Escrituras que afirma: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” Gn. 3:8.

Da expressão: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia”; deduzimos que Deus tinha por costume visitar aquele casal para conversar com ele. E isso era agradável a ambas as partes. Pois para Ele como Criador e sustentador era maravilhoso poder se comunicar através de um relacionamento sadio com as Criaturas mais perfeitas que formara, as quais eram sua própria imagem e semelhança. Por outro lado era magnificente Adão e Eva poderem ouvir a voz do próprio Deus, algo que lhes inspirava carinho, amor e segurança.

O relacionamento existente entre Deus e suas criaturas nos mostra que a necessidade de comunicação é real. E tão necessária e importante, que Deus, ao criar Adão, percebeu que ele não seria completamente feliz se não houvesse uma companheira que estivesse ao seu lado; uma companhia que servisse não apenas para auxiliá-lo em seu labor diário, mas principalmente, que pudesse satisfazer suas necessidades afetivas e sociais.

COMO DEUS SE RELACIONA COM A RAÇA HUMANA

A primeira coisa que precisamos saber é que Deus é uma pessoa, e não parte da natureza inanimada como ensina o Panteísmo (PAN = Todo + TEISMO = Deus); teoria filosófica que afirma que Deus é tudo e tudo é Deus. Segundo essa idéia Deus não é uma pessoa, mas, algo como as águas, pedras, árvores, montanhas, etc. – Um ser que não possui nenhum traço de personalidade.

Ao contrário do que ensinam o Panteísmo e outros “ismos” que colocam em dúvida a existência de Deus; a Bíblia e o testemunho do Espírito Santo na vida do cristão, falam completamente o contrário. Pois sendo uma pessoa, Deus possui traços da personalidade, como: Amor (I Jo.4:9), bondade (Zc. 9:17), ira (Heb. 3:11), vontade (I Jo. 2:17), etc.

O relacionamento interpessoal entre Deus e a humanidade é real, mesmo que muitos não tenham a sensibilidade espiritual para perceber isso. No entanto, não podemos negar que a forma de se relacionar com os homens tenha sofrido algumas mudanças com relação à maioria da população mundial. Isso por que o seu tratamento com relação aos seus filhos é um, e com as demais criaturas é outro. Enquanto que, para seus filhos (Aqueles que aceitaram a Jesus com Senhor e Salvador), Ele se deixa ser conhecido de uma forma especial (Um relacionamento de Pai para filho); com as demais pessoas o tratamento é de Criador para criatura.

Como podemos explicar essa diferença no trato para com seus filhos do trato para com o homem natural? Em primeiro lugar precisamos saber que Deus, embora seja amor, é também o Deus da justiça. Nesse caso, mesmo que o seu amor o impulsione a aproximar do pecador a sua justiça requer certa distância. No relato da queda do primeiro casal vemos o que aconteceu no relacionamento que eles tinham com Deus. Enquanto eles viviam em obediência as leis divinas Deus os conservava no Jardim e até vinha visitá-los, mas a partir do momento em que O desobedeceu, foram então, expulsos do Jardim e levados para longe da presença de Deus, como afirmou o Apóstolo Paulo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rom. 3:23.

Adão e Eva eram representantes da raça humana, por isso seus pecados foram imputados a toda a humanidade; e conseqüentemente todos foram jogados para longe da presença de Deus. Entretanto, como o seu amor é infinitamente incomparável e indescritível, Deus vem ao logo dos anos, usando várias formas de se revelar a humanidade. Dentre elas, as mais comuns são: A natureza com suas belezas que encantam céus e terras como está escrito: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor” Sl.19:1-6. Além do testemunho natural da existência de Deus, existe em todo ser humano – seja ele preto ou branco rico ou pobre, ateu ou religioso; algo chamado espírito, que testifica que existe Deus, o qual anseia por um relacionamento mais íntimo com Ele. E é através desse espírito que um dia Deus soprou e deu vida ao primeiro casal, que Ele deseja se comunicar com a humanidade. No entanto, por estarem cegas pelos encantos do mundo, muitas pessoas não conseguem enxergar a verdade de Deus e para preencher essa a necessidade de Deus, procuram os ídolos. Outros, porém, por não querer aceitar a realidade da existência de Deus, procuram todas as formas de negá-lo. Mas todos, sem exceção, são conscientes da existência de Deus o Criador e sustentador dos céus e da terra.

Dentre as formas usadas por Deus para se revelar ao homem a Bíblia sagrada é a mais eficaz. Através dela o homem conhece a historia da criação, os planos divinos para restaurá-la da queda, o caráter de Deus, seus planos para a consumação do mundo e o que é necessário a humanidade fazer para escarpar do inferno e morar eternamente com Ele no céu. No entanto, a maior revelação de Deus está na pessoa do seu Filho Jesus que veio a este mundo de forma física e sobrenatural; pregou a mensagem de Deus, sofreu e morreu pelos pecados do mundo e ressuscitou para garantir a salvação a todos que O aceitarem. E até hoje, continua falando com o homem, como assim declarou o escritor sagrado: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” Heb. 1:1.

O SUCESSO NOS RELACIONAMENTOS DEPENDE DE DEUS

È com muita preocupação que assistimos todos os dias, notícias de relacionamentos interpessoais em crise, como é o caso de conflitos no casamento, membros de famílias que não conseguem se entenderem, relação de patrões e empregados sempre em desequilíbrio, enfim, em todos os grupos sociais se percebe problemas de relacionamentos que paulatinamente vem se agravando. E diante de tanta crise moral, temos apenas duas opções: Deixar Deus fazer parte do nosso rol de amigos, para então passarmos a experimentar uma nova vida de paz e harmonia em nossos relacionamentos; ou então, continuar excluindo Deus de sua vida e ter os seus problemas de relacionamentos cada vez mais agravados. Pois o homem jamais anda sozinho, ou ele anda com Deus, ou anda com satanás. Quem anda com Deus que é o príncipe da Paz, tem uma vida pacata e harmoniosa com aqueles que os cercam, mas quem anda com satanás leva uma vida cheia de conflitos, consigo e com o seu semelhante, porque o diabo é o causador de todos os tipos de conflitos e crises morais e sociais que assolam a humanidade. Foi o diabo que criou o primeiro conflito, ao se rebelar contra Deus no céu, e posteriormente, foi o causador da inimizade entre o homem e Deus.

Disse Jesus aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” Jo.14:27. Esta Paz deixada por Jesus mudou a vida de Pedro, homem conhecido pelo temperamento explosivo; que mudou também o intolerante Saulo de Tarso em humilde servo de Cristo; pode mudar também a sua vida.

P.A.B.J TO. 03/07/10

sábado, 26 de junho de 2010

ESPERANÇA EM TEMPOS DE INCERTEZAS

A esperança é a última que morre”. Esse é um adágio popular que nem sempre revela a verdade acerca de muitas pessoas que enfrentam momentos adversos em suas vidas. Pessoas massacradas pelo sofrimento físico e psicológico pelo mundo afora, tem chegado ao fundo do poço e desistido da vida. E isso não vem acontecendo apenas às pessoas pobres e iletradas, pelo contrário, segundo os noticiários, o número de suicídios vem alcançando maior índice entre as classes ricas, cultas e bem sucedidas. Isso por que, os problemas de maior gravidade que levam as pessoas ao suicídio são aqueles de caráter psicológicos e espirituais. Problemas esses, que não são resolvidos e nem mesmo atenuados com o poder aquisitivo, com a fama ou qualquer outro tipo de regalia alcançado por alguém... A solução para isso tudo está unicamente em Jesus Cristo, o Médico dos médicos, o Mestre dos mestres, o Senhor dos Senhores, e aquele que é tudo em todos.


UMA SAÍDA NOS MOMENTOS DE DIFICULDADES

O mundo atual passa por momentos de mudanças significativas em vários aspectos: Na economia, como é o caso de países como o nosso, e a China que paulatinamente vem alcançando números bastante significativos; com reflexos na qualidade de vida, no acesso a educação, a saúde, etc.; contudo, são mudanças que resolvem apenas parte dos grandes desafios enfrentados por uma boa parte da nossa sociedade. Pois os problemas mais graves enfrentado pelo o mundo não são, a fome, o desemprego, os desastres ecológicos, a falta de moradia e outros de natureza sócio-econômicos. Mas, as questões de caráter espiritual, que em associação as condições materiais desfavoráveis motivam às pessoas ao desespero.

Um dos problemas que mais afetam o mundo atual é a crise familiar; com lares destruídos pelo ciúme, egoísmo, ambição, vícios e uma série de fatores causadores de males e desentendimentos. São situações desesperadoras vividas por famílias do mundo inteiro; mulher que de tanto sofrer com a ingratidão e desafetos do esposo já não suportam mais o sofrimento e vice-versa; filhos que não suportam mais as agressões sofridas pelos pais; e isso tem causado uma série imensa de problemas como um efeito cascata. Dentre eles, os divórcios, o abandono do lar, as brigas que começam com agressões verbais e se agravam para agressões físicas e assassinatos.

Diante de um quadro dessa categoria, as vítimas podem chegar a uma situação desesperadora. E para se ver livre, procuram dar “fim” ao sofrimento dando cabo de sua própria vida, ou do seu opressor. Atitudes essas, condenadas pelas Escrituras Sagradas, que ao contrário de tais saídas apontadas por satanás, mostra que a melhor e única saída é jogar-se nos braços do Mestre. Ele é a solução para os problemas de todas as famílias da terra. E o mais importante, é que Ele não apenas pode resolvê-los; Ele se interessa, e sempre está se oferecendo para resolvê-los. E isso Ele demonstrou, ao dizer: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” Mt. 11:28-30. Não importa a gravidade do seu problema, pois Jesus não conhece problemas que Ele não possa resolver. Ele é o Deus do impossível, pois é onipotente – um atributo que somente Ele possui. E isso é motivo para que ao invés de você achar que está num beco sem saída, se colocar frente a frente com uma porta que é a saída para uma vida de verdadeira felicidade.

ENCARANDO AS DIFICULDADES COM ESPERANÇA

As dificuldades sobrevêm a todos, tanto aos não-cristãos como aos cristãos verdadeiros, que muitas vezes são vítimas dos ataques do inimigo. E para que possamos obter a vitória sobre todas elas, o conselho vale para ambos – não recue, e comece a olhá-las sob a perspectiva de Deus. Jamais olhe para o tamanho da dificuldade, olhe para o poder que Deus tem para resolvê-las. A Bíblia nos conta uma história que ilustra muito bem essa verdade. Foi quando os filhos de Israel chegaram à fronteira de Canaã e Moisés precisou enviar doze homens para espiar a terra (Num. 13). Depois de observar as dificuldades e as vantagens existentes na terra, os homens trouxeram dos frutos que lá encontraram à Moisés, como prova do êxito de sua missão. Mas ao darem o relatório acerca da terra, o grupo dos dez disse: “Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque. Os amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão” (vv.28 e 29). Homes que fizeram parte desse grupo vira a fartura da terra, contudo, deram maior importância as dificuldades encontradas ali. - Ao contrário da atitude tomada por Calebe que diante do povo disse: “Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela” (v.30).

Ao analisar essas duas formas de encarar as dificuldades constatamos através do estudo da Palavra de Deus, que todos os homens que viram as dificuldades acima das possibilidades de Deus, não conseguiram entrar na terra prometida para nela habitar, pois Deus enviou sobre eles uma grande peste, que matou a todos, exceto Josué e Calebe (Num.14:38), os quais puderam entrar na terra e possuí-la (v.30).

A lição que podemos tirar desse fato é a de que se desanimarmos e darmos lugar ao pessimismo, conseqüentemente permitiremos que a situação se agrave cada vez mais. Por outro lado, se dissermos ao problema que Jesus é maior do que ele, e mantivermos a esperança de que tudo será resolvido com a ajuda dEle, as coisas tomarão um novo rumo em direção a solução.

O que aconteceu aos dez homens é o que acontece a muitos hoje, passam o tempo todo se lamentando; queixam dos gigantes que lhe afrontam e desafiam, alegando que não há recursos para combatê-los. Talvez os dez homens estivessem no vale enquanto olhavam para os gigantes que estavam sobre o monte, e isso os fez parecer maiores do que na verdade eram. Talvez você também esteja no vale, um lugar de lutas e desafios, por isso enxerga os problemas numa dimensão maior do que na verdade os são. Por isso é recomendável subir ao monte - o monte da oração e da aproximação de Deus, assim os gigantes serão jogados para baixo – no vale; e se tornarão menores do que você.

CONCLUSÃO

É difícil ter esperança em uma situação desfavorável que inspira incerteza. Contudo, isso só é impossível quando não se tem a ajuda de Jesus em sua vida. Pois sem Ele, nada se pode fazer. Como diz o Salmos 127:1 e 2: “SE o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono”.

Mas para aquele que tem a Jesus como seu auxílio e nEle confia, diz Paulo: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” Rom.8:37.

P. A.B.J. TO. 26.06.10

sábado, 19 de junho de 2010

PRINCIPIOS PARA UMA VIDA DE VITÓRIA NUMA CULTURA SEDUTORA

O homem não foi criado para ser derrotado, no entanto, ao ceder à sedução satânica para transgredir os mandamentos divinos, sua vida transformou-se num quadro de sucessivas derrotas em todos os aspectos, mas Deus, através do seu Filho, nos concedeu a oportunidade de revertermos essa situação. Cristãos de todo o mundo podem tomar para si essa declaração do Apóstolo Paulo que diz: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo” I Co. 15:57. Esta certeza de vitória é a declaração de que Jesus veio a este mundo para derrotar todos os inimigos do ser humano inclusive o poder do pecado e do diabo. Com isso não significa que o cristão deve deixar tudo por conta de Cristo, pois o que nós não podíamos fazer Ele fez por nós. Agora, se quisermos ter uma vida vitoriosa em meio a esta sociedade pecadora temos que fazer a nossa parte; e isso não é tão difícil assim (mesmo que exija certo esforço de nossa parte), pois a ferramenta necessária à garantia do nosso sucesso é a fé em Cristo Jesus; como disse o Apóstolo João em sua primeira carta: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” I Jo. 5:4.

Os termos, vitória e derrota, dão a idéia de luta. Pois ninguém pode se declarar vencedor se não houver um oponente com quem se possa lutar; e isso nos deixa claro que a vida terrena do cristão não é um paraíso, pelo contrário, é uma estadia no campo de batalha espiritual - numa guerra sem tréguas. E como em todos os campos de batalhas (...) existem inimigos preparados para a luta e sempre dispostos a atacar; o que exige que estejamos sempre alertas e preparados para a batalha - uma batalha que do lado oposto estão inimigos ocultos, e de uma malignidade e astúcias jamais vista.

No que concerne a guerra espiritual, devemos incluir nesse contexto a cultura já que essa se constitui um fator preponderante na formação do caráter do ser humano. Pois o homem é o produto do meio social em que vive. Se ele vive numa sociedade que tenha uma cultura emoldurada nos princípios éticos e morais ensinados na palavra de Deus, a probabilidade dele ser uma pessoa íntegra é bem maior do que aquele que vive numa sociedade de uma cultura com valores inversos. E viver numa sociedade que possui uma cultura diversificada como a do nosso país não é muito fácil, pois temos como culturas de raízes, o conjunto de costumes, práticas, lendas e tradições trazidas da África e Portugal, as quais se juntaram à cultura dos nativos (índios). Com a imigração (mais recentemente) de grupos étnicos como italianos, árabes, asiáticos, etc. E ainda mais com a globalização provocada pelo grande avanço das tecnologias na área da comunicação, as quais disseminam as culturas das centenas de grupos étnicos mundiais em tempo real, o sincretismo tornou-se cada dia mais acentuado.

Ao escolher: “Princípios para uma vida vitoriosa numa cultura de sedução”, como título para a Lição bíblia desta semana, o comentador, Pr. Lourival Dias, deixou claro que a “cultura” de certa forma é maligna e tem grande poder de seduzir as pessoas. Contudo, sabemos que não podemos usar tal expressão de forma generalizada. Pois tanto a cultura como a política que tanto é combatida no meio evangélico, possui o seu lado bom e o seu lado ruim. Em se tratando de cultura como um mal que compromete a vida moral e espiritual cristã, nos referimos àquela originária de mentes desocupadas e sem o devido conhecimento e compromisso com Deus. Essa sim, é que devemos abominar e procurar afastar o máximo que pudermos, antes que ela venha nos afastar de Deus.

Quais tipos de cultura mais comprometem a vida cristã? Tanto a cultura popular quanto a alta cultura (refiro aquelas formadas pelos intelectuais) possuem elementos prejudiciais que agridem os bons princípios sagrados. Como por exemplo, na cultura de massa ou pop, se vê tantas aberrações imorais, como o carnaval que expõe publicamente a nudez das pessoas e invade ruas e lares através dos veículos de comunicação; no folclore, se vê tantas besteiras sem nenhum fundamento lógico, etc. Contudo, não é somente a cultura popular que ameaça a integridade cristã – Temos nos livros de ciência, filosofia, literatura, religião, etc., as mais diversas formas de negação da existência de Deus e as formas mais vis de rebelião contra o Criador.

Dois dos problemas culturais de nossa época é a grande aceitação da sociedade no que diz respeito às questões sobre a verdade. Para o já citado comentador existem dois aspectos importantes na cultura - “relativismo” e o “pragmatismo”. Esses dois conceitos filosóficos são considerados nocivos a cultura bíblica, já que elas tentam desqualificar a verdade que é a palavra de Deus. O relativismo segundo a definição filosófica diz que a verdade é algo relativo, ou seja, o que é verdade em uma época pode não ser em outra; o que pode ser a verdade para uma pessoa pode não ser para outra pessoa; o que pode ser verdade para o analfabeto pode não ser para o intelectual. Com essa forma de interpretar é negada tanto a existência da verdade quanto a existência da mentira. E tanto a Verdade (Palavra de Deus) pode ser desqualificada e jogada por terra, como a mentira diabólica pode ser considerada “verdadeira”. Tal teoria não deve de maneira alguma ser aceita pelos filhos de Deus, pois se trata da mesma forma usada por satanás para seduzir Eva a cair em transgressão contra a verdade de Deus que proibia ela comer da árvore da ciência do bem e do mal que estava no meio do Jardim; sob a promessa de que tal desobediência incorreria em sua morte. Foi aí que ele usou o relativismo quando disse: “Certamente não morrereis” Gen. 3:4; é como se dissesse - isso para Deus é a Verdade, mas uma verdade apenas do ponto de vista dEle. A verdade é que se você comer desse fruto você vai se tornar como Ele, conhecendo o bem e o mal.

O pragmatismo por sua vez, enfatiza as ações práticas, sem levar em consideração a causa. É como aquele adágio popular que diz: “Todo caminho leva a Deus”; ou como aqueles que na prática, descumprem regras, burlam as leis, fogem dos princípios éticos e morais, etc.; e tudo isso para satisfazer um anseio pessoal, como fama, posição social, enriquecimento, etc.

O pensamento filosófico acerca do pragmatismo não é uma exclusividade dos materialistas e pessoas que não conhecem a Deus; paulatinamente vem alcançando também os grupos religiosos. Pois cresce a cada dia o número de pessoas que dizem cristãs, adeptas da doutrina da prosperidade sem se importar com o mais importante que é a obediência a Palavra de Deus. São aqueles que associam a prosperidade material a uma vida de comunhão Deus, e a pobreza e as doenças, a uma vida de pecados ou falta de fé. Existem também aqueles que aceitam qualquer proposta mesmo sendo imoral e ilícita pela promessa de lucros imediatos, e ainda tentam se justificar sob a alegação de que não fez nada de mal que pudesse contrariar a Deus.

MANTENDO-SE ÍNTEGRO NUMA CULTURA SEDUTORA QUE CONTRASTA COM A CULTURA BÍBLICA

A propaganda é a alma do negócio - esse é um ditado popular que possui grandes verdades pelo fato do seu grande poder de sedução. Por isso, satanás se vale desse recurso para induzir as pessoas ao erro. E isso ele faz utilizando-se dos recursos disponíveis em cada grupo social. E se tratando da cultura perniciosa existente em nossa geração; sabemos que para difundi-la, os veículos de comunicação estão diuturnamente fazendo esse trabalho. Portanto, é preciso muita prudência ao lidar com as novas tecnologias; como televisão, internet, rádio, e outras mídias de massa. Pois elas são os meios que o inimigo utiliza para seduzir as pessoas a se conformarem com a cultura secular que compromete a vida cristã.

Mesmo havendo tantas formas de sedução é possível manter uma vida íntegra; para nos conscientizar dessa possibilidade, basta tão somente olharmos para o legado dos nossos antepassados que conseguiram manter a sua integridade espiritual em meio a um ambiente de culturas comprometedoras. Dentre eles, muitos tiveram seus nomes gravados na galeria dos heróis da fé (Heb. 11).

Dentre os nomes mencionados pela Bíblia, quatro deles foram citados no texto de referência da nossa lição: Daniel, Hananias, Misael e Azarias (Dn. 1:7) que em meio a uma cultura com tanto poder de sedução, conseguiram deixar claro que é possível viver como uma garça em meio ao lamaçal.

PRINCIPIOS QUE GARANTEM A VITÓRIA NUMA CULTURA SECULAR

Neste mundo você pode conquistar muita coisa apenas com o dinheiro e outros tipos de recurso, mas para conseguir obter a vitória sobre o pecado em meio à cultura do nosso século, é necessário que tenhamos em primeiro lugar, a comunhão com o Criador e sustentador de tudo. Sem ela, o homem já pode considerar um derrotado.

Outra qualidade importante é a determinação em manter uma vida vitoriosa. Onde há esforço por parte do homem não falta ajuda da parte de Deus. E pensando nisso o cristão por onde andar deve manter essa determinação independente do que lhe possa acontecer, pois é melhor obedecer a Deus dvero que aos caprichos do mundo. Há quem se diz cristão, e pelo fato de não querer abandonar a fama ou a posição social, aceita tudo o que o mundo lhe apresenta. Como o caso de muitos artistas de televisão que após ter aceitado a Cristo; não abandona a cultura antiga. Tais pessoas precisam ser determinadas, mas para isso precisam ter convicção da fé que professam e a certeza de que se abstendo dos velhos costumes Deus proverá o necessário para sua subsistência.

Outro ponto importante conforme esboçado pelo comentador da lição é o discernimento. Sem o discernimento é impossível o homem saber distinguir o que é pecado e o que não é. Mas para que a pessoa possa ter essa virtude é necessário que o Espírito de Deus habite em seu coração. Sem Ele o homem continua com a cegueira espiritual que o incapacita e o faz andar sem direção.

Portanto, precisamos viver neste mundo considerando a sua cultura como a um peixe que precisamos comer a sua carne sem nos ferir com as espinhas.

P. A. B. J. TO 19/06/10

sábado, 12 de junho de 2010

O DESAFIO DE SER CRISTÃO NUMA SOCIEDADE PECADORA

Neste mundo quase tudo é desafios, uns grandes e outros, porém, de pequenas proporções. Como por exemplo, seres vivos do reino vegetal às vezes precisam desafiar a escassez de terrenos desérticos a fim de sobreviver; animais precisam desafiar outros de espécies diferentes e até mesmo da mesma espécie, para poder continuar sobrevivendo; pessoas há que desafiam a falta de moradia, a falta de alimentos, a falta de emprego, a falta de saúde e uma série imensa de gigantes que aparecem no seu caminho para ameaçá-los. No entanto, tais desafios não ocorrem apenas no aspecto da sobrevivência física, mas também no espiritual, algo enfrentado pelos verdadeiros cristãos do mundo inteiro. Como assim nos advertiu o Apóstolo Pedro: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” I Pedro 5:8 e 9. Segundo ele o nosso maior inimigo espiritual possui as características psicológicas de um dos animais mais ferozes que existe na selva – o leão, um animal conhecido por sua força e violência; e se livrar dele não é nada fácil.

O cristão fiel, embora esteja sob a proteção divina, precisa se esforçar no sentido de resistir às investidas e estar atentos às astúcias ciladas de Satanás. E isso em nossos dias tem se tornado um dos grandes desafios para os filhos de Deus, já que estamos vivenciando momentos de grandes avanços em todos os aspectos; principalmente na área da mentalidade humana que freqüentemente muda conceitos acerca da ética e da moral. Contudo, não somos os primeiros a adentrar a esse campo de batalha; nossos antepassados enfrentaram grandes desafios do velho inimigo, que sabe apresentar suas estratégias compatíveis com o meio e os recursos disponíveis em cada época e em todas as circunstâncias.

DESAFIOS E VITÓRIAS DOS HERÓIS DA FÉ
A Bíblia - o livro por excelência é o melhor manual que temos em mãos que possa oferecer ensinamentos para uma vida de vitória sobre os gigantes espirituais. Além de conselhos doutrinários existem também, os testemunhos de muitos homens que conseguiram manter uma vida íntegra, em meio a uma sociedade completamente corrompida e perversa. Dentre eles, alguns nomes serão mencionados neste espaço para que sirvam de exemplo para nós hoje. Em ordem cronológica quero citar apenas três nomes de grande destaque na história bíblica. O primeiro foi Noé; e para sabermos os desafios enfrentados por ele precisamos saber qual era a situação moral da sociedade dos seus dias, e para isso temos que recorrer à palavra de Deus, que diz: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” Gen. 6:5. Observe que além da maldade que se multiplicara nos corações dos homens, ela não parava de se multiplicar; a cada dia que se passava os homens procuravam desenvolver outras formas maldosas de contrariar a vontade de Deus e causar males aos seus semelhantes. Entretanto, em meio a tudo isso a Bíblia declara: “Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR” Gen. 6:8. Creio que os desafios foram grandes para Noé, pois teve que renunciar interesse e suportar certos insultos para não se desviar do seu maior propósito que era o de manter-se íntegro para agradar a Deus. Mas exemplo maravilhoso como esse não parou por aí, pois tempos depois nasceu José, filho de Jacó. Um jovem muito amado por seu pai, mas que teve que enfrentar os desafios que aos poucos foram surgindo em sua vida. O primeiro desafio foi de ser odiado por seus irmãos que por inveja procuravam a sua ruína, ao ponto de vendê-lo como escravo para os mercadores midianitas que iam para o Egito.

O negociante que comprara José o vendeu a Potifar um oficial da casa de Faraó. Algo que pode ter feito com que José sentisse alívio; pois quem sabe, pode ter pensado - Muito embora eu esteja sentindo a falta do meu pai, posso suspirar aliviado, pois estou longe daqueles que me perseguiam! – Porém, não imaginava ele, que muitas provas o esperavam, até que a bênção divina o alcançasse. E como todos que estão marcados para vencer, José teria que enfrentar os desafios que o campo de batalha espiritual apresentava. Ele não sabia, mas antes de tomar posse da vitória teria que ser provado em várias áreas de sua vida. A primeira delas foi a de não ceder à sedução de sua insistente patroa; a segunda, a de ter que sofrer as calúnias, consciente de sua inocência; e finalmente, a de ser submetido à prisão.

Diante de tudo que José sofreu; sendo criticado, perseguido, vendido como escravo, assediado sexualmente e caluniado – jamais ele recuou diante desses desafios, pelo contrário, ergueu sua cabeça e manteve a postura de um verdadeiro homem de Deus. Sua conduta moral e espiritual não foi abalada pelas influencias malignas que o cercava, pois tinha o firme propósito de ser um vencedor, mesmo que para isso teria que sofrer muito.

Outro de quem a Bíblia dá testemunho é o jovem Daniel, que pela ocasião do cativeiro babilônico fora conduzido com outros companheiros para a Babilônia, a fim de servir o rei Nabucodonosor em seu palácio (Dan. 1). E para que eles pudessem estar aptos para assistir o rei, teriam de serem submetidos à uma dieta alimentar especial, composta das mais finas iguarias, incluindo os alimentos oferecidos aos deuses e o vinho, dos quais o próprio rei participava. Mas, conhecedores dos princípios sagrados que eram; resolveram abster-se de tais alimentos e preferiram se alimentar de legumes, apenas. Algum tempo depois, Daniel, por demonstrar grande sabedoria e fidelidade a Deus, tornou-se alvo da inveja dos oficiais do rei, que por meio de um edito real o proibiu de fazer oração a Deus, sob pena de ser lançado aos leões para ser morto. Mas como sempre, manteve-se determinado em ser fiel aos princípios divinos. Por isso continuou orando a Deus como de costume, ciente de que tal prática constituía o motivo principal para conduzi-lo a morte.

Os desafios para Daniel foram grandes por habitar numa terra onde a cultura consistia quase que em sua totalidade, em práticas pagãs e tradições fundamentadas nas velhas fábulas. Contudo, foram a firmeza de caráter e a determinação em manter-se íntegro para agradar a Deus que determinaram suas vitórias, fazendo-o um grande vencedor que pudesse nos legar exemplos maravilhosos de fidelidade a vontade de Deus.
OS MAIORES DESAFIOS PARA OS CRISTÃOS HODIERNOS
Os filhos de Deus que viveram em tempos bastante remotos tiveram que enfrentar grandes desafios para conseguir manter a sua integridade moral, ética e espiritual; tendo em vista terem que conviverem com a ignorância e a idolatria da qual todos os povos (Exceto Israel) faziam parte. Contudo, nada se compara aos problemas da atualidade. Pois além da idolatria que é uma prática herdada da Babilônia antiga e outros povos politeístas, temos como desafios, as inovações resultantes de mentes descompromissadas com a verdade. Como por exemplo, um dos problemas mais sérios enfrentados pala juventude cristã é a questão moral relacionada ao sexo, onde os conceitos e os valores estão sofrendo várias transformações e inversões. Uma delas é quanto ao jovem manter-se casto em meio uma sociedade que interpreta a questão da prática sexual antes do casamento e a promiscuidade como algo normal e necessário. E para manter essa filosofia, o diabo usa não apenas os jovens que abraçam esse tipo de comportamento, mas também os meios de comunicação, as leis, professores de escolas públicas, etc. A maior preocupação dessas pessoas é com a integridade física das pessoas, e para isso o governo gasta rios de dinheiro com propagandas advertindo ao povo no sentido de se prevenir das DST e evitar a gravidez, quando na verdade deveria sem prejuízo desse tipo de propaganda, procurar imprimir nas mentes das pessoas a necessidade de manter uma vida sexual dentro dos limites da moral. Mas se essa idéia for levada ao conhecimento de certas autoridades, ela servirá como motivo para chacotas. Viver em uma sociedade dessa não é fácil, pois uma parte significativa dos políticos é ferrenha apologista da imoralidade e da corrupção. Como foi presenciado por muitos ontem no programa do Ratinho, o Vereador Carlos Apolinário afirmar, que a Prefeitura de São Paulo gastou um valor vultoso (Mais de milhão) em camisinhas e gel lubrificante para serem distribuídos no movimento realizado pelos homosexuais.

Os desafios, no entanto não se resumem na questão do sexo, mas também na cultura capitalista impregnada em nossa sociedade, onde o material e imediato tem prioridade e provoca nos seres humanos uma correria desenfreada. É uma busca constante e insaciável pelo poder, fama e prestígio; e isso é um desafio para os cristãos modernos, já que grande parte tem sida atraída e se adequado a essa nova “cultura”.

Diante de tantos desafios que temos pela frente, devemos nos atentar mais para as coisas do Espírito; valorizar mais o espiritual ao material; não se esquecendo de que os valores materiais são transitórios e insignificantes diante dos valores eternos reservados por Deus para aqueles que lhe são fiéis e não recuam diante dos grandes desafios.

P.A.B.J. TO. 12.06.10

sábado, 5 de junho de 2010

IGREJA – UM PARADIGMA PARA A SOCIEDADE

A sociedade atual no contexto mundial, por pouco não transformaria em um verdadeiro caos; onde os mais fortes e poderosos imporiam suas forças sobre os mais fracos e os venceriam; um ambiente no qual os libertinos ocupariam ruas e lares e os assuntos sexuais ilícitos deixariam de ser tabu. Uma sociedade na qual os mais fracos e impotentes diante das ameaças dos que se mostrassem mais fortes, não teriam o direito de usufruir dos seus direitos, etc. Entretanto, se começarmos a fazer uma breve reflexão sobre a real situação em que se encontra o mundo atual, chegaríamos à conclusão de que nossa sociedade pouco difere dos contemporâneos de Noé e Ló.

As sociedades que povoam o nosso planeta apresentam sinais de alerta para um grave problema de alcance global. Pois as ameaças de um iminente conflito entre as nações são evidentes. Irã e Israel podem a qualquer momento deflagrar uma guerra nuclear de grandes proporções ao ponto de envolver o mundo inteiro; divergência entre Coréia do Norte e Coréia do Sul constitui outra ameaça para o mundo. E se isso não bastasse, até mesmo o nosso Presidente Lula que até pouco tempo tinha um grande conceito perante os americanos, vem a cada dia desgastando sua imagem, ao tentar tomar para si os problemas de outrem, comprometendo assim, a relação do Brasil com os Estados Unidos, a maior potencia mundial. Porém, esses são apenas assuntos internacionais; mas, o que diria dos problemas éticos e morais que afetam o nosso país; dos quais tem como principal protagonista a maioria dos políticos e grandes vultos nacionais? O que diríamos da violência que invade as ruas, lares, escolas, igrejas e demais setores da sociedade? Da imoralidade sexual, como por exemplo, da tentativa da legalização da prática da prostituição? Como por exemplo: Existe na Câmara Federal um Projeto de Lei de autoria do Deputado Federal Eduardo Valverde, que no seu cabeçalho diz: “Institui a profissão de trabalhadores da sexualidade e dá outras providências”. E no seu Art. 1º esclarece: “Consideram-se trabalhadores da sexualidade toda pessoa adulta que com habitualidade e de forma livre, submete o próprio corpo para o sexo com terceiros, mediante remuneração previamente ajustada, podendo ou não laborar em favor de outrem”. E se isso não bastasse, existe também a tentativa de legalizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como acontece em outros países, e outras formas de perversões e inversão de valores, defendidos pelos próprios governantes de nossa nação. E quem não tem conhecimento de que as leis do nosso país foram feitas para favorecer o rico em detrimento ao pobre – onde a mesma lei que faz o pobre apodrecer na cadeia tira o rico da prisão no dia seguinte? Mas tudo isso é pouco para descrever a crise moral e ética pela qual vivencia o nosso país. E poderia estar pior ainda, se não fosse à ação da Igreja de Cristo que diuturnamente intercede pelas almas, prega o Evangelho de Cristo, e através da sua conduta influencia o caráter do seu semelhante.

Paradigma é um termo que segundo a língua portuguesa significa modelo, padrão, exemplo – e para isso nasceu a Igreja de Cristo, a qual tem o dever de brilhar em meio às trevas moral e espiritual com as quais está envolta a nossa sociedade; como disse o próprio Jesus: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Grifo meu) Mat. 5:14-16.

Ao se referir ao caráter e a conduta que o cristão deve ter perante a sociedade, Jesus usou a linguagem figurada; valendo-se de algo muito familiar de seus discípulos – a luz, algo que dá a idéia de contraste. Pois luz lembra trevas. Isso era o mesmo que ter-lhes dito: Vocês devem ter uma conduta que contraste com a conduta apresentada pelas demais pessoas que não conhecem a Deus, ou seja, a vida de vocês não devem ser a mesma. Se vocês roubavam não roubem mais, se vocês brigavam não briguem mais, se vocês matavam não matem mais, se vocês adulteravam não adulterem mais, se vocês prostituíam não prostituam mais. Enfim, tudo de mau que fazia parte do caráter de vocês, deve ser substituído pelos bons princípios ensinados em toda a palavra de Deus.


Ao estarmos cientes do verdadeiro papel da Igreja no sentido de servir de exemplo para o mundo, pergunto: Estamos realmente correspondendo às expectativas de Jesus? Ou estamos deixando a desejar? Eu diria que são inegáveis os benefícios provenientes da influencia positiva da Igreja. Contudo, não deixamos de salientar que grande parte do cristianismo professo tem perdido a sua verdadeira identidade, e por isso o mundo não está em melhores condições morais. Pois são muitos os casos de cristãos que por não terem sido regenerados vivem em conformidade com o mundanismo. Como se vêem – cristãos que coadunam com os corruptos para subtrair valores que não lhes pertencem e obter favorecimentos em negócios escusos. Cristãos que menosprezam a sua posição no reino de Deus por acharem que os valores terrenos são mais importantes do que os celestiais, e que o lucro e o prazer imediato devem ter a primazia em suas vidas. Tais cristãos deixaram (se é que possuíam) que o brilho do caráter de Cristo em suas vidas fosse ofuscado pelas trevas morais que entenebrecem o mundo.

Muitos líderes de igrejas hoje querem que suas igrejas se identifiquem com a Igreja primitiva da época dos apóstolos, mas nenhuma até o momento se compara a ela. A Igreja liderada pelos primeiros apóstolos possuía maior intensidade de luz moral e espiritual, por isso, o poder de Deus se manifestava e o nome de Deus era exaltado até mesmo pela sociedade que não conhecia a Deus. O poder de Deus se manifestava de uma maneira tão intensa e a comunhão entre os irmãos era tão grande... Que as pessoas sentiam-se atraídas pelo Evangelho, como bem escreveu Lucas: “Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” At. 2:47. Tal depoimento nos mostra que havia diferença entre os cristãos e os não-cristãos e isso fazia com Deus sentisse a vontade para estar no meio da congregação.

A IGREJA COMO TEMPLO DE DEUS


A Bíblia ao se referir ao Templo, em muitos lugares, desde o Antigo Testamento, fala de prédio ou construção, o Tabernáculo, o templo de Salomão, o segundo templo, o templo de Herodes, etc. Porém, o termo Igreja aparece no novo testamento em vários textos, mas em lugar algum se refere a ela como um edifício literalmente falando, esse é um termo de origem popular aplicado ao templo como uma construção. Das várias referências bíblicas, a maioria delas refere à congregação local (Cristãos de uma determinada cidade ou região) que faz parte da igreja militante, como por exemplo, em: Mat. 18:17; Atos 9:31; Atos 13:1; Ap. 3:1; etc. Em outros porém, como a congregação universal e invisível (Que é a totalidade de todos os salvos de todos os tempos, desde Abel até a última pessoa que há de aceitar a Cristo como Salvador), (Heb. 12:53; Ef. 1:22). É sobre esta última definição que queremos falar, pois o termo Igreja como templo de Deus, se refere às pessoas salvas existentes no seio da igreja militante. Como disse o Apóstolo Paulo: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” I Co. 6:19. Para Paulo, é o nosso corpo a morada do Espírito Santo – e se é morada do Espírito, é também morada do próprio Deus e o local ideal para oferecermos culto a Ele. Ao escrever aos cristãos de Roma, ele fez a seguinte recomendação: “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” Rom. 12:1.

Ao comparar os dois textos parece haver uma contradição; pois enquanto no primeiro o nosso corpo é comparado ao templo, no segundo é comparado ao sacrifício. Contudo, não há nenhuma contradição, tendo em vista o fato de tanto o altar como sacrifício serem igualmente santos. No primeiro nosso corpo é visto como morada de Deus e local de cultuarmos a Ele; no segundo, como um sacrifício vivo. Ou seja, assim como no Antigo Pacto se exigia animais limpos, sem manchas e sem defeitos para oferecê-lo como sacrifício, hoje como sacrifício vivo e voluntário, temos que nos enquadrar nas exigências de santidade exigidas na palavra de Deus. Portanto, individualmente somos parte da Igreja de Cristo e figuradamente o templo a onde Deus habita e recebe a nossa adoração.

Considerando que o nosso corpo é o verdadeiro templo de Deus, não podemos deixar de enfatizar a importância e necessidade do templo propriamente dito construído de tijolos, areia, cimento, telhas, etc. Pois ele foi o local que Deus escolheu para que a congregação possa se reunir e juntos possam exaltar o seu nome e buscar a sua ajuda.


IGREJA COMO LOCAL DE REFÚGIO


Antes que chegasse a Canaã, Deus ordenou a Moisés que das cidades que seriam entregues aos Levitas, seis delas seriam para refugiar o homicida que sem querer, teria ferido de morte a ágüem (Núm.35:6). Tal medida tinha como causa a preocupação de Deus em evitar que injustiças fossem cometidas contra alguém que sem querer havia matado alguém, já que a lei que vigorava naquela época era a do Talião (Olho por olho e dente por dente). Tais cidades tipificavam o próprio Jesus que é o refúgio mais perfeito que o pecador possa encontrar. Nesse caso, a Igreja como parte integrante do próprio Jesus, deve igualmente servir de refúgio (abrigo) para as almas que escravizadas e ameaçadas por satanás.


A Igreja é a única que pode oferecer segurança aos oprimidos, já que ela é a única a poder falar e proceder em nome de Cristo, que é o descanso para as almas cansadas (Mat. 11:28); o Caminho do céu para os perdidos, a Verdade para aqueles que estão cansados da mentira, e a vida para os que estão mortos em seus pecados. Por isso disse Ele: “...Eu sou o caminho, e a verdade e a vida...”Jo. 14:6.


Que a Igreja da qual faço parte


Não sirva apenas para o meu benefício


Mas que seja um local de tranqüilidade


Para o miserável, que vive nesse mundo perdido.


P. A. B. J. TO. 05/06/10

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A DISCIPLINA NA IGREJA

Como você define o termo “disciplina”: Uma matéria escolar? Um conjunto de regulamentos com o objetivo de manter a boa ordem de uma determinada organização? Submissão ou respeito a um regulamento? Impor castigo a alguém a fim de ensiná-lo uma questão ética, moral ou espiritual? Sim! E muito mais que isso, pois o vocábulo “disciplina” possui vários significados. Contudo o que mais nos interessa neste momento são dois sentidos dos quais a Igreja mais necessita. Um deles é a “disciplina educativa” e o outro a “disciplina corretiva”. Sobre a primeira, veremos a sua importância para o desenvolvimento moral, espiritual e social da Igreja como um dos seguimentos da sociedade, e do seu papel de resplandecer como luz neste mundo de trevas. Na segunda, veremos a sua necessidade no seio da Igreja assim como ela é necessária no contexto familiar no relacionamento entre pais e filhos.

Para que uma criança possa ter um futuro promissor que lhe garanta a independência financeira, status social e a dignidade de um cidadão respeitado, seus genitores precisam trabalhar o seu caráter e proporcionar uma educação de qualidade desde sua tenra idade. Além disso, precisam através dos seus exemplos proporcionarem-lhe um ambiente harmonioso, livre de violências verbais, físicas ou qualquer forma de constrangimentos que traumatizem a criança. Com a Igreja não é diferente, pois ela é formada por pessoas, as quais terão que aprender a se relacionar de forma harmoniosa mesmo que tenham entre si uma série de diferenças que tendem a fluir durante o convívio em seu novo grupo social. Tais diferenças são percebidas quando alguém reage a uma situação estranha ou adversa, que muitas vezes provoca a manifestação dos seus traços da personalidade e do seu caráter, resultantes de fatores biológicos, e do meio pelo qual foi influenciado durante a maior parte de sua infância e juventude. Ou melhor, existe um conjunto de meios ambientes que nos influenciam até a nossa idade adulta, como por exemplo, o lar, o trabalho, a escola, as reuniões sociais, os passeios, etc. E tudo isso contribui para a formação do caráter do individuo; por isso, temos em nossas congregações homens e mulheres que no passado foram ladrões, assassinos, estelionatários, arruaceiros, prostitutas e todo o tipo de mau caráter. Contudo, através da disciplina educativa aprenderam a imitar a Cristo; e hoje são novas criaturas, como disse Pedro: “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias” I Pe. 4:3. Uma nova vida em Cristo Jesus, pois aquele que está em Cristo é nova criatura (II Co. 5:17) que deixou para traz as velhas práticas.

A DISCIPLINA EDUCATIVA

Quanto à “disciplina educativa” podemos afirmar que Deus é o exemplo de um bom pai que se preocupa na educação dos seus filhos, por isso, ao criar Adão, Ele teve o cuidado de instruí-lo nas coisas mais importantes para a sua vida; e o mesmo aconteceu aos seus ascendentes, como Abrão, que foi chamado do meio de uma sociedade corrompida para receber de Deus a educação necessária a transformação do seu caráter.

No que concerne à ética, a moral e as práticas religiosas, Deus queria um povo completamente diferente das outras nações que não O conhecia. Por isso teve a preocupação de instruir seu povo, valendo-se de instrumentos educativos. Como por exemplo, na era patriarcal, falou pessoalmente com Abraão, Isaque e Jacó, de forma verbal. Posteriormente chamou Moisés e o dotou de autoridade e sabedoria para conduzir o seu povo e instruí-lo nos caminhos do Senhor, e para isso, deu a ele a lei escrita em pedras (Lei moral), e verbalmente as leis civis e cerimoniais que deveriam reger a vida religiosa, moral e social do seu povo. Essas leis formavam o cânon sagrado e tinham como objetivo principal fazer com que o seu povo se aproximasse dele pela obediência, e pudessem conviver em sociedade de forma ordeira, justa, humana e harmoniosa.

Preocupado com a educação do seu povo o Senhor Deus recomendou através de Moisés que os pais teriam como obrigação para com seus filhos, o dever de educá-los de acordo com os princípios da sua lei, quando disse: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” Deut. 6:6-9. Essa obrigação que os pais tinham de educar seus filhos nos princípios divinos, com o tempo se evoluiu. Com a criação da Sinagoga (Assembléia), provavelmente pela ocasião do cativeiro babilônico, surgiu a escola formal na qual os meninos ainda em tenra idade começavam a freqüentá-la, estudando sobre a religião e outras artes, como a música, por exemplo, e isso durante a semana. Quando alcançava certa idade à criança podia no sábado ouvir os escribas explicar a lei; posteriormente, talvez aos doze ou treze anos, ela podia discutir com os mestres sobre as questões da lei, como aconteceu com Jesus pela ocasião da festa em Jerusalém.

A educação religiosa dos seus filhos sempre foi uma das maiores preocupações dos judeus do antigo Testamento, pois sabiam eles, que do sucesso espiritual dos seus filhos dependia o futuro de sua nação. A mesma concepção e objetivos com relação a educação religiosa devemos ter hoje, pois a educação cristã é quem vai determinar o nosso sucesso como cidadãos terrenos e nos garantir o direito de morar no céu. Pois assim como uma escola de boa qualidade forma bons profissionais, uma boa educação cristã adquirida no lar e na igreja, forma bons filhos, bons pais, bons empregados, bons patrões, bons filhos de Deus e verdadeiros cidadãos dos céus.

Jesus Cristo como o maior mestre que o mundo já pode conhecer, valeu-se de todos os métodos necessários para que a sua mensagem fosse bem assimilada e o objetivo de educar fosse alcançado; para isso, usou linguagem metafórica para ensinar os mais incultos, valeu-se de pretextos para poder iniciar um diálogo, respondia perguntas intrigantes com outra pergunta inteligente, etc,. Ele fez de tudo para poder alcançar os pedidos e tirá-los da ignorância espiritual e com isso garantir-lhes uma vida nova e terna. O Apóstolo Paulo ao escrever sobre a sua maneira de fazer com sua instrução pudesse alcançar todas as classes sociais e diferentes tipos de pessoas, disse: “Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele” I Co. 9:19-23.

A igreja de Cristo diante de tantos exemplos deixados pelo Mestre por excelência e de sua ordem na qual diz: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”Mat.28:19. E nos exemplos legados pelos apóstolos, não deve cometer o pecado da omissão, deixando o dever de promover a disciplina educativa entre os seus membros.

A DISCPLINA CORRETIVA

Falar em disciplina corretiva é falar em aplicação de castigo com o objetivo de fazer o aluno infrator e obstinado, obter maior proveito no processo de aprendizagem, ou seja, fazer com que ele siga as instruções recebidas, já que etimologicamente o termo “disciplina” possui o mesmo significado da palavra “discípulo” (Aquele que segue). E segundo um dos significados apresentados pela Enciclopédia on-line “Wikipedia da Língua Portuguesa”; disciplina tem o sentido de, “castigo que produz obediência”. No entanto isso não é suficiente para convencer tecermos um comentário sobre o assunto da disciplina na Igreja, se não encontrarmos algum respaldo bíblico para este conceito. Portanto, veremos logo em seguida o que diz a palavra de Deus sobre o assunto.

Vamos então procurar nos concentrar nos termos “correção” e “castigo”, mesmo que seja um assunto desagradável para muitos. Quando usamos o termo “castigo” levando em consideração o significado bíblico precisamos entender que nem sempre ele está associado à disciplina corretiva, pois em certos casos o castigo é aplicado em forma de recompensa pela transgressão cometida, ou melhor, é a aplicação do juízo de Deus sobre o infrator, como exemplo tem os casos registrados na Bíblia, como: O grande dilúvio que destruiu o mundo antigo, a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra pelo fogo de Deus, um fato confirmado posteriormente pelo Apóstolo Judas que disse: “Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” Jd. 7. E quem não conhece a história da morte dos egípcios no mar vermelho, e muitas outras?

Mesmo diante de tantos exemplos bíblicos precisamos comentar o que mais nos interessa no momento que é a aplicação do castigo como instrumento de correção - uma prática usada por Deus sempre que se faz necessário; e neste ínterim apresentaremos alguns exemplos e conceitos apresentados pelas sagradas escrituras, de castigos impostos pelo próprio Deus, e da necessidade da Igreja usá-lo como instrumento educativo.

Desde os tempos mais remotos Deus sempre usou o castigo como forma de fazer o seu povo seguir os seus mandamentos; e porque o faz? O escritor aos Hebreus responde: “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” Heb. 12:6 e 7. Entendeu porque Ele aplica o castigo para correção? Porque nos trata como filhos! Ele utiliza esse método porque ao considerar alguém como seu próprio filho, o seu amor por ele se torna maior; aí alguém pode se perguntar: Como um pai que se diz amar o seu filho, demonstra isso de uma forma tão constrangedora como é o caso do castigo? Para melhor esclarecer isso, leia o texto seguinte: “Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno” Prov. 23:14. Entendeu porque Deus usa o castigo? Porque o castigo infligido pela pessoa que ama é menos doloroso do que os tormentos que estaria sujeito a sofrer no inferno. Trazendo isso para a nossa vida familiar e para os problemas atuais digo - é melhor você, como pai, que ama seu filho, impor-lhes certas medidas educativas, mesmo que elas pareçam dolorosas, do que deixá-lo crescer na delinqüência e depois você receber a pior notícia que um pai poderia receber sobre o seu filho.

É por querer o melhor para nossas vidas que Deus usa medidas tão duras contra nós. Contudo, Ele é um Pai que sabe o que é melhor para os seus filhos, por isso suas repreensões por mais que pareçam ser difíceis de serem suportadas, jamais nos causará a morte. Como disse o Salmista: “O SENHOR me castigou muito, mas não me entregou à morte” Sl. 118:18.

No Antigo Testamento encontramos vários registros de castigos aplicados por Deus aos seus servos infratores, como por exemplo: Abrão não esperou o cumprimento da promessa feita por Deus de dar-lhe um filho com sua própria esposa Sarai, contudo, por achar que estava demorando ou mesmo tivesse achado impossível para sua esposa gerar com a idade bastante avançada, tentou dar-lhe uma ajudinha, se relacionando com sua própria escrava Agar, da qual nasceu Ismael. Mas essa mãozinha de ajuda não agradou a Deus, e por isso manteve-se em silêncio para com Abrão durante treze anos, ou seja, aquele costumeiro diálogo que freqüentemente tinham foi rompido como forma de uma disciplina corretiva. Outro caso bastante claro foi o de Davi (II Sam. 11) – certo dia enquanto passeava pelo terraço da casa real, ele avistou Bate-Seba, mulher do seu soldado Urias que estava tomando banho – dominado pela sua beleza física, já que a tinha visto despida, David mandou buscá-la e se relacionou com sexualmente com ela, gerando desta relação, um filho. Se não bastasse, Davi mandou que colocasse Urias na frente da batalha para que morresse; consumando, portanto dois graves pecados – adultério e homicídio. Pecados que custou caro para Davi, pois mesmo tendo recebido o perdão da parte de Deus, como castigo, o filho fruto do seu relacionamento ilícito, morreu; um dos seus filhos tido de outra relação (Amnom) cometeu um incesto ao deflorar sua irmã Tamar (II Sam. 13); tempos depois, Absalão, para se vingar de Amnom pelo que fez a sua irmã, mandou seus homens assassiná-lo. E se isso não bastasse Absalão que já algum tempo vinha de olho na sucessão do trono, tentou usurpar-lo declarando guerra ao seu próprio pai, o que acabou em sua morte pendurado numa árvore no campo de batalha. Enfim, os pecados de Davi trouxeram para sua família problemas gravíssimos jamais esperados.

É preciso que mencionemos outro fato que aconteceu com Davi, foi quando ele fez o recenseamento de Israel o algo que contrariava a vontade diretiva de Deus. Mesmo depois de ter reconhecido o seu erro e pedido perdão a Deus, ele não ficou isento da disciplina corretiva; como está escrito: “Foi, pois, Gade a Davi, e fez-lho saber; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra? Delibera agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou” II Sam. 24:13. Davi ao ter a liberdade de escolha um, dentre os três tipos de castigo, disse que escolheria cair nas mãos do próprio Deus, o qual poderia ter misericórdia dele. Assim Deus enviou uma grande peste sobre Israel; e desde Dã até Berseba morreram setenta mil homens.

Considerando o lado instrutivo do castigo imposto por Deus aos seus filhos, constatamos que ele causa grandes benefícios espirituais àqueles que como alunos que possui uma boa capacidade de assimilar as lições, reconhecem seus erros e os abandonam. David errou por algumas vezes, mas como bom aluno que por um pequeno descuido veio a cometer alguma infração, disse: “Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra” Sl. 119:67

Conhecedor do grande efeito positivo que a disciplina corretiva pode proporcionar, disse Jesus à igreja em Laudicéia: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te” Ap. 3:19.

A DISCIPLINA CORRETIVA NA IGREJA

A Igreja militante é parte da Igreja invisível, e esta por sua vez, parte integrante de Jesus; ou seja, ela, o corpo - e Cristo a cabeça. Sendo ela o corpo, conseqüentemente deve obedecer aos comandos passados pela cabeça. Nesse caso, a Igreja não é autônoma no sentido de criar leis e ditar ordens - apenas tem o dever de cumprir as já existentes nas santas Escrituras; dentre elas, o dever de aplicar a disciplina aos seus membros. O pastor não deve de forma alguma ser um mercenário que vê o seu cargo como uma profissão. Como alguém que cuida das ovelhas, mas só se interessa em aproveitar a sua lã, a sua carne e o seu leite. O pasto, a água, e o cuidado com a segurança e a saúde delas, no entanto, não se preocupa. Ele precisa pegar o exemplo de Cristo, o bom Pastor que deu a vida pelas suas ovelhas; pegar também o exemplo do Apóstolo Paulo que mesmo distante das Igrejas que fundara não se esquecia de exortar seus membros e recomendar o castigo para os infratores. Ao escrever a Timóteo, Paulo o instruiu dizendo: “Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor” I Tm. 5:20. O próprio Jesus deu a Igreja poderes para aplicar o castigo com o propósito de corrigir o infrator, quando disse: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” Mat. 18:15-20.

COMO DEVE SER APLICADA A CORREÇÃO

A Igreja tem como causa da sua existência o amor incondicional de Cristo Jesus que morreu por todos nós, independente da situação moral e espiritual que nos encontrávamos, portanto, ao aplicar a pena ela deve considerar o valor que o infrator representa para Cristo. Nesse caso a justiça, o amor e a misericórdia devem ser os elementos inseparáveis e indispensáveis na hora de aplicar uma medida corretiva. Caso contrário a emoção pode falar mais alto que a razão dando lugar a ressentimentos e vir a partir daí cometer injustiças, e além do mais, fazer como o servo incompassivo da parábola, que enquanto tinha recebia o perdão de uma grande dívida, conduzia seu conservo que lhe devia um valor irrisório.

Sem deixar de considerar o amor e a misericórdia, não deve esquecer-se da aplicação da justiça, e de considerar que a omissão na aplicação da pena punitiva pode ser considerada uma grande falta de amor. Isso porque, alguns pelo fato de cometerem certas infrações, e não receberem a devida repreensão, podem achar que a não punição é uma forma de apoiar seus erros ou considerá-los como algo sem importância. E indiretamente tornar-se-ia um incentivo a sua vida de pecados.

P.A.B.J – TO. 28/05/10

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